Oito meses depois.
LC.
O avião aterrissou na pista dos EUA e eu agradeci a Deus por não ter me abandonado até aqui.
Lili cantou nessa porra, sou real um homem livre agora. Saí da tranca ontem, infelizmente na hora que fui solto já não tava saindo voo, esperei e peguei o primeiro de hoje.
Não aguento nem mais um dia longe da minha preta, tava beirando a loucura lá naquela porra.
Só ouvir a voz dela já não tava suficiente, e depois de um tempo ela começou a achar estranho o fato de eu nunca poder fazer chamada de vídeo. Não curto mentiras, mas foi pelo bem dela e das minhas crias.
Avistei um cara de confiança que trabalha para o Barão, depois que entrei no aeroporto, e caminhei até ele que já tava com as minhas malas e pá.
Cumprimentei ele com um aperto de mão e a gente foi pro carro dele, passei o endereço do apartamento da preta e franzi as sobrancelhas quando o celular dele vibrou e depois de olhar ele mudou o caminho.
-Onde a gente tá indo?-Olhei pro interior do carro, pensando em como ia me defender caso ele viesse na maldade.
-Pro hospital, sua mulher acabou de entrar em trabalho de parto.-Meu coração errou uma batida.
Era pra ser daqui duas semanas, não hoje! Neguei com a cabeça e fui pilhado o caminho todo, mente tava a mil. Pra piorar o hospital parecia que ficava na puta que pariu.
O carro entrou no estacionamentos e eu já fui descendo antes mesmo dele parar, entrei no hospital e quando fui no andar que o cara falou que tava rolando o parto já me desesperei ao ver a dona Lúcia chorando à beça junto com a minha coroa.
-O que aconteceu? Por que cês tão chorando?-Me abaixei na frente delas.
Lúcia: Ela tá morrendo, Lucca.-Passou a mão no peito enquanto fungava.-Minha filha tá morrendo.-Balançou a cabeça e chorou mais alto.
Fui correndo pelo corredor até achar a sala onde ela tava. Parei na frente do vidro e meus olhos lacrimejaram ao constatar a pior cena que eu já vi na minha vida; tava os doutores tentando reanimar a minha mulher com um desfibrilador.
-NÃO.-Soquei o vidro.-MARIANA EU TÔ AQUI, EU TÔ AQUI MINHA PRETA.-Minha visão ficou totalmente embaçada pelas lágrimas que tomaram conta dos meus olhos.-NÃO ME DEIXA, EU PRECISO DE TU.-Gritei.-EU TÔ CONTIGO PRETA, POR FAVOR... não me deixa agora que voltei.-Falei baixo antes de deslizar minhas costas pela parede e sentar no chão, chorando igual criança mermo.
Levantei a cabeça quando ouvi a porta da sala de cirurgia sendo aberta e limpei as minhas lágrimas já esperando ouvir a pior notícia que eu poderia receber.
-Eu não sei qual o tipo de conexão que vocês têm.-Uma enfermeira falou em português mermo.-Mas quando você falou com ela, ela voltou.
-Papo reto?-Sorri me levantando e ela fez que sim com a cabeça.-E as minhas crias?
-Eles são o verdadeiro significado de milagre, nasceram fortíssimos e daqui a pouco, quando os três forem transferidos pro quarto, você vai poder ver eles.
Concordei com a cabeça e soltei um suspiro de alívio, avisei pra dona Lúcia e pra minha coroa e elas ficaram felizonas.
Vieram avisar que eles foram transferidos pro quarto e eu já fui o primeiro a levantar e a ir pra lá.
Abri a porta depois de passar álcool nas mãos e entrei na miudinha, vendo as pessoas mais importantes da minha vida ali.
Meus olhos já voltaram a lacrimejar quando eu bati eles nos berços que tavam do lado da cama da Mariana, cheguei mais perto e sorri ao ver os frutos do meu amor com a minha preta.
Era uma menina e um menino, e falar pra tu? Eram a minha cara, pô. Só a minha opinião importa nessa porra.
-Oi amores da vida do pai.-Me abaixei e senti o cheiro gostosin deles, são as coisas mais lindas desse mundo.
Malu começou a chorar e eu peguei nela com todo cuidado do mundo, foi só vir pro meu colo que ela logo calou.
Sonhei com esse nome, pô. A preta curtiu porque é junção do meu e do dela.
Luan começou a chorar também e eu coloquei a Malu de volta no berço antes de pegar ele, balancei ele devagar em meus braços e logo ele adormeceu.
Deitei ele no berço e quando eu ia chamar as enfermeiras pra perguntar sobre a alimentação deles, pois a preta não acordou ainda, escutei a voz suave dela.
Mariana: Escureci a tua minha família, chupa essa Lucca.-Tapou a boca com a mão e eu dei risada.
-Tu só vai poder afirmar isso depois que eles tiverem pelo menos uns dois anos, pô.-Fui na reta dela e a puxei pra um abraço apertado.-Você é foda, obrigada por ter me dado os melhores presentes que eu poderia ter ganho na vida.
Mariana: Eu que te agradeço por mesmo de longe tu nunca ter me deixado.-Me deu um selinho demorado e eu beijei a cabeça dela.-Eu te amo.
-Eu te amo, minha mulher.-Mordi o lábio inferior dela e me afastei quando escutei a Malu chorando.-Parece que alguém tá com fome.-Peguei ela e os olhos da preta se encheram de lágrimas.
Mariana: Ô amor da mamãe, tu é tão linda.-Inspirou o cheiro dela quando eu coloquei ela em seus braços e tirou um dos seios pra fora, colocando o mamilo na boca dela.
Luan também começou a chorar e eu fui pegar ele. Esse vai ser ciumento, já tô até vendo.
-Nem acostumem, esses peito são meus.-Falei pegando a Malu enquanto a Mariana olhava toda apaixonada e amamentava o Luan.
Depois de alimentar os dois a Mariana pediu pra eu tirar uma foto deles e enviar pro grupo da galera, que já tava quase morrendo de curiosidade, tirei e enviei.
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Próximo capítulo já é o último.🥺
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Nosso Reinício. ‐ Livro II
Storie d'amore+16| Reinício: Ato ou efeito de reiniciar, de iniciar novamente, de dar início mais uma vez; recomeço. Nossa história não terminou do jeito que a maioria termina, com um final feliz, mas você está de volta e eu vou correr atrás do nosso reinício. 2°...