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Jisung apressou seu passo enquanto desejava que seu chefe não estivesse de mau humor, senão ele estaria morto. Ele não pediu licença para entrar em seu escritório e se aproximou até sua mesa, respirando de maneira irregular. Jeno se assustou ao vê-lo.

-O que...?

-Estamos acaba-dos-dos.- Jisung sussurrou agitado. Ele colocou suas mãos em seus joelhos para se acalmar. Ele tinha corrido desde o estacionamento até o escritório.

-Do que você tá falando?

-Olhe o que chegou esta ma-manhã.

Jisung lançou uma pequena folha na mesa antes de ir até a pequena geladeira que estava na sala e pegar uma garrafa de água gelada, limpando o pouco suor que caia pela sua testa.

Jeno pegou a folha cheio de curiosidade. Era um convite.

-Vai ser a inauguração do novo produto do Mark. Ele roubou a sua ideia! Acho que ele se juntou com a galera que te apoiava pra arrancar o projeto de você o mais rápido possível.

Jeno amassou a folha com sua mão antes de jogá-la contra a parede. O pânico mordeu a sua nuca e fez com que ele se endireitasse na cadeira.

-E não é só isso, ele também te enviou uma carta personalizada.- Disse Jisung ao entregá-la.- O que você pensa em fazer?

Jeno mal olhou para Jisung, abrindo o pequeno envelope em branco.

"Você deveria vir ao evento. Aposto que seu pai ia adorar ver como o assassino fica sob a luz"

Jeno soltou um grito com raiva, golpeando a mesa com o punho fechado. Jisung se sobressaltou e pegou a carta em seguida para ler, abrindo a boca surpreso.

-Ele vai te...? Ele vai contar tudo no evento. Você vai ficar com uma reputação ruim... E...

Jeno, desesperado, começou a abrir as gavetas da sua mesa em busca da bolsa transparente que o Jaemin tinha lhe dado. Ele havia esquecido dela completamente, mas se agradeceu ao se lembrar.

Ao não encontrá-la em suas gavetas, ele se aproximou das prateleiras atrás dele, movendo uma pequena fotografia de Bongsik, esticando seu braço até o fundo para finalmente sentir a textura da bolsa.

Jeno imediatamente a pegou para jogar o seu conteúdo sobre a mesa. Jisung observava seus movimentos confuso, sem saber exatamente se ele estava ficando louco ou se, na verdade, ele tinha alguma ideia em mente.

Jeno pegou alguns documentos, abrindo-os. Ele sentiu um alívio enorme ao ver que eram os direitos legais de Jaemin que estavam no nome de Jeno.

Ainda desesperado, ele pegou a memória, conectando-a em seu computador. Suas mãos não deixaram de tremer, fazendo com que ficasse mais difícil de focar.

Quando ele abriu um dos vídeos que estavam na memória, ambos ficaram em silêncio. O vídeo estava mostrando as ruas, parecia uma câmera que estava dentro de um carro, na parte do retrovisor frontal.

Jeno sentiu sua pele se eriçar ao escutar a voz do seu pai, que parecia estar dentro do carro. Contudo, o que o deixou surpreso foi escutar uma segunda voz familiar. A conversa durou poucos segundos, terminando com sons de apunhaladas. Eles não podiam ver a cena, apenas escutar.

Por isso Jaemin queria que ele visse o vídeo. Ele sabia da verdade.

Mas como ele sabia?

-Je-no? - Jisung perguntou ainda surpreso pelo o que ele acabou de escutar. Jeno ainda mantinha o olhar no computador, sem saber como reagir. Seu corpo estava fraco e por alguns segundos ele sentiu nojo.

-Liga pro Renjun.- Jeno ordenou observando as demais provas. Não sabia o que tinha no gravador de voz, mas ele escutaria depois.

-Por que ele? Não... ?

-Por todo este tempo você ficou brincando comigo.- Jeno sussurrou violento ao apertar os punhos.- Veremos quem termina vencendo. 

Second Life (Tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora