14º

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Malu. 🦋

-02:00 da manha | terça feira.

2 meses depois.

dois meses se passaram e foram 2 meses sem o lima, ele realmente sumiu da minha vida.

tipo assim, eu não vou tanto em rolezin com a turma inteira, e quando eu vou ele não vai e quando ele vai eu não vou.

eu saio mais só com as meninas, não misturo com todo mundo.

me mudei de casa, continuo aqui no morro mas agora moro sozinha.

sempre vejo o lima passando com umas piranha na garupa, fico meio assim, mas sei lá.

tava deitada na minha cama de olho fechado rolando de um lado pro outro, não tô conseguindo dormir hoje.

não sei o que tá acontecendo hoje, tô com um aperto horrível no coração.

ouvi uma batida na porta da frente e eu juro que gelei, quem em plena madrugada vai vir bater na minha porta?

Deus que me livre.

mas eu vou ir ver né, vai que é algo importante.

sai da cama, fiz um coque no meu cabelo e sai do quarto.

desci e olhei pelo olho mágico, vi o lima todo machucado? como assim.

abri a porta rápido e ele me olhou e deu um sorriso de lado.

lima: eae folgada. -diz com dificuldade sorrindo e eu olhei ele confusa.

Malu: que porra aconteceu lima? -dei espaço pra ele entrar e ele entrou.

passei meu braço na cintura dele e coloquei ele sentado no sofá.

lima: me bateram pow, na covardia nega. -olhei ele preocupada.

Malu: vou ir pegar a caixinha de remédio. -ele assentiu com dificuldade e eu subi as escadas preocupada.

fui no banheiro do quarto do Luís, que não tava lá e peguei a caixinha de remédio dele.

desci novamente e sentei do lado do lima no sofá.

lima: ainda vai cuidar de mim? -eu ri passando remédio na gazes.

Malu: não vou te deixar assim né lima. -comecei a limpar o cortado da sua boca e não tava conseguindo me concentrar, pq tava com saudades dele.

lima: ai porra. -geme de dor baixinho e eu parei e olhei ele preocupada- tá suave, pode continuar.

Malu: não quero te machucar mais. -falei preocupada e ele segurou minha mão e me olhou.

lima: tu não tá me machucando, ok? relaxa e termina. -assenti e voltei a passar o remédio com cuidado.

ele tava com um arranhão fundo na bochecha, um cortado na boca e cortes nas mãos.

...

fiz curativo em todos os machucados e coloquei a caixinha na mesa de centro.

Malu: veio aqui pq? podia ter ido pra tua casa, ou pro posto... -falei olhando ele que riu e colocou a mão na minha coxa.

lima: deixa eu te agradecer vai. -olhei ele confusa e ele puxou meu queixo me dando um selinho demorado.

Malu: não faz isso por favor. -me afastei dele e ele passou a mão no rosto me olhando.

lima: tô com saudades de tu. -diz baixo olhando pra baixo e eu sorri olhando ele.

Malu: serio? achei que tu só queria me comer. -ironizei baixo, mas ele ouviu.

lima: eu não queria só te comer maria Luisa, olha pra mim -puxou meu queixo me fazendo olhar ele- não consigo parar de pensar em você caralho, tudo me lembra você porra, até quando eu tô transando. -dei uma risada sem graça.

Malu: não importa lima, já passou, não ligo mais. -fingi que não ligava mas porra, tava felizona de ouvir ele falar isso.

lima: liga sim, eu sei que liga. -puxou meu queixo e me deu um selinho demorado e pediu passagem com a língua.

dei espaço e caralho, quantas saudades que eu tava desse beijo e desse homem gostoso e filho da puta.

Malu: tava com saudades. -ele sorriu e me deu mais um selinho.

lima: eu também. -me puxou e eu deitei com a cabeça no peito dele- foi mal pelo bgl que eu disse lá, viu? -olhei ele e assenti.

Malu: não faz isso de novo, por favor.

lima: não vou nega, relaxa. -sorri sem mostrar os dentes e dei um selinho nele.

Malu: vai me contar o pq te bateram, lima? -falo olhando ele.

lima: conto se parar de me chamar de lima. -dei risada e assenti.

Malu: ta bom, pêpê. -dei um selinho nele q riu.

lima: eu tava fazendo um corre no asfalto e aí uns 5 vagabundos me pegaram, e me desceram madeirada, foi covardia pow.

Malu: e cadê eles pê? -falo preocupada olhando ele.

lima: 7 palmos de baixo da terra. -arregalei o olho olhando ele que riu.

Malu: vai dormir aqui? -ele assentiu e eu levantei e puxei ele pela mão.

lima: tua casa ficou maneirona eim nega. -me abraçou por trás e eu assenti.

Malu: gostou? -ele assentiu e me deu um beijo no pescoço.

fomos pro meu quarto, me joguei na cama e ele deitou em cima de mim, colocando a cara enfiada no meu pescoço.

lima: vamo transar? -diz me olhando e eu ri.

Malu: tô cansadona, talvez outro dia. -ele bufou e me deu um selinho- deixa eu espremer esses cravo seu? -peço manhosa passando a ponta da minha unha nas costas dele, onde tava os cravos e ele fez cara feia.

lima: não. -diz seco e eu fiz biquinho.

Malu: por favor pêpê, deixa. -falei manhosa e ele riu passando a mão na cara.

lima: folgadona tu eim fia. -dei risada e ele deitou de bruços na cama e eu me sentei em cima dele e comecei a espremer- maria Luisa sua vagabunda, eu vou quebrar tua cara piranha. -diz se contorcendo enquanto eu espremia e eu gargalhei.

Malu: ta doendo tanto assim? -ele se virou e me olhou com deboche.

lima: vou te mostrar sua vagabunda. -antes de eu responder ele começou a fazer cosquinha em mim e me jogou na cama ficando por cima.

Malu: pa-para por-por favor. -falo rindo tentando bater nele mas foi em vão.

ele parou e me deu um selinho demorado.

lima: folgada, te odeio.

Malu: folgada é teu rabo João pedro. -ficamos lá conversando e brincando.

maré, eu voltei.Onde histórias criam vida. Descubra agora