Mark entrou apressado ao hospital, enquanto sentia o horror correndo por suas veias, tanto que ele podia sentir seu corpo ficar fraco e trêmulo.
Imediatamente ele correu pelos corredores para encontrar o quarto. Ele mordeu seu lábio com força para não chorar, sabia que se a primeira lágrima escorresse pela sua bochecha, tudo se transformaria em caos. A cada passo que dava, ele sentia seu corpo mais pesado.
Observou a placa "36 D" do lado de fora do quarto do hospital e imediatamente entrou. Aproximou-se da maca e no momento em que viu o corpo, não pôde deixar de soluçar baixinho.
Haechan havia tido outro ataque, era o terceiro nestes meses. Antes não eram regulares, mas ele temia que começassem a ser.
-Ha-aechan.- Mark sussurrou sentando-se na pequena cadeira, agarrando a mão fria do outro. As suas mãos não paravam de tremer, igual ao seu lábio inferior.
Haechan abriu os olhos com dificuldade, então observou o mais velho sonolento. Ele tratou de se levantar, mas no momento que seu peito doeu, ele voltou a deitar.
-Não, fica deitado. Não force.- Mark pediu em um fio de voz.
-Me desculpa.
-Não se desculpe. Já estou aqui, tu-tudo sairá bem.
-Não chora.- Haechan sussurrou voltando a fechar seus olhos para descansar um pouco.- Você me faz sentir culpado. Sempre está pensando em mim, eu poderia morrer agora mesmo e... não falarei mais, não acho que você faria isso.
-Não fale assim.
-Por que você se agarra tanto em não ver a realidade?
-Você tá com dor? - Perguntou o mais velho, preocupado em mudar o tema da conversa.
-Não.- Haechan respondeu virando sua cabeça para o lado contrário e voltou a abrir os olhos, ele não queria vê-lo.
-Vou buscar um pouco de água. Durma um pouco.
Mark se levantou e tratou de deixar um beijo na testa de Haechan, acariciando sua bochecha com delicadeza. O outro não teve nenhuma reação, somente concordou voltando a fixar seu olhar na janela.
Quando abriu a porta, Mark encontrou o médico responsável pelo caso de Haechan. Ele parecia estar cansado. Mark pediu para que eles conversassem fora do quarto, enquanto fechava a porta atrás de si.
-Outro ataque de novo? - Mark perguntou com a voz trêmula. Quando o doutor confirmou, então o garoto levou suas mãos até o seu rosto em frustração e tristeza.
-Desta vez nós tivemos que fazer uma pequena cirurgia de emergência. Ele foi muito forte e valente, mas... Não sabemos se será assim da próxima vez. Pode ser que ele não resista tanto, seu coração fica cada vez mais fraco cada vez que ele vem aqui.
-Quanto tempo você acha?
-Poderia dizer quatro meses. Não tenho a estimativa exata, mas está mais próximo do que eu posso deduzir.
Mark sentiu seu mundo cair. Haechan cada vez tinha menos tempo. Poderia perdê-lo em qualquer momento.
-Obriga-gado.- Sussurrou inclinando a cabeça levemente.
-Vou verificar ele.- Disse o médico entrando no quarto de Haechan.
A dor se estendeu por todo o seu coração, sentindo então as lágrimas começando a sair. Odiava a si mesmo por ser inútil nesta situação, nenhuma tecnologia atual poderia ajudar Haechan e além disso, ele se negava ser um experimento para buscar a cura.
Mark limpou as lágrimas com seu braço, fungando em seguida, para observar a pequena janela da porta que dava visão de dentro do quarto. Ele espiou e notou um Haechan com o olhar perdido enquanto o médico falava.
Mark conseguiria JAE01. Se Jeno não tinha aceitado quando ele foi educado, então dessa vez ele teria que jogar sujo.
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Second Life (Tradução)
Science FictionLee Jeno é um cientista milionário famoso em toda a Coreia. Ele decide criar um robô humanoide chamado JAE01, baseado em seu namorado Na Jaemin, que havia sofrido um terrível acidente anos atrás. Mark Lee deseja que JAE01 seja entregue ao seu amado...