Eu acordei contrariado na manhã seguinte. Como sabia os dias com Jungkook que estavam por vir, não estava nenhum pouco animado para trabalhar. Fui até o prédio caminhando como um morto-vivo e minha feição nada boa passou despercebida pela multidão de pessoas com a mesma expressão nas ruas. Cumprimentei a recepcionista sem nenhuma emoção e fui direto para lanchonete.
— Oi, Lucy. — Disse para a velha mulher que limpava as mesas.
— Está doente, garoto?
— Não, — Franzi o cenho. — por quê?
— Parece morto.
— Talvez eu esteja.
— Credo, vira essa boca pra lá.
— Você disse isso antes. — Argumentei.
— Não me venha com argumentos válidos, garoto. — Ela brincou e eu abri um sorriso mínimo. — Isso, assim que eu gosto. Os clientes adoram ver seu sorriso, sabia?
— Sério?
— Você é muito simpático, deixa eles felizes quando vêm aqui. Todo mundo gosta de ser tratado bem, e você os trata da melhor forma possível.
— Bom saber que estou fazendo um bom trabalho. — Sorri mais um pouco e entrei no banheiro para trocar de roupa.
Eu sentia que Jungkook apareceria em algum momento daquele dia na lanchonete à minha procura, então tentei me preparar psicologicamente. Além dele me tirar do sério, parece que não consigo me livrar desse garoto. Depois desse trabalho, tenho certeza que não verei sua cara tão cedo. O professor Jung disse que já ia designar cada aluno à um professor que ensine no nível em que a pessoa está, e eu acredito muito que eu não vá cair na mesma sala que Jungkook. Apesar de eu não gostar nem um pouco dele, consigo admitir que é um dançarino excepcional. Eu, por outro lado, sou mediano. Fico me perguntando se é por isso que não o suporto: porque ele diz a verdade que eu não quero aceitar.
Eu sabia que Jungkook tinha aula duas horas da tarde, então esperei que ele aparecesse. Não esperar, como se eu ficasse olhando ansiosamente para a porta da lanchonete, mas especulando que ele aparecesse porque parecia algo que ele faria. Eu não o vi naquele horário. Foi um alívio, na verdade. Mesmo que ainda tenhamos um trabalho juntos para fazer, quanto menos eu tiver que suportar sua presença melhor. E mesmo que ele não tivesse aparecido duas horas, eu tinha quase certeza de que veria sua cara cínica às cinco da tarde.
E como eu havia especulado, ele apareceu. Era quase como se eu pudesse sentir sua presença. Quando deu cinco horas, escutei uma multidão descendo as escadas e soube que ele entraria sozinho depois de um grande grupo entrar. Eu estava certo. Entrou realmente um grupo que eu atendi alegremente, e logo depois Jungkook apareceu sozinho na porta da lanchonete. Quase me sentia mal por ele, ele parecia alguém solitário e ficava menos irritante quando eu pensava que ele só queria um amigo.
Jungkook, assim que me viu deu um sorriso inocente e caminhou até o balcão.
— Bom dia, como posso te ajudar? — Eu disse após respirar bem fundo e abrir um forçado sorriso.
— Corta essa, Park. Sabe que não vim aqui para comprar nada.
— Veio para quê então?
— Te ver. — Ele sorriu como um gato. — Ou vai dizer que esqueceu do nosso trabalho?
— Claro que não esqueci. — Respondi com cansaço.
— Ótimo, porque vamos começar hoje.
— Hoje? Não está vendo que eu estou trabalhando? Inclusive, acho que não dará certo nenhum dia, já que eu trabalho o dia todo aqui.
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Dance with me • pjm + jjk
FanficPark Jimin acaba de fazer 18 anos e resolve abandonar sua cidade natal, Busan, para seguir seu maior sonho: ser um grande dançarino. Ele se muda para Seul e se vê perdido na cidade, já que nunca sequer visitou o lugar. Jimin acaba dividindo um peque...