Capítulo 15

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Os punhos se fecharam ao lado do quadril, pedindo para que as costas dos dedos se encontrassem com a face ridícula de Dylan. O modo como esse garoto me deixa irritada é impressionante, basta aquele sorriso de vitória atingir a minha vista que desejo batê-lo. Comecei a odiar o fato de ter tirado “A” justamente por ele ter me ensinado. As  suas técnicas são infalíveis. Que droga! 

Não sei o que vi nele anos atrás. Bom, talvez sejam aquelas covinhas completamente maravilhosas que se formam toda vez que o rapaz mostra os dentes, ou os olhos castanhos claros, que estão agora notados pela luz solar.

Dylan foi desenhado no útero, os seus genes só podem ter sido selecionados por alguém, que queria criar um garoto exuberante. Ele recém nascido era bonito, e que recém nascido é bonito? Eu mesma escondo as minhas fotos, embora mamãe seja super contra, pois disse que sempre fui projetada por Deus, e que eu sou a perfeição a qual o mundo não conhecia antes do meu nascimento. Sim, ela é bem exagerada. Mas sinceramente, apenas uma mãe para falar mentiras. Não havia cabelos na minha cabeça, e era um tom horrível de ruivo, agradeço por ter melhorado ao completar oito meses. 

Paro na frente do garoto de cabelos pretos, cruzando os braços, quase soltando fumaça pelo nariz. 

— O que você quer? — olho para o relógio em seu pulso — Tem dois minutos! — devolvo sua frase. Amo fazer isso! Acho que o ar de superioridade combina muito comigo, sempre o tenho nos meus sonhos, desde que na vida real não existe. Nunca tenho motivos de me achar.

— Está em dívida comigo, esqueceu? — fixou os seus olhos nos meus. 

Dylan sempre foi muito paparicado, minha avó mesmo deixou escapar em uma de nossas conversas que quando mamãe e tia Alice iam passear com os bebês, ele era o que faziam as pessoas parar para admirar. Esse é o motivo dele achar que o sol nasce todo dia somente para ele. 

— Sim, eu sei — como disse, não tenho ar de superioridade, e logo desço do salto. Merda de depender dos outros, se nascesse inteligente, não teria precisado desse imbecil.

— Estava alegre hoje pela manhã, por que mudou tanto? Está menstruada? A deveria ter percebido por essa espinha na sua testa.

— Eu sei que não quer me ver feliz, e não tem uma espinha na minha testa!— digo rapidamente, mas estou mesmo chateada é por ele achar que devo responder às suas ordens, e ainda por cima, impõe contagem de minutos. 

— Falando assim, você me deixa como vilão da história. E para de ficar irritada, isso não combina contigo. 

— Não vem com essa grandeza para cima de mim novamente, se não eu juro que lhe bato. Ideia maluca de dois minutos — resmungo. 

— Ok… agora, acabou de reclamar? — ele arqueia as sobrancelhas e estreita os olhos, me encarando com mais atenção. Aceno a cabeça. — Sobe ai — se refere a sua moto, olho para a garupa dela enquanto nego a cabeça. 

— Andar de moto? — questino. Isso era o que queria? Me torturar nesse troço? 

— Vamos a um lugar. 

— Não vamos sair juntos, se não irão pensar que estamos de casal.

— Tem medo de se apaixonar, não é? — diz repleto de si. 

— Você não é meu tipo — minto. Pois atletas são o meu tipo. 

— Não falaria isso a três anos atrás. 

— Vive de águas passadas, Dylan? 

— Não — me entrega o capacete — Põe isso — fala. O garoto mudou a sua expressão rapidamente, é como se eu tivesse batido nele.

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