Capítulo XXVIII

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No banheiro da suíte, Diego abria a torneira de água morna para encher a banheira enquanto Julieta prendia o cabelo em um coque alto. Ele via a infinidade de frascos no nicho logo ao lado e fazia uma careta de quem não fazia ideia de para que servia tudo aquilo, pelo reflexo do espelho ela o observou girar entre os dedos um vidrinho com um pó lilás.

– Esse é meu favorito – ela disse ainda para o espelho.

– E o que é isso? É frasco demais no teu banheiro, eu só tenho um sabonete e um shampoo.

– Coloca um pouco na água – encorajou rindo.

O garoto abriu a tampa e polvilhou um pouco daquilo na água morna que logo exalou um aroma inconfundível.

– Lavanda? – Ele perguntou e Julieta assentiu. – Tua flor favorita é lavanda?

– Sempre gostei da cor e do aroma.

– Achei que eram cravos.

Julieta se virou para ele com expressão raivosa até perceber que o garoto ria, Diego se lembrava bem de que ela odiava cravos e que Leonel a presenteou com um arranjo antes de terminarem. Ele estendeu a mão convidando-a a entrar na banheira, sentaram-se frente a frente encostando na borda, Julieta com as pernas sobre as dele recebia uma massagem nos pés aproveitando para fechar os olhos.

– Tua vez de me contar seus pensamentos – ele pediu.

– Você é tão... fofo... na cama...

– E isso é ruim?

Julieta abriu os olhos sorrindo para ele, se aproximou colando os lábios gentilmente:

– Nada com você é ruim, mi amor.

Diego sorriu de volta abraçando-a em seu colo e tornando a beijá-la, foi a maneira que encontrou de disfarçar o quão afetado ficou ao ser chamado de "meu amor" por Julieta. Desejou outra vez que aquilo não fosse um sonho, que dessa vez o dia seguinte pudesse ser melhor, onde ele não teria que fingir que precisava repetir a noite outras vezes mais, porém o fingimento deveria permanecer para Josep.

Afastou os lábios após um selinho e enterrou o rosto nos cabelos de Julieta com um suspiro, ela pareceu não notar a mudança de humor do rapaz e com as costas contra seu peito se deixou relaxar sentindo os braços dele ao seu redor. Ela também queria que a noite não terminasse.

– Fica aqui essa noite?

– Não posso, – ele lamentou – eu preciso abrir o café amanhã bem cedo. Vou embora assim que acabarmos o banho.

– Então não vamos sair dessa banheira nunca.

– Eu não ia reclamar – disse voltando a beijar seu pescoço.

Diego abriu o café pela manhã, começou a organizar as mesas e limpar o salão

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Diego abriu o café pela manhã, começou a organizar as mesas e limpar o salão. Não demorou para que Nina entrasse pela porta dos fundos, ao chegar no balcão, se debruçou sobre ele observando o amigo que rodopiava com a vassoura.

Café e CEO [hiato]Onde histórias criam vida. Descubra agora