Capítulo 8.

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Mariana.

Passei pela barreira e subi a ladeira do morro devagar porque sei que tem sempre criança brincando na rua por volta desse horário.

Parei em frente ao portão da Dri ao chegar na rua dela e já buzinei pra ela sair. Por um milagre divino ela saiu rapidão, arrumando a bolsa no braço e os óculos de sol no rosto.

Destravei a porta e ela abriu, sentando no banco do carona.

Drika: Que carro é esse, mulher?-Falou passando a mão em tudo que via.-Que chiquesa.

-É né?-Sorri.-Só invisto em coisa boa, menina. Cadê os meus bebês?-Perguntei com mó saudade das crianças.

Drika: Na mãe do Hamilton, eu amo eles mas hoje eu acordei querendo curtir o dia sozinha.-Falou colocando música após conectar o celular dela lá.

Concordei com a cabeça e fui subindo pra casa da Ana, hoje a gente vai curtir o dia juntinhas. É tanto papo que a gente precisa pôr em dia, se pá a gente volta só de madrugada.

Chegando lá a moça que arruma a casa dela falou que ela tava no salão mas logo menos apareceria.

Ela demorou um pouco, mas veio. Quando não é uma que demora, é a outra.

Ana: Cheguei mores.-Entrou no banco de trás e fechou a porta toda animada, eu já fui descendo a ladeira.-Caralho, esse carro exala poder.

Drika: Num é mulher?-Perguntou rindo.-Marimari tá podendo.

-Marimari.-Repeti rindo.-Tá se saindo uma bela cópia do Ht.-Ela deu a língua pra mim e acabou rindo junto.

Ana: Ou, pra onde a gente tá indo?-Perguntou ao notar que a gente não tava indo pro Barra Shopping, como foi combinado.

-É surpresa, Aninha.-Respondi olhando pra ela pelo retrovisor.

As obras na clínica foram finalizadas ontem, tô querendo ver pela primeira vez junto delas porque sem a ajuda que elas me deram eu certamente não estaria tão longe, ainda.

Drika: Medo.-Riu de desespero, o que fez a gente rir também.

Parei o carro na minha vaga após entrar no estacionamento, vendo a cara delas de chocadas quando o segurança permitiu a nossa passagem.

Ana: Mentira que isso tá assim, faz tanto tempo assim que a gente não vem aqui?-Perguntou pra Drika que tava até com a boca aberta, isso porque a gente ainda nem entrou.

Drika: CA-RA-LHO.-Falou pausadamente assim que passamos pelas portas automáticas de vidro e entramos na recepção.

Eu também tava em choque, eu escolhi os tons de dourado e branco, eu vi como esse lugar ia ficar quando a arquiteta mostrou o projeto pra mim, mas ainda assim era chocante ver o que um dia foi o meu sonho bem diante de mim, literalmente materializado.

A gente foi entrando nas salas, banheiros, em todos os cômodos, o meu favorito obviamente foi o meu escritório, tava a coisa mais linda, a minha boca já tava doendo de tanto sorrir.

Drika: Ai amiga, eu estou tão orgulhosa de você.-Me abraçou apertado.-Você é tão merecedora de tudo que está conquistando.

Ana: Verdade, ver a Dri com a agência de Marketing dela, eu com o meu salão de beleza e agora você com a sua clínica me faz pensar que nem o céu é o limite pra gente.-Me abraçou também e eu já tava me segurando pra não chorar.

-Agora sim a gente pode ir atrás dos looks pra inauguração né.-Falei me sentando na minha cadeira e convidei elas pra sentar nas que estavam dispostas à frente da minha mesa.

A mãe tá poderoserríma, fi, esquece!

Drika: Quanto mais cedo a gente for, melhor porque a única coisa que eu tenho em mente é a cor do look que quero usar.

Ana: Esperem.-Pediu quando a gente fez menção de levantar.-Eu preciso muito da vossa opinião, eu achei um espaço vazio pra alugar lá no Barra Shopping e tô querendo abrir meu segundo salão lá. Cês acham que eu devia ir na fé ou deixar passar essa oportunidade?

-Só vai na fé bebê.-Respondi logo.-Deixar passar oportunidade é pior do que fazer e se arrepender.

Drika: Faço das palavras da Mari as minhas.-Falou toda chique, cruzando as pernas.

Eu e a Ana rimos e depois nós três nos levantamos e fomos saindo da clínica após trancar tudo direito e nos despedirmos dos seguranças.

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Ana Ayad Souza

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Ana Ayad Souza.| 24 anos.

Nosso Reinício. ‐ Livro II Onde histórias criam vida. Descubra agora