Capítulo 24

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Ontem sonhei com o paraíso. O sol brilhava graciosamente sobre a pele bronzeada de Dylan e destacavam as nozes que tem como íris nos olhos, enquanto o seu sorriso refletia uma onda de energia capaz de fazerem as minhas moléculas entrarem em colapso. Eu sou um descaso, simplesmente apaixonada por um idiota que na minha imaginação diz que me ama, mas quando acordo a realidade toma conta da vista, e vejo que não passa de um eterno babaca. Babaca.

Por que me sinto tão boba ao seu lado, tão trouxa e nervosa. Por que eu ò amo tanto, e nesse momento quero manda-lo se fuder? Esgana-lo pelo pescoço ou talvez puxa-lo para um beijo e dizer que poderíamos ter ido longe juntos, a qualquer lugar e não se preocupar com o tempo. Teriamos aproveitado um do outro, sem se preocupar com o que acontecerá em seguida.

E assim a minha cabeça não doeria em pensar sobre o nosso beijo ao instante que o corpo agradece pelo presente. Ainda o sinto nos meus lábios, o seu cheiro, o seu calor. Qual era o objetivo de Dylan comigo?

Saber que ele tem sentimentos me faz respirar ar puro, mesmo com a poluição presente por toda parte.

Porem, ele pode estar querendo me enganar, ele é egoísta e não aguenta me ver feliz. Não seja boba, e não acredite nele, pensa nas dores que ele causou e nos ferimentos que sempre terá. Dylan é cheio de si o suficiente para bolar um plano e você se ferrar. O Dylan de nove anos desapareceu dentro daquele ser, não perca tempo, o mundo há outros garotos que possam lhe agradar.

E foi por pensar em todas as possibilidades de Dylan estragar a minha vida que eu aceitei ser vocalista da banda de Liam e também vou matar aula hoje para me divertir.

Estaciono o carro perto da calçada que o garoto de cabelos loiros me esperava segurando o celular. Abro o vidro do carro e aceno sorridente.

— A sua mãe não vai me adverter mais uma vez por que estou matando aula com o filho dela, certo? — questiono e recebo uma mexer de cabeça em negação.

— Eu estou "doente"— comenta num tom de brincadeira e logo entra no carro.

— Mentiu para a sua mãe? — arqueio as sombrancelhas quando o analiso.

Liam veste uma camisa azul clara que por sinal é uma ótima cor para a sua pele clara enquanto o seu short tem uma tonalidade meio cinza.

— Há coisas na vida que valem a pena — comenta ao mesmo instante que guarda o celular.

— Tem algum lugar em mente? — pergunto a medida que presto atenção na estrada.

— Estava pensando num parque, mas é você quem escolhe, podemos ir ao telhado da sua casa ja que é o seu lugar de inspiração.

— O telhado nessa hora não é uma boa ideia. Voto no Parque. — digo sorridente, mas pela a sua observação me faz parar — Por que esta me olhando assim?

— Só pode ser muito louca para aceitar esse meu convite — fala por fim.

— Por que não aceitaria? — franzo o cenho.

— Eu não sei... só pensei que nunca acharia alguém compatível comigo o bastante por apoiar loucuras.

— Você deu sorte — pisco o olho num tom de brincadeira.

Liam pressiona os lábios e liga o rádio enquanto abaixa os viros das janelas da frente e balança a cabeça vagamente, curtindo a música.

[...]

Estacionei num ligar adequado, e logo saimos do carro falando sobre as nossas músicas preferidas. Eu retirei o violão de cima do banco do carto e ò pehuei para mim.

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