No banheiro da suíte, Diego abria a torneira de água morna para encher a banheira enquanto Julieta prendia o cabelo em um coque alto. Ele via a infinidade de frascos no nicho logo ao lado e fazia uma careta de quem não fazia ideia de para que servia tudo aquilo, pelo reflexo do espelho ela o observou girar entre os dedos um vidrinho com um pó lilás.
– Esse é meu favorito – ela disse ainda para o espelho.
– E o que é isso? É frasco demais no teu banheiro, eu só tenho um sabonete e um shampoo.
– Coloca um pouco na água – encorajou rindo.
O garoto abriu a tampa e polvilhou um pouco daquilo na água morna que logo exalou um aroma inconfundível.
– Lavanda? – Ele perguntou e Julieta assentiu. – Tua flor favorita é lavanda?
– Sempre gostei da cor e do aroma.
– Achei que eram cravos.
Julieta se virou para ele com expressão raivosa até perceber que o garoto ria, Diego se lembrava bem de que ela odiava cravos e que Leonel a presenteou com um arranjo antes de terminarem. Ele estendeu a mão convidando-a a entrar na banheira, sentaram-se frente a frente encostando na borda, Julieta com as pernas sobre as dele recebia uma massagem nos pés aproveitando para fechar os olhos.
– Tua vez de me contar seus pensamentos – ele pediu.
– Você é tão... fofo... na cama...
– E isso é ruim?
Julieta abriu os olhos sorrindo para ele, se aproximou colando os lábios gentilmente:
– Nada com você é ruim, mi amor.
Diego sorriu de volta abraçando-a em seu colo e tornando a beijá-la, foi a maneira que encontrou de disfarçar o quão afetado ficou ao ser chamado de "meu amor" por Julieta. Desejou outra vez que aquilo não fosse um sonho, que dessa vez o dia seguinte pudesse ser melhor, onde ele não teria que fingir que precisava repetir a noite outras vezes mais, porém o fingimento deveria permanecer para Josep.
Afastou os lábios após um selinho e enterrou o rosto nos cabelos de Julieta com um suspiro, ela pareceu não notar a mudança de humor do rapaz e com as costas contra seu peito se deixou relaxar sentindo os braços dele ao seu redor. Ela também queria que a noite não terminasse.
– Fica aqui essa noite?
– Não posso, – ele lamentou – eu preciso abrir o café amanhã bem cedo. Vou embora assim que acabarmos o banho.
– Então não vamos sair dessa banheira nunca.
– Eu não ia reclamar – disse voltando a beijar seu pescoço.
Diego abriu o café pela manhã, começou a organizar as mesas e limpar o salão. Não demorou para que Nina entrasse pela porta dos fundos, ao chegar no balcão, se debruçou sobre ele observando o amigo que rodopiava com a vassoura.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Café e CEO [hiato]
RomanceE se a CEO fosse ela? O que o balconista de uma cafeteria tem a oferecer para a dona de uma multinacional? Um amor tão quente quanto o café. Atualizações todas as terças-feiras. Melhores rankings: 🏆 #1 namoro por contrato 🏆 #1 representatividade ...