Capítulo 06

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Acordei com uma energia inexplicável. O amanhã parece mais belo e os pássaros que me atormentam na janela todos os dias, cantaram lindamente hoje.

Arrumei o cabelo e passei uma maquiagem básica, fiz o café e ainda não causei briga com Dylan, o que é impressionante.

Mamãe frequentemente volta do plantão depois das oito, então sempre
deixo a chave no esconderijo que escolhemos, num jarro de planta do lado da porta.

Concerto a postura e me viro, capturando a figura de Dylan. Pensei que já tivesse ido, mas o garoto se encontra encostado numa coluna da varanda.

— Vamos — acena a mão, sem expressão no rosto.

O carro ainda esta no concerto, e me pergunto de foi mamãe que pediu a carona por mim. Ela ama me por em situações indesejadas.

— Eu vou chamar um uber — sorrio fraco.

Ele não vai conseguir destruir o meu dia.

— O que é, Emma? Tem medo de andar de moto? — arqueia as sombrancelhas, pondo as mãos nos bolsos do casaco.

— Não, claro que não! Apenas não quero ir com você — pisco o olho, retirando o celular da mochila.

Porém, o rapaz é rápido e quando passo por ele, o mesmo toma meu celular e o ergue.

— Você ainda continua um crianção — digo emburrada, cruzando os braços enquanto fixo o olhar nas suas covinhas ridículas.

— E você ainda continua pequena — reviro os olhos e bato o pé no chão frequentemente.

— Nunca saiu dos catorze! — exclamo, chegando mais perto, e na tentativa de roubar o celular dele, para assim ficarmos quites, passo a mão nos bolsos traseiros, no entanto, não obtenho resultado, apenas um amasso na bunda de Dylan. Mas que droga!

— Que safada — ele sorri largamente — Iai, gostou do que pegou?

— Você é abusado — falo entre dentes.

— Qual é, Emma? Por que não aceita?

— E por que não me deixa em paz? — avanço um passo e dou uma ajoelhada no seu membro, facilitando que eu pegue o celular de volta — Isso nunca falha... obrigada fraqueza masculina! — desço a pequena escada da varanda e realizo meia volta, analisando o sofrimento do garoto — Vai ter que ser melhor da próxima vez, maninho — digo a última palavra com puro escárnio.

***

Entro na sala de aula acompanhada por um grupo de garotas tagarelas. Tudo se encontra do mesmo jeito, a velha rotina, porém, algo na minha face esta diferente, o sorriso largo.

É encantador saber que finalmente há possibilidade de alguém gostar de mim da mesma forma.

Sento na carteira, retirando os livros da mochila, e os ponho sobre a mesa. Centro a vista no livro de História enquanto os outros alunos dão continuidade ao barulho. Sinto alguém perto, e quando ergo o queixo, vejo um copo de café.

— O que é isso? — questiono rapidamente, seguindo o Dylan com os olhos. O lugar do idiota é detrás do meu!

— Não tomou café antes de sair de casa — responde enquanto se senta na cadeira e ergue as sombrancelhas.

— Eu fiz o café — digo, sem entender a situação a medida que me lembrava de cada detalhe que realizei hoje.

— Você fez, mas não tomou ele, agora bebe logo isso — fala irritado, apontando para a bebida.

Me supreende o fato dele prestar atenção no que faço, então, logo chego a uma conclusão.

— Só pode está envenenado — nego a cabeça.

— Deve ser por que eu quero muito herdar a sua casa, Emma — a sua fala sooa puro escárnio.

Me viro e pego no copo, experimentando vagamente o café. É Latte. O meu preferido.

— Ainda sabe de qual eu gosto? Quando eramos criança, você...

— A única coisa que lembro do tempo que nós eramos crianças, Emma, é que você era mais bonitinha na época — corta a minha fala, jogando os ante-braços na mesa e sorrindo fraco.

— Idiota — anuncio baixo, voltando a atenção para o livro de História.

Dylan nunca mais vai ser aquele garotinho, Emma! Entende isso!

Estudando muito? — o ouvido captura a bela voz de Liam.

— Ah, sim — confirmo enquanto lhe vejo se sentar na carteira ao lado.

— Quero te dar algo na hora do almoço, pode me encontrar no campo? — ergue as sombrancelhas, aguardando a resposta.

— Esta bem — sorrio prendendo os lábios, na tentativa de não parecer o desespero. O rapaz se levanta e sai na direção da sua carteira a medida que abaixo a cabeça e tento manter a calma.

***

Louise estuda em outra sala, o que resulta numa solidão extrema na minha. A garota me empurra com o ombro no instante que saio da sala. Na maioria das vezes sou a última, por simplesmente não gostar de acompanhar os alunos desesperados.

— Esses seus ataques estão ficando cada vez mais violentos — massageio a parte dolorida.

— Para de drama, tá? Sei que não doeu... — ela avança um pouco a mais e fica caminhando para trás, na tentativa de permanecer os olhos na minha face — E agora eu quero detalhes do que aconteceu!

— Nós vamos sair hoje depois da aula, e ele me disse para nos encontramos no campo, agora — o meu sorriso denuncia a vergonha.

— Depois da aula? Por que não a noite! — uma expressão cobre o rosto da garota enquanto ainda anda para trás, até barra em Dylan e atingir o sorvete do mesmo no rosto dele.

— Louise! — exclama.

— Desculpa, Dylan! Desculpa mesmo! — declara nervosa a medida que o sorriso cresce no meu rosto.

— Só assim você cria barba — direciono o comentário ao garoto, enquanto paro a caminhada e cruzo os braços.

— Não enche o saco, porra — os seus olhos se tornam profundos quando passa por mim, a sua mandíbula é completamente enrijecida. Na verdade até estranhei por ele não ter soltado alguma piadinha relacionada a mim na aula. Está tão frustado ao ponto de ficar quieto?

— Algum bicho picou ele? — Louise questiona incrédula.

— Não sei, mas espero que seja uma cobra bem venenosa — por mais que seja uma brincadeira, sinto remorso quando a fala sai da boca.

— Por que vocês se atacam desse jeito? — interroga, demonstrando indignação.

— Sei lá. Comecei a tratar ele reciprocamente, devolvendo os desaforos. Dylan é chato pra caralho!

— Não acho — responde, dando de ombros.

— Deve ser por que não convive com essa figura quase vinte quatro horas por dia.

♡♡♡

Florzinhas do meu core... mais um capítulo desse livro de férias. Acho q os acontecimentos irão ser rapidos, como ja disse o livro é curto!!

Iai, estão gostando??

Não Somos Irmãos Onde histórias criam vida. Descubra agora