Second Life (Tradução)

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-Cê acredita? - Chenle gritou enquanto saíam da faculdade.- Ela só me olhou nos olhos e disse "a partir de amanhã você vai trabalhar como o seu pai." Fim.

-Parabéns, agora nós dois temos trabalho.

-O seu é genial, já o meu é uma merda.

-Tem razão.- Renjun disse entrando na rua à sua direita.

-Como está seu vizinho assexual?

-Que vizinho? Como assim assexual?

-Jaemin.

-Ele não é assexual. Deixa ele em paz.

O mais velho queria soltar um "ele também não é meu vizinho" em forma de reclamação, mas sabia que seu amigo pediria respostas e ele não desejava isso. Chenle deu de ombros sem dar muita importância. A sexualidade das pessoas não importava.

-Tanto faz. Vocês tão saindo?

-Nós não estamos saímos.

-Todos dizem isso. Primeiro é "ugh não, ele não é bonito. Não, não estamos saindo. Ele e eu? No thanks".- Chenle fez uma voz debochada, revirando os olhos.- Preguiça de tudo isso. O que custa você admitir que sai com ele? Magicamente ele já é seu amigo de um dia pro outro?

-Sério mesmo que você não acha que ele é capaz de ser meu amigo? Eu não preciso de um namorado.

-Na verdade, você nunca teve um. Seria bom que você tivesse experiência no amor.

-Para de me julgar.- Disse mal humorado.

-Não tô te julgando, é só que... Ele é bom pra você. Dá pra perceber que ele gosta de você.

-Você não se comportou bem quando o conheceu e agora está me dizendo que ele é bom pra mim.- Respondeu sem compreender.

-Eu sei, eu sei. Mas posso jurar que os olhos dele estavam derramando mel quando te viam, posso até jurar que quando estávamos sozinhos, ele não me olhou assim. Era como quando eu tava com a Wonyoung, o mesmo olhar de amor.

-Ela era ridícula, olhava pra todo mundo assim.

-Ah! - Chenle exclamou ofendido com a boca totalmente aberta.- Todo mundo? Como assim? Eu não era especial pra ela?

-Eu não sou especial pra ele! - Renjun gritou, parando no ponto de ônibus, mas Chenle continuou caminhando.

Chenle continuava caminhando como se nada estivesse errado, mas se deteve no meio do caminho ao observar que o mais velho não estava mais ao seu lado. Ele olhou para trás e ambos se encararam confusos.

-Por que parou? - Chenle perguntou.

-Não, tipo... Por que você não parou?

-Eh?

-Estamos no ponto de ônibus. Cê não vai pra casa?

-Tá me expulsando? - Perguntou levando a mão até o peito, fazendo uma pose exagerada.

-N-não, é só que...

-Eu perco meu tempo pra te acompanhar até em casa pra ficar um pouco contigo e é assim que você agradece, com seu ódio.

-Cê ia ficar na minha casa? - Renjun indagou, aproximando-se dele, enquanto negava com a cabeça.

-Por que você age tão surpreso com isso? Como se eu nunca tivesse ido na sua casa.

-Você não pode ir.

-Por que?

-Minha... Mãe ainda tá lá.