Dance with me • pjm + jjk

Capítulo 33

Depois de comermos, Jungkook e eu fomos para a confeitaria, onde a minha mãe deu um cupcake com recheio de morango com chocolate para ele. Eu não recebi nada, o que foi uma injustiça. Jungkook fez cena com o cupcake na mão para me causar inveja, mas quando nos sentamos na calçada, ele dividiu comigo.

— Está sujo aqui, Park. — Ele diz, apontando com o nariz para o meu rosto.

— Onde? — Eu pergunto, começando a tocar no meu rosto.

— Aqui. — Eu esperei que ele apontasse onde estava sujo, ou até mesmo limpasse, mas o que Jungkook fez foi passar o dedo sujo de glacê na minha bochecha.

Minha expressão congelou por dois segundos num sorriso chocado.

— Não acredito que você acabou de fazer a cena mais clichê de todo o cinema.

— E ainda consegui te tirar do sério. Dois coelhos com uma cajadada só. — Eu o empurro com o cotovelo. — Não faz isso, Chimchim.

— Você... — Com rapidez e os dentes trincados, aponto o dedo para Jungkook, o ameaçando. — Não se atreva a me chamar assim.

— Chamar do que? Chimchim? Tudo bem, Chimchim, se você não quer ser chamado de Chimchim, não vou te chamar de Chimchim.

— Eu vou gastar meu réu primário hoje... — Eu digo baixo, mas não baixo o bastante para Jungkook não me ouvir. Ele apenas dá uma gargalhada alta em resposta.

— Nossa, como eu senti falta disso! Dá até gosto na vida. Te irritar é com certeza um dos maiores prazeres da existência. Não tá com nada te tratar bem.

— Eu até estava me acostumando com o Jungkook sensível e compreensível.

— Ele foi embora junto com esse bolinho. — Ele diz ao devorar o último pedaço do cupcake.

Viro o rosto para ele e não consigo deixar de rir.

— O que foi? — Ele pergunta.

— Seu rosto está sujo.

— Eu acabei de fazer isso com você, não acha que eu vou cair nisso, né?

— Estou falando sério. Seu nariz está sujo. — Digo, ainda rindo. Jungkook passa a mão no nariz e percebe que eu não estava mentindo. — O nome disso é karma.

— O karma é uma vadia.

Meu celular tocou no segundo seguinte. Não tinha ninguém me ligando, mas mandando mensagem. Quando desbloqueei o celular, sorri ao ver o nome de Namjoon na tela.

"Estou te vendo com um cara na calçada. Quem é esse?"

"Que coisa de maluco é essa?" Digitei de volta. "Está me espionando?"

"Eu escutei sua voz na rua e resolvi olhar pelo muro para ter certeza. Você chegou mais cedo."

"Saí mais cedo de Seul. Larga de ser esquisito e vem aqui fora, tenho algo para te contar."

"Tá. Vou trocar de roupa."

"Você está pelado?!"

"Sim, Jimin, estou te observando pelo muro totalmente peladão, tal qual uma pessoa normal. Só estou de pijama, seu idiota."

"Já passa do meio-dia e você ainda está de pijama. Cria vergonha na cara.

"Sem educação."

A cada mensagem que Namjoon mandava, eu dava uma risada baixa. Quando ele parou de responder, imaginei que tinha ido trocar de roupa para vir aqui.

— Jeon, tem um amigo que eu quero que você conheça. — Eu digo ao guardar o celular no bolso.