Corte de Asas Perdidas. CONCLUÍDO.

27

Após vestir-se Nyx se deitou junto com Hela na cama, não sabia bem ao certo em que momento ambos haviam pego no sono, mas quando acordou novamente se viu abraçado de conchinha com ela, os braços grandes e fortes envolta do corpo muito menor que o seu, as pernas entrelaçadas mantendo a coxa dele no meio das dela, suas asas estavam relaxadas sobre o colchão. Nyx sorriu e suspirou, parecia até mesmo um sonho estar ali aninhado com Hela, com ela dormindo tranquilamente em seus braços. O macho então a deu um beijo na lateral da cabeça, o que a fez resmungar e se mexer.

— Que horas são?... — perguntou a voz manhosa e sonolenta de Hela.

— Eu não sei, e sinceramente... Eu não quero nem saber — Nyx apertou mais os braços em volta da mestiça pressionando mais o corpo dela contra o seu, o que a fez sorrir largo e dar uma leve risada. Nyx começou a dar mais beijos pela face de Hela e fora descendo até o pescoço e ombro dela.

— Sabe isso pode ser considerado tortura — ela disse baixinho virando o rosto para cima e a mão fora para o rosto de Nyx o virando para si e em seguida ele a beijou, um beijo lento e carinhoso.

— Eu tenho que concordar — ele disse com os lábios a milímetros dos de Hela que arqueou mais o corpo roçando seu quadril contra o de Nyx que levou a mão até a abertura do roupão no peito da fêmea chegando assim a um dos seios dela e apertou ali com suavidade.

— Mas que droga Nyx... — ela disse num gemido baixinho e ele sorriu largo a dando um beijo no rosto.

— Ninguém disse que não poderíamos brincar — falou ao pé da orelha dela e deu uma mordiscada ali fazendo com que Hela revirasse os olhos e suspirasse sentindo a mão quente dele descer de seu seio até sua barriga, mas antes mesmo de ele chegar perto, a porta do quarto se abriu assustando ambos. Num reflexo rápido Nyx puxou os lençóis para cima de ambos que se sentaram bruscamente e Hela já tinha em mãos uma de suas adagas provindas dos anéis em seus indicadores.

— Pelos deuses Hela, e se fosse o seu pai? — disse Sabira com Raphael atrás de si, o meio illyriano comprimiu a boca e segurou o riso olhando para Nyx que o encarou semicerrando os olhos.

— Por que diabos entrou no meu quarto sem bater? — perguntou Hela fazendo com que a adaga se transformasse novamente no anel em seu indicador direito.

— Seu pai quer todos no salão, imediatamente — disse a kaarjal e Rapahel assentiu como um bom subordinado. Ele vestia uma armadura preta agora, a mesma armadura que a raça de Cantius usava. — Trouxemos uma armadura para o seu... Noivo.

— Noivo? — perguntou Hela.

— E não é isso o que são? — disse Raphael entrando no quarto carregando a armadura preta, mas aquela tinha um dragão entalhado por todo abdômen, em cada ombro três espinhos.

— Essa armadura? — Hela questionou amarrando o roupão novamente por debaixo do lençol e então se levantou. — Essa da azar.

— Foi a armadura de grandes guerreiros, seu noivo tem que se sentir honrado — disse Sabira.

— Tomo mundo que usou morreu — constatou Hela.

— Bom, seu pai quem a escolheu para ele — a felina então olhou para Nyx que encrava a armadura com as sobrancelhas juntas e uma face pensativa. — Não quer fazer desfeita como seu sogro, quer? — Nyx voltou o olhar mais suave para Sabira e Hela o olhava de maneira que dissesse para não aceitar o presente.

— Fico com ela — disse Nyx e Hela revirou os olhos os fechando.

— Ótimo, ele quer todos reunidos em uma hora, então se aprontem — disse Sabira saindo pela porta e a fechando atrás de si deixando os três sozinhos no quarto.