Second Life (Tradução)

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-Tá lá.- Chenle apontou assim que viu uma pessoa atrás de uma mesa de som com grandes alto-falantes ao seu lado.- Como vamos fazer?

-Não temos tempo pra pensar.- Lucas disse. Ele caminhou confiante até o DJ para tocar em seu ombro. O DJ olhou para cima e tirou os fones que ele estava usando.- Tem uma galera te chamando na entrada.

-Quem?

-Não sei, eles apenas me disseram que tão procurando você.

O homem assentiu confuso. Ele deixou tudo para trás e saiu imediatamente. Chenle o observou sem poder acreditar.

-Isso foi muito fácil pra você, né?

-Temos que nos apressar antes que ele volte, não sei quanto tempo ele vai demorar.- Lucas disse enquanto procurava alguma entrada para alocar a memória. Chenle pegou o celular para acender a lanterna para iluminar e deixar a busca mais fácil. Lucas agradeceu o garoto.

Chenle sentiu um corpo ao lado dele e se virou para olhar Jisung um tanto quanto cansado.

-Por que vocês tão demorando tanto? - Perguntou Jisung.

Lucas continuou procurando uma entrada, mas não havia nada. Além disso, o barulho abafado da música o atordoou e não ajudou em nada. Ele só conseguia olhar para botões de cores diferentes sem encontrar nenhuma entrada.

-Vocês, por um acaso, sabem o que tão fazendo? - Jisung perguntou vendo eles demorarem muito.

Lucas estava prestes a reclamar, mas foi interrompido por uma voz no palco. Os três observaram e perceberam que era Mark quem estava dando as boas-vindas a todos na frente do microfone. O desespero cresceu em Lucas, ele começou a mover coisas e apertar botões como se um deles fosse parar o discurso que Mark estava prestes a dar.

-Estou feliz em vê-los esta noite, aposto que todos estão esperando boas notícias hoje.- Mark disse, olhando para os convidados, todos estavam focados nele.- Muitos puderam ouvir alguns rumores sobre o novo projeto... Mas antes de continuar eu gostaria de lhes contar uma boa história.

-Vai logo! - Jisung gritou com eles, sentindo o desespero.

Chenle pegou a memória da mão de Lucas assim que encontrou uma entrada no computador por trás dos alto-falantes. Ele a inseriu, começando a procurar o vídeo nas pastas e clicou nele assim que o achou. Contudo, por mais que o arquivo tenha sido aberto, o som não tocou.

-O som! - Chenle gritou em pânico.

Lucas aproximou-se da mesa do DJ e começou a retirar os cabos à sua vista e colocá-los em diferentes locais. De alguma forma, isso fez com que todas as luzes se apagassem, deixando-os na escuridão total. Reclamações confusas estavam presentes entre o público.

-Espero que os dois se apressem.- Lucas implorou à beira do pânico.

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Jaemin ouviu a porta abrir e olhou para cima em reação. Uma pessoa alta entrou na sala e imediatamente ele analisou seu rosto com cuidado.

"Lee Taeyong"

-No final, ele te jogou aqui enquanto ele tá recebendo todo o crédito.- Taeyong falou, ele não pareceu surpreso.- Nós dois parecemos ser as marionetes de Mark, não é?

O que chamou a atenção de Jaemin foi ver que em seu braço esquerdo ele segurava um galão de gasolina. Um grande texto vermelho apareceu ao ver o recipiente.

"PERIGO, PERIGO, PERIGO''

Ele ia incendiar o lugar. Taeyong deu uma pequena risada sarcástica para abrir o galão e começar a derramar gasolina por toda a sala, Jaemin tentou se levantar, mas foi difícil.

-Não, não. Fique confortável, não vai doer nem um pouco se você morrer.- Taeyong disse enquanto negava com a cabeça.- Não leve para o lado pessoal, isso é mais pro Mark, não pra você. Mas eu também não posso deixar que você saia dessa vivo, já que você viu meu rosto.

Jaemin conseguiu se levantar com dificuldade e encostou o corpo na parede para se apoiar, já que ele poderia cair no chão. Jaemin o encarou.

-O que você tá olhando? - Taeyong perguntou defensivamente antes de continuar jogando gasolina.

Jaemin olhou por cima do ombro, surpreso ao ver Jeno correr até Taeyong para chutar suas costas, fazendo-o cair no chão.

-Jaemin! - Renjun gritou correndo em direção a ele. A voz preocupada do menino começou a penetrar pelos tímpanos de Jaemin, uma e outra vez.

-O que-e você tá-tá fazendo aqui? - Jaemin perguntou, tropeçando ao falar. Era muito perigoso para eles estarem ali.

Taeyong não perdeu tempo. Ele tirou um isqueiro do bolso para jogar na gasolina e cobrir-se com líquido. Jeno assistiu a essa ação e caminhou até os dois para puxá-los para o seu lado. Uma grande onda de fogo se espalhou na frente deles, seguindo o caminho que Taeyong havia feito quando ele entrou.

Renjun levou Jaemin e Jeno com ele, tomando cuidado para não tocar no fogo e sair o mais rápido possível do local.

Entretanto, Taeyong não queria ficar sozinho. Ele agarrou a perna de Jeno e a puxou fazendo com que ele caísse no chão. Taeyong começou a puxá-lo para a sala em chamas, mas Jeno, em um movimento, chutou-o no rosto com a perna que estava solta.

No momento em que o fogo tocou o corpo de Taeyong, ele soltou um grito lancinante. Jaemin pegou Jeno pela mão para ajudá-lo a se levantar e escapar enquanto ele não parava ver o fogo correr em direção a eles.

Renjun começou a sentir náuseas, tossindo ao inalar a fumaça produzida pelo fogo, então ele levou a manga da blusa até o nariz.

Jaemin olhou para cima ao ouvir o som da madeira rachando acima deles. Renjun deixou escapar um grito de susto ao ver o grande pedaço de madeira cair diante de seus olhos.

O fogo continuou a se espalhar ao redor deles e Jeno podia ouvir os gritos assustados das pessoas à distância.

-Por aqui! - Jeno gritou ao ver uma porta que dava para a saída de emergência.

Ambos entraram instantaneamente. Renjun se virou para ajudar Jeno a passar, mas eles ouviram outro som de madeira rangendo acima deles e em reação eles olharam para cima. Pedaços largos de madeira estavam caindo do outro lado da sala, mas a qualquer segundo eles também iriam cair sobre eles.

Jeno não hesitou e empurrou Renjun para que ele caíssem nos braços de Jaemin para que ele pudesse protegê-lo.

Assim que os grandes pedaços atingiram o chão, o montante de fumaça subiu mais ainda. Renjun sabia que não poderia ajudar o mais velho.

Afinal a madeira estava entre eles, separando-os.

-Continuem, eu vou encontrar outra saída! - Jeno gritou alto para ser ouvido e então começou a tossir intensamente.

Jaemin deu um passo à frente se recusando a deixá-lo sozinho, mas Renjun não o deixou, em vez disso ele pegou seu braço, olhando para ele tristemente.

-Vamos sair daqui.- Renjun disse, engolindo nervosamente.