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-Parabéns.- Chenle falou.

-Eu deveria me sentir feliz por ter um trabalho, não é?

-E eu que tenho que saber? Ren, foi você quem queria o trabalho em primeiro lugar. Não é o momento para começar a ter dúvidas.

-Não estou com dúvidas, é só que...

-Olha, essa é a sua oportunidade de se relacionar com crianças mais novas que você. - Ele o animou enquanto dava tapinhas em seu ombro.

-Ele não é tão mais novo que eu. Ele só tem dezessete anos.

-Jura? Então não vejo problema.

-Não tem nenhum problema. Eu só tô nervoso.

Ambos saíram da lojinha de conveniência e começaram a comer os picolés que haviam comprado. O dia de hoje havia sido exaustivo para eles, já que tiveram aula atrás de aula, isso sem falar dos trabalhos que foram passados. Renjun não ia poder dormir suas oito horas.

-E quando você vai ver o garoto?

-De terça, sexta e sábado por duas horas.

-Tudo isso?

-Seus pais me deram esse horário. Agradeço que não interfira no meu horário.- Renjun disse para depois jogar a embalagem no lixo e seguir caminhando.

-Claro. Meu ônibus está chegando.

-Seu pai não ia te buscar?

-Nem me lembre. A gente brigou por uma coisa estúpida ontem. Te vejo amanhã.

Chenle parou na entrada do ônibus e se despediu do seu amigo acenando com a mão.

Renjun começou a caminhar até sua casa, sussurrando uma música, enquanto desfrutava o delicioso sorvete de morango. Por todo o caminho ele pensou sobre o que faria quando recebesse seu primeiro salário, já que era uma quantia enorme.

Provavelmente compraria as coisas necessárias para a casa. Mas o melhor de tudo é que no final, sobraria dinheiro para que ele comprasse algo bonito para si.

Renjun sorriu emocionado e deu um pequeno pulinho. O dinheiro o deixava feliz de alguma maneira.

No entanto, seu sorriso foi desaparecendo lentamente ao sentir uma espécie de sensação estranha em seu corpo.

Ele discretamente olhou para trás e seu corpo congelou ao observar uma pessoa seguindo ele por trás. Claramente não podia ver seu o rosto, já que ele estava usando o capuz do moletom e estava escuro, a pouca iluminação dos postes não ajudava em nada.

Rejun imediatamente acelerou seus passos e seu coração começou a palpitar rapidamente, quase querendo sair do seu corpo. Nunca havia experimentado algo assim e estava apavorado. Ele entrou por uma rua à sua direita e de imediato correu para despistá-lo, mas no momento que ele ia olhar para trás, soltou um grito de susto ao ver que o rapaz estava na sua frente.

Renjun tropeçou, caindo no chão juntamente com seu picolé. A pessoa misteriosa de imediato correu até ele, para depois se abaixar. Assim que Ren sentiu seu toque no seu braço, ele se afastou tremendo. Seu estômago deu um nó de medo.

-Você tá bem? Se machucou?

-Não me machuque! Não tenho dinheiro! - Renjun gritou.

-Não vou te machucar.

-Então por que estava me seguindo?

-Não estava te seguindo... Apenas estava indo...

-Você é louco! Some daqui!

Second Life (Tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora