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Jeno deixou a sala de reuniões e depois caminhou apressado para o seu escritório, estalando os nós dos dedos a cada passo. Poucos segundos depois, Jisung se uniu a ele, olhando sua agenda.

-Você tem uma reunião com o sub-diretor Shin. Ele quer assinar o contrato sobre os modelos para o comercial.- Jisung comentou.

-Quando?

-Hoje, às quatro horas.

-Cancele.

-O que-e? - Jisung perguntou surpreso.- Mas isto ia beneficiar a empresa. Kim Woobin é o ator mais popular do momento, ele aceitou o acordo e...e...

-Eu disse para cancelar. Cancele todas as reuniões desta semana.

-Do que você está falando? - Questionou com confusão.

-Tenho outros planos.

-Do que você está falando? Tá ficando louco?

-Sim. Estou ficando louco.- Disse Jeno se levantando para poder observar seu assistente Jisung. Seu olhar mostrava desespero.- Não sei onde JAE01 se encontra, tentei rastrear ele, mas... não há nada, não encontro nada.

-Eu sei que ele é importante neste momento, mas não podemos deixar de dar importância aos outros assuntos da empresa.

-Eu quero encontrar o JAE01. Fim.

Jeno fechou a porta na cara de Jisung, sentando-se em sua cadeira em seguida. Ele ligou seu computador e começou a revirar o código de JAE01 para ver sua programação. Na verdade, todo o armazenamento se encontrava no computador que estava na casa de Jeno, mas ele não poderia deixar o escritório vazio.

Sua ansiedade não o deixava dormir de noite. Tinha tanto medo de saber onde JAE01 poderia estar.

Ontem, Mark ligou para ele, apresentando a proposta novamente, mas Jeno negou mais uma vez. Se as coisas continuassem desse jeito, Jeno teria que contratar um "especialista" para ajudá-lo, mas ele não queria isso. Ele poderia ter acesso a JAE01 e Jeno era egoísta, já que não queria que ninguém se aproximasse da sua programação.

Jeno soltou um suspiro, apoiando sua cabeça no encosto da cadeira.

Ele não queria que Haechan tivesse JAE01, não confiava nele. Jeno tinha tanto repúdio da situação, que só de imaginá-la fazia ele sentir vontade de ir até o Canadá para socar Haechan.

Todavia, ele mesmo sabia que iria encontrá-lo. Faria tudo o que fosse possível para encontrar JAE01.

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-Você consegue.- Chenle o animou, subindo no ônibus e se sentando em um dos bancos mais ao fundo.- Aposto que vai ser fácil.

-É fácil, mas o complicado é a sua atitude. Não sei como vai ser dessa vez.

-Se tu sobreviver a aula de hoje, então eu pago sua comida. O que cê acha?

-Não é necessário.

Chenle apenas assentiu, para depois mudar o tema da conversa. Hoje era sábado e Lucas havia determinado que a aula fosse na sua casa desta vez.

Chenle se despediu dele no momento que o ônibus se aproximou da sua parada. Renjun ficou no automóvel por mais uma hora, já que a casa de Lucas ficava longe. Para matar o tempo, ele ficou escutando música.

Jaemin estava em sua casa. O mais velho se perguntava o que ele poderia estar fazendo, passando a imaginar situações horríveis. Pensou no que aconteceria caso ele tivesse uma falha e acabou imaginando ele destruindo sua casa.

Ele desceu do ônibus quando chegou ao seu destino, caminhando alguns quarteirões até chegar a casa. Tocou a campainha nervoso e a porta se abriu, dando visão da mãe de Lucas.

-Chegou cedo Renjun. Lucas está em seu quarto, deve estar te esperando.

-Obrigado...- Renjun sussurrou timidamente, adentrando na casa. Ele subiu as escadas com cuidado e ficou branco ao ver muitas portas à sua frente.

"E onde está seu quarto?", Renjun se perguntou.

Ele, desejando que a sorte estivesse ao seu lado, caminhou até a porta do fundo, abrindo-a lentamente, enquanto, nervosamente, cruzava os dedos para lhe trazer sorte.

-Por acaso você não sabe bater? - Lucas perguntou, estando de costas para ele, já que estava ocupado jogando videogame na televisão à sua frente, enquanto se encontrava sentado em seu sofá.

Renjun ignorou suas palavras e entrou no quarto, soltando um suspiro de alívio. Não havia muito do seu quarto para destacar, a única coisa que chamou sua atenção foi um action figure do Pikachu em tamanho real, maior que Renjun. Ele teve que admitir que queria um desses em seu quarto.

-Estudou o que eu passei? - Renjun perguntou, se sentando na mesa.

-Não. Só aprendi o I.

Renjun negou com a cabeça decepcionado. Lucas continuava focado em seu jogo.

-Você pode largar esse jogo e vir aqui?

-A partida está quase acabando.

-Agora.- Repreendeu Renjun.

Lucas queixou-se em alto e bom tom, para depois deixar o controle do videogame de lado, sentando-se na frente de Renjun. Ele pegou sua mochila, estava ao seu lado, e começou a tirar seus cadernos e livros de inglês.

-E seu amiguinho, hein? Vai interromper a gente de novo? - Lucas perguntou, zombando dele.

-Ele te incomoda?

-Não, por que ele incomodaria?

-Hoje vamos dar uma revisada no...

Renjun foi interrompido pelo toque do celular de Lucas. O mais novo o pegou, mas ao ver a notificação, imediatamente colocou o aparelho debaixo da mesa, para que Renjun não pudesse ver quem estava ligando, mesmo que ele não o conhecesse.

-Pode atender se for urgente.- Renjun permitiu.

-Não é uma emergência, esquece.

O celular começou a tocar de novo e Lucas o pegou para recusar a chamada, jogando-o em cima da cama com força, irritado.

-Seus amigos devem te ligar demais.

-Quais amigos? São todos uns idiotas.

-Acho que não, se eles falam com você é porque...

-Bullying, é por isso.- Ele terminou suas palavras com nojo.- Não quero falar sobre isso, vamos continuar com a aula.

Renjun sentiu-se incomodado, mas seguiu com a aula. Não queria que Lucas ficasse irritado, especialmente se mãe estivesse no andar de baixo. 

Second Life (Tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora