Nosso Reinício. ‐ Livro II

Capítulo 50.

Mariana.

Terminei de fazer a publi com o celular da Samsung e enviei pro email deles, pra eles aprovarem antes de postar. Eu amei que esse celular vai ser muito útil, eu passei o número dele só pras pessoas mais próximas de mim.

Fui pro quarto e peguei a câmera e o tripé, que eu comprei especialmente pra gravar um vídeo pro canal da vogue.

Eu quase desmaiei quando eles me contactaram, lembro como se fosse ontem eu lá no banheiro da casa da minha mãe falando sozinha no banho sobre a minha rotina capilar e cuidados que tenho com a minha pele, e não é que hoje eu vou gravar pra eles?

Surreal, eles pediram pra fazer um vídeo falando sobre a minha rotina capilar, a de skincare e depois finalizar com a minha make do dia a dia. Eu tô real vivendo a minha melhor vida!

Posicionei o tripé com a câmera por cima do parapeito da janela do banheiro do meu quarto, vendo se a iluminação tava boa, e depois de confirmar eu comecei a gravar.

-Hey guys, this is Mariana Andrade and I'm gonna walk y'all through my haircare, skincare and makeup routine.-Falei animada.

Nossa, depois de gravar esse vídeo eu fiquei me perguntando como youtuber tem esse pique, não é fácil não viu? Parece brincadeira mas eu fiquei mais de três horas gravando, pelo menos quem vai editar é eles.

Guardei os negócios que usei e fui pra cozinha, cortei um pedaço de bolo de cenoura com cobertura de chocolate e coloquei em um prato, peguei um garfo na gaveta de talheres e sentei na bancada antes de começar a comer.

Ouvi o barulho da senha sendo digitada na porta e fiquei olhando meio apreensiva, suspirei aliviada assim que vi o Lucca passando por ela.

Lucca: Fala tu, minha preta.-deixou uns papéis por cima da mesa e veio pra perto, me dando um selinho logo em seguida.

Deixei o prato de lado, passando os braços em volta do pescoço dele e aprofundei o beijo, chupando a língua dele. Entrelaçei minhas pernas em volta do seu quadril e senti a mão dele deslizar das minhas costas até a minha bunda, onde ele deu uma apertada.

-Que ódio, tu falou que nem ia poder vim pra cá nesse fim de semana.-Dei um tapa no peito dele, assim que a gente se separou e ele riu.

Eu não podia ir morar na favela por conta da minha clínica, sem falar que não comprei essa cobertura pra ficar mofando, e ele não podia vir pra cá porque tinha a favela pra comandar, então o jeito que a gente arrumou por agora foi ir revezando, ora eu passo o fim de semana lá, ora ele passa aqui.

Lucca: Não podia estragar a surpresa, pô.

-Ihhh, que surpresa?-Peguei o prato e comi o que sobrou do pedaço que eu tinha cortado.

Lucca: Isso aqui.-Pegou os papéis que trouxe e colocou no meu colo.

Peguei, lendo e abri a boca totalmente chocada com o que havia escrito. Ele comprou uma mansão no Leblon, condomínio Jardim Pernambuco pra ser mais exata.

E a maior, tava no meu nome.

-Caralho, branquinho.-Ri de nervoso.-É por isso que tu pediu os meus documentos?-Ele assentiu.-Tu é louco, por que isso tá no meu nome?

Lucca: Porque tudo que é meu é teu, minha preta.-Colocou um dos meus cachos atrás da minha orelha.-E outra, cê uma vez falou que ter uma casa lá fazia parte dos seus planos pro futuro, eu só fui lá e adiantei a parada.

-Tu é a coisa mais linda desse mundo, sério.-Me joguei nos braços dele e ele me pegou no colo.-Meu Deus, eu não tô acreditando.-Sorri e ele sentou no sofá comigo.

Lucca: Pera, já ia esquecendo.-Levantou o quadril e tirou do bolso da bermuda dele umas chaves.-Aqui.-Colocou na minha mão e eu entrelacei os nossos dedos depois de deixar elas de lado.

-Você é tão incrível que às vezes eu fico me perguntando se tu não passa de uma alucinação da minha cabeça.

Lucca: Como assim?-Soltou uma risada rouca.

-Vai que eu sou louca e tô internada em um hospital psiquiátrico, isso explicaria o porquê de você ser tão perfeito.-Cruzei os braços, pensando seriamente nisso.

Lucca: Que viagem é essa?-Riu.-Eu sou mais real do que o próprio real, tá ligada?

-Tô ligada.-Passei a língua nos lábios, olhando pra boca rosinha dele e ele enfiou a mão nos meus cabelos, fazendo um cafuné antes de pegar firme na minha cintura e colar as nossas bocas.

Lucca ergueu os meus braços e tirou o meu top, fazendo os meus peitos saltarem pra fora e eu arfei de prazer quando a língua dele deslizou pelo meu biquinho.