Capítulo 11

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O silêncio da sala sempre traz paz a alma, e quase me faz dormir, se não fosse pelo o idiota do Dylan, que puxa o meu cabelo de modo leve cada vez que tento abaixar a cabeça, certamente já estaria no décimo sono. Culpo o professor Nicolas por falar baixo de mais, além disso, exatas não é meu forte. Mas que porcarias de matérias!

Concerto as costas na cadeira e passo os olhos por toda a sala, visualizando Liam e Morgan conversando baixinho a frente. O que eu esperava?

Faz três dias que os assuntos da nossa conversa gira em torno das matérias que o mesmo ficou de me ensinar. E nennum avanço, não sei por que nao tenho frustação. Eu gosto dele, não tinha que ter uma pitada de inveja dela? Copio alguns cálculos no caderno e só levanto a cabeça quando o mestre da aula limpa a garganta enquanto guarda seus materiais.

- Teste na segunda - pronuncia o professor, formulando um sorriso de satisfação no rosto. É nitido no olhar a diversão em ver a angustia dos alunos.

Alguns rapazes e garotas reclamam por causa da prova ser bem na segunda, pois a maioria enche a cara no sábado e no domingo, ou seja, não estudam.

Respiro profundamente. Teste de Física. Busco pelo o boletim na mochila e verifico o mesmo. Se não for bem nesse teste, eu vou me fuder. Ou melhor, morrer. Mamãe irá me matar. Grito de pavor mentalmente, encarando o quadro enquanto as mãos tremem ao segurar o papel.

O professor sai da sala dando de ombros com o orgulho cravado no peito. Não sei se choro, se berro ou se corro, então, apenas estagno.

Tô ferrada. Tô ferrada. Tô ferrada. A voz do consiente insiste em me avisar isso.

Dylan chega por trás, permanecendo de pé com as mãos mergulhadas nos bolsos da calça jeans ao instante que os seus olhos castanhos detectam o meu boletim.

- Você esta mais do que fudida - ele comenta, mas não ligo. Não há paciência e nem espaço na mente para dar importância as falas desse idiota.

Tento controlar a respiração e não entrar em desespero. Liam está lhe ajudando, não é? As aulas dele estão fazendo você eviluir! Tento me fornecer ânimo.

Assisto o Dylan bem pleno desfilar pelo o corredor e puxar conversa com o grupinho de meninas a frente. Elas olham para ele como se fosse um Deus, embora o mesmo esteja longe disso. Bem, ele é o capitão do time e muito reconhecido, e é um babaca pronto que saiu de uma ficção adolescente, então, elas acham que num estalar de dedos ele se tornará um príncipe e deixará de ser babaca. Idiotas.

Você tem problemas maiores, Emma! A mente me adverte.

Observo os cálculos no caderno, passando os dedos soados nas temporadas, até ouvir o meu nome ser usado por Liam.

- Se acalme, vai dar tudo certo - o garoto diz na intuição de confortar.

- Eu sei que é um abuso da minha parte, mas você poderia revisar os assuntos comigo?

- É claro! Podemos iniciar as seis e meia da noite, amanhã.

- Mas você não sai sábado a noite? - questiono, franzindo o cenho.

- Sim, mas abro exceção para você - ele pisca o olho e sai quando um de seus amigos de futebol ò chama.

[...]

Arrumo a sala toda para os meus estudos com o Liam. Ele havia me prometido ontem que viria, e eu nem estou acreditando. Porém, ansiosa. Me sento no sofá e aguardo o rapaz enquanto mecho no celular.

Passa meia hora do horário marcado, e nada do mesmo chegar, então, verifico o instagran e vejo os stories de alguns colegas de classe no jogo. O time da escola ganhou. Vejo Dylan saindo honrado como um dos melhores, e é nítido o orgulho do treinador cravado no peito dele.

Talvez o jogo tenha terminado tarde. Bem, pelos stories já faz mais de uma hora que chegou ao fim. Os minutos se passam mais ainda e quando menos percebo já são 20 horas. Tenho que estudar sozinha, uma brisa de pavor sopra a espinha repleta de medo e decepção.

- Por que achei que ele viria? - questiono - Aliás, Liam não tem obrigação, e isso é egoísmo da minha parte - falo comigo mesma.

Agarro o caderno de questões e tento resolver algumas. A primeira foi moleza, porém a segunda me pegou de jeito, permaneço 20 minutos nela e ainda não chego num resultado. Como vou saber se esta correto se nem mesmo resoluções tem no google ou nesse caderno. Mas que droga! Eu estou ferrada de todas as maneiras.

O meu emocional é fraco, então quando atinjo o meu limite, jogo o caderno para longe e começo a me martirizar.

- Por que nasceu tão burra? - questiono para mim, chorando por estar farta.

Se fosse boa em cálculos, estaria agora igual a Louise, a Liam ou mesmo igual o idiota do Dylan, que deve estar curtindo a festa como nunca. Uma vez que é visto como o rei do campo, deve sentir que a comemoração é dedicada a ele.

Pensar no Dyaln é o menos importante. A mente adverte novamente.

Ouço barulho de chaves. Mamãe foi para o hospital já tem duas horas, ela deve ter esquecido de algo.

Jogo o cabelo para a frente rapidamente, a fim de esconder as marcas de choro. Minha mãe é muito preocupada, e também não desejo levar bronca por causa das notas.

- Deveria estar estudando - a voz grossa é ecoaada perto da porta.

Levo as pupilas para os cantos dos olhos e acisto o sujeito.

Dylan

- E você deveria estar longe daqui - pronuncio, me levantando do sofá e calçando as chinelas.

Não sei mesmo qual é o objetivo do rapaz.

- Desculpa, mas eu não estou bem para atuar a sua conversinha babaca - passo por ele, só que sou agarrada no braço por sua mão forte, que ao me agarrar, enrigece os bíceps.

Por Deus! Esse braço de atleta é tão... tão...

Sem elogios, não irei elogiar ele mentalmente.

- Eu vim te ajudar - ele fala fixando seus olhos fortes nos meus.

- Por que? Minha mãe pediu ou sua mãe lhe obrigou? - recordo da cena em que me disse que a sua mãe escolhia os presentes que ele me dava.

- Ninguém me obriga a fazer nada, Emma. Nem mesmo a minha mãe.

- Então, veio por vontade própria? - arqueio as sombrancelhas.

- Sim, em troca de algo, é claro!

Estava bom de mais para vim de Dylan.

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