37

123 31 12
                                    

-Fiquei aí, ok? - Mark perguntou para Haechan pelo telefone.

-Eu não vou sair daqui.

-Mesmo assim, vou confiar em você. Você pode fazer o que quiser na minha casa, não vai me incomodar.

-Sim, sim. Eu sei.

-Não esquece de tomar seus remédios e me ligue se precisar de algo.

-Entendi.

-E se você também quiser...

-Eu já sei, tchau.- Haechan respondeu seco.

Quando Haechan desligou a chamada, Mark bufou decepcionado. Esperava pelo menos um agradecimento da parte do outro ou pelo menos um pequeno reconhecimento. Mark se preocupava demais com ele e em troca ele só recebia sua frieza.

Ele queria ajudar o mais novo. Essa era a sua maior prioridade desde o começo. E se ele tivesse que tirar Jeno do seu posto na empresa ou se ele tivesse que destruir tudo em seu caminho só para deixar Haechan feliz, então ele o faria.

Mark entrou no elevador e descansou sua cabeça na parede. Seu coração continuava palpitando, mas de alguma forma ele sentia que sequer tinha um.

As portas do elevador abriram novamente e ele se dirigiu até o escritório de Jeno preparando-se mentalmente. Ele deu duas batidas na porta e entrou com o queixo erguido.

-Estou surpreso. Não esperava a sua visita.- Jeno disso sarcástico ao notar o outro.

-Jura? Minhas visitas deveriam ser mais frequentes então.- Mark comentou ao sentar-se e Jeno decidiu ficar de frente para o outro.- Você deve estar extremamente ocupado, então serei direto com tudo isso.

Jeno travou o maxilar ao observar Mark dar um pequeno sorriso maligno. Mark pegou algumas folhas e colocou-as na mesa, deixando o mais novo confuso.

-Vamos vincular as nossas empresas.

-Oi?

-Me escuta.- Mark resmungou, deixando suas feições sérias. Ele entrelaçou seus dedos em seu colo.- Se você não tá de acordo, então a verdade sobre seu pai virá à tona. Agora assina a folha... Não é tão difícil.

O olhar de Jeno passou a ser de raiva. Suas palavras não haviam saído, então ele golpeou a mesa com seu punho e Mark não vacilou.

-Você não se atreveria.

-Por que? Acha que não posso te trair só porque temos o mesmo sangue? - Mark perguntou de maneira inocente.- Você não deveria começar algo que sabe que vai falhar.

Jeno estava mais que furioso, queria socá-lo ali mesmo até mandá-lo ao hospital. O assunto sobre seu pai era algo que ele desejava deixar no passado e até apagá-lo de sua memória.

-Sua ações cairão totalmente e a imprensa ficará louca. Ninguém gosta de assassinos.

Jeno gritou com força para que o outro se calasse. Mark mordeu sua língua sarcasticamente e observou o escritório sem muito interesse, como se qualquer coisa fosse mais interessante que isso.

-Por que você tá agindo assim? - Mark perguntou.- Tenho provas que facilmente te mandarão pra cadeia. Não pense muito e vamos fazer isso rápido.

-Você me disse que tinha apagado o vídeo...- Sussurrou.

-Eu menti.

-Eu assino.- Jeno sussurrou com dor. Ele não tinha mais opções.- Mas se você abrir a boca, eu juro que...

-Não abrirei se você seguir minhas ordens.

Mark voltou a indicar as folhas com sua cabeça e Jeno as assinou impotentemente, sem sequer ler o que estava escrito. O seu maior erro.

Quando terminou de assiná-las, Jeno estava a ponto de lê-las, mas foi interrompido pelo som da porta sendo aberta, tendo Jisung entrado no local, chamando a atenção de ambos.

-Desculpe, mas o conselho administrativo está te chamando para...- Jisung parou de falar quando avistou Mark. Ele imediatamente o reverenciou levemente.

-É melhor eu ir.- Mark opinou ajeitando sua gravata, lançando um último olhar para Jeno ao sair do seu escritório, agindo como se tentasse evitar algo.

Jeno se jogou na sua cadeira e levou as mãos até a cabeça frustrado. Jisung ficou olhando para a entrada do escritório.

-O que ele tava fazendo aqui? Ele não tava no Canadá? Mas que porra? - Jisung perguntou atropelando suas palavras.- Ele tá tramando algo? Ele geralmente não é do tipo que aparece do nada sem motivo.

-Esse idiota. Quero matar ele.

-Tenha muito cuidado com ele. Você sabe que Mark ataca quando você menos espera.

E ele tinha razão. 

Second Life (Tradução)Onde histórias criam vida. Descubra agora