Second Life (Tradução)

30

Renjun abriu os olhos ao sentir o Sol se infiltrar pela janela até se chocar contra seus olhos, incomodando-o. Ele esticou seus braços, soltando um grande bocejo até encontrar seu celular.

Ao segurá-lo, ele observou que eram cinco da manhã. Ele sentiu esse pequeno prazer de poder dormir mais um pouco e voltou a se aconchegar entre as cobertas, mas um som na porta o interrompeu.

-Você acordou. Eu sabia.

Jaemin entrou no quarto e sentou-se na cama junto ao outro. O mais velho o ignorou e voltou a fechar os olhos tratando de voltar a dormir.

-Sabe em que estação estamos? Outono. É a estação perfeita para fazer exercícios, o clima se ajusta perfeitamente, o céu está...

Renjun abriu os olhos imediatamente ao descobrir seu plano.

-Não, não. Eu não faço exercícios. Podemos fazer no ano seguinte.

-Sua gordura corporal aumentou em vinte por cento.

-Tudo isso? - Renjun resmungou surpreso ao sentar-se na cama.- Co-como?

-Suas refeições não são saudáveis, além disso, você disse que quase explodiu de tanto comer quando jantou com o Chenle. E ontem você bebeu, a cerveja tem muitas calorias.

Renjun começou a tocar seu corpo. Ele tinha uma pequena pancinha de nenê e suas coxas haviam crescido um pouco. Ele apostava que a sua cara deveria estar inchada.

-Eu pareço mais gordo? - Perguntou assustado.

-Um pouco.

-Cê não deveria me falar isso!

-Mas você perguntou. Eu devo ser honesto.

-Sim, mas... Esquece, só vou dormir. Nem tô tão gordo, eu sou uma vara.

-Vai, não desanima.- Jaemin disse, movendo o seu braço ao ver o outro fazer biquinho.- Eu vou te ajudar, vamos começar com o básico. Vamos caminhar um pouco hoje pra você se adaptar.

-Hoje? - Indagou sem acreditar.- Achei que ia ser na próxima segunda-feira. Hoje é quinta, ainda são cinco da manhã e eu tenho aula. Além disso, aposto que não dura uma semana.

-Agora é a hora perfeita pra começar. Vamos caminhar por uma hora e aí voltamos. Assim você pode tomar banho, beber um café, trocar de roupa e ir para a aula. Vai ser um dia muito produtivo.

Jaemin segurou a mão de Renjun e se levantou da cama para começar a puxá-lo, para que ele se animasse. Renjun se negou, mas cedeu em seguida, já que Jaemin estava extremamente fofo. Ambos se trocaram e, como sempre, Renjun deu um dos seus moletons a Jae.

Ao sair de casa, o mais velho sentiu preguiça e um pouco de frio. Ele queria muito voltar para sua cama e continuar dormindo. Ele tratou de bocejar, mas foi interrompido por um estrondo.

Renjun e Jaemin se viraram para o lado direito, pois Jeno havia deixado uma caixa da mudança cair no chão. O mais velho estava irritado por alguma razão.

-O que cê tá fazendo acordado a esta hora? - Renjun perguntou confuso.

-Por que você está falando informalmente comigo? - Jeno o repreendeu. Renjun reagiu cruzando os braços.- O que vocês vão fazer?

Jaemin observou as três caixas com os pertences de Jeno atrás do mais velho. Ele as analisou com cuidado e depois olhou para Jeno.

-Tá se mudando?

-Sim. O moleque não te avisou?

-Me chamo Renjun, caso você tenha esquecido.- Ele disse irritado.

-Não me esqueci, só não guardo nomes daqueles que não me servem.

-Eu te ajudo com as caixas.- Jaemin ofereceu, mas Renjun o segurou pelo braço e o colocou atrás de si.

-Não, nós íamos sair. Esqueceu?

-Onde? - Jeno se intrometeu.- Só volte a dormir.

-Acho que é você quem deveria voltar a dormir, não é vovô? Daqui eu vejo suas rugas.

Jeno desviou seu olhar até Jaemin. Ele parecia estar bem.

-Íamos correr, vou ajudar para que ele tenha...

-Não precisa ficar se explicando pra ele. - Renjun reclamou, dando-lhe um tapa extremamente de leve.

-Eu preciso dessas explicações.- Jeno corrigiu olhando para Ren.- Quero todas as explicações e ações possíveis.

-Vamos Jaemin, já tenho motivação o suficiente pra correr pra longe daqui.

Renjun segurou Jaemin e o levou com ele. Jeno apenas negou com a cabeça.

Ele estava a ponto de pegar uma das caixas quando um som de flash soou ao seu redor. Seu corpo ficou tenso e discretamente ele pegou uma das caixas para poder observar o local onde o som havia saído.

Não havia ninguém.

"Provavelmente foi só minha imaginação", Jeno pensou, já que era muito cedo para ele pensar com claridade.

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Mark voltou a ligar para o número de Haechan, mas caiu na caixa postal. Ligou mais uma vez, mas o mesmo aconteceu.

Ele deixou seu celular cair de lado, irritado. Por que ele não atendia? Já haviam passado alguns dias sem respostas e isto estava o matando.

Ao chegar a casa de Haechan, ele imediatamente abriu a porta com estupidez, assustando os funcionários do lugar. Ele subiu as escadas apressado e entrou no quarto do outro.

Estava totalmente vazio, com exceção de uma pessoa mais velha que estava arrumando a cama.

-Onde ele está? - Mark perguntou diretamente.

-Oh, bom dia senhor Lee. Haechan pegou um voo direto para a Coreia ontem...

-Que?

-Ele empacotou suas coisas e só foi.- Respondeu assustada por conta do forte olhar cravado nela.

Mark saiu do quarto furioso. A única saída seria ver os voos de ontem que saíram do Canadá até a Coreia e ver a lista de passageiros para depois rastrear seu celular. Assim ele encontraria o Haechan.

Quando ele ia sair da casa, seu celular tocou ao receber uma mensagem.

Na hora ele soube que era o Taeyong.

Ele não respondeu a mensagem, queria encontrar Haechan primeiro.