Second Life (Tradução)

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ANOS ATRÁS

1:36 AM

Mark colocou o capuz ao sentir o frio golpear seu corpo. Tremendo, ele pegou seu celular ao escutar a pequena notificação.

Mark bloqueou seu celular, colocando suas luvas de látex em seguida. Ele saiu de trás de alguns arbustos, vigiando ao seu redor. Mark começou a caminhar de maneira sigilosa até o veículo que estava do lado de fora da casa do senhor Lee.

Ele pôde observar as câmeras de segurança e um ponto vermelho brilhante se apagou, indicando que as câmeras não estavam mais gravando. Taeyong se encarregou de desligá-las hackeando a rede da casa.

Ele se aproximou do carro em grande velocidade. A rua estava totalmente vazia e em total escuridão. Os dois estavam sozinhos.

Mark faria tudo isto de maneira rápida e simples.

Ele abriu a porta do carro com força, encontrando o pai de Jeno. Mark sorriu malignamente por baixo da máscara, fazendo com que seus olhos se fechassem.

-Mark Lee? O que você tá-tá fa-fazen...?

Ele não pôde terminar sua pergunta já que Mark havia sacado um pequeno canivete do seu bolso para cravar em seu peito. O senhor Lee abriu a boca assustado, ficando em estado de choque.

O garoto sabia que não era suficiente. A fúria e o nojo dele não eram suficientes, precisava de mais.

Ele estava hipnotizado pelo sangue em suas mãos enquanto seus pensamentos estavam amaldiçoando Jeno e seu pai. Ele os amaldiçoou por sempre colocá-lo de lado e maltratá-lo.

Sua saúde mental foi arruinada graças aos dois. Ele não era o vilão da história, era?

Todos diziam que Jeno era um amorzinho, mas apenas Mark via seu verdadeiro eu.

Mark cresceu em um lugar cheio de amor e doçura. Contudo, assim que Jeno nasceu ninguém mais prestou atenção nele, todos estavam focados no mais novo.

Se o pai de Jeno pôde matar os pais de Mark, por que ele não pode se vingar? Ele chegou tão longe que não deixaria ninguém atrapalhar.

Ele colocou as mãos em seu pescoço para dar pressão, sufocando-o. O senhor Lee estava perdendo lentamente a consciência, bem como sua respiração e assim que o corpo desfaleceu no banco do passageiro. Mark verificou seu pulso.

"Está morto", ele pensou com um sorriso.

Antes de sair, ele pegou o braço do tio e depois passou o canivete em suas veias, como se ele tivesse se automutilado. O sangue jorrou de seus braços até o chão, deixando marcas profundas até o osso. Todo o assento estava coberto de sangue, assim como o rosto e as roupas de Mark.

Mark, em um movimento ágil, pegou a câmera que estava no espelho frontal do automóvel que era usada para gravar acidentes de carro. Assim não haveriam rastros dele. Se alguém ouvisse o áudio da câmera, então ele seria exposto.

Ele fechou a porta do carro com o pé e saiu correndo até encontrar um grande caminhão preto. Mark imediatamente abriu a porta para entrar. No banco do motorista Taeyong estava olhando para seu celular, o aparelho iluminava seu rosto entre a escuridão.

-Vamos embora, agora.- Mark ordenou.

Taeyong o observou desinteressadamente antes de ligar o caminhão e dirigir para longe da cena do crime. Mark abriu o porta-luvas procurando algo para se limpar, já que o sangue lhe dava nojo. Não sendo capaz de encontrar nada, ele deixou a cabeça cair nas costas do assento.

-Jeno acha que você o matou, certo? - Mark perguntou, quebrando o longo silêncio.

-Sim. Toma.

Taeyong deu a ele uma bolsa transparente com um gravador de voz antiquado dentro, ele a pegou, confuso.

-Aí tá a minha conversa de dias atrás com Jeno, ele mesmo me pede pra me livrar do velho.

Mark ergueu a bolsa olhando para ela, fascinado. Todos podiam acreditar que a culpa era de Jeno.

-Incrível, totalmente incrível.- Mark disse, sorrindo assustadoramente.- Eu sou todo um gênio.

-Não esqueça do que combinamos.- Taeyong o lembrou, olhando para a estrada.

-Sim, claro, não se preocupe. Seu irmãozinho pode terminar a faculdade. E você só continua dirigindo ai.

Taeyong engoliu em seco, ele tinha que admitir que isso o assustava.