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Angel

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Angel

Bailey me encarava de cima a baixo com um olhar penetrante. Não tinha certeza se viria uma repreensão ou um elogio pela cirurgia, mas minha aposta era na repreensão. Conheço o suficiente para esperar que ela me censurasse pelo estresse que enfrentou hoje antes de me parabenizar.

— Precisa de algo, chefe? — Pergunto.

— Sim, eu preciso! — Avança um passo. — Preciso que a senhorita me explique o que aconteceu naquela sala de operação! Onde estava com a cabeça? Ao mesmo tempo, me sinto contente, animada e irritada, querendo te estrangular. — Exclama irritada, fazendo careta. Uma tendência quando está prestes a repreender-nos. — Poderia ter comprometido o coração dele com tantos choques, quebrado suas costelas com o soco e delicado que você deu em seu peito! — Eleva a voz. — Poderia ter causado mais danos ao paciente!

— Poderia, mas não foi o que aconteceu! — Respondo calmamente. — Bailey, não tive alternativa e você sabe disso. Acha que eu desejava ser acusada de matar uma pessoa famosa, ser odiada e culpada globalmente? Precisava trazê-lo de volta, afinal, eu faria o impossível para ressuscitá-lo. — Suspiro. — Tomei medidas extremas, eu sei! Mas consegui trazê-lo de volta, você mesma disse para salvá-lo, e eu salvei.

— Eu sei! — Solta um grunhido e olha para mim. — Você é corajosa, não sei se já te disse isso, até porque não costumo elogiar meus funcionários. — Ri. — O que fez hoje foi admirável, Dra. Ramsey, e reconheço uma excelente cirurgiã de longe. Estou orgulhosa de você; tornou-se a médica que ensinei, provou muito hoje. Continue sendo destemida como mostrou ser naquela sala. — Sorri para mim. — Confio em você, Ramsey, sempre confiei! — Admite

— Obrigada, Bailey! — Ela sorri, se aproximando e me abraça, pegando-me de surpresa.

— Isso não muda nada, eu ainda te odeio! — Murmura, arrancando-me uma risada.

— Claro... — Desfaço o abraço.

— Boa noite, Ramsey! — Dirige-se à porta.

— Boa noite, Bailey... — Sussurro.

...

Estava na sala de repouso, quase adormecendo, mas desperto ao ouvir a porta abrir abruptamente, deparando-me com Smith.

— Dra. Ramsey! — Ofega. — Posso explicar sobre a cirurgia, sinto muito. Quase o matei, causei uma hemorragia e ele quase morreu. Por pouco não matei uma celebridade, me desculpe, não irá se repetir, e eu acordei você, desculpe. Não queria... — Interrompo.

— Smith! Pare de falar. — Falo séria. — Tudo bem, ele não morreu, por pouco. Mas na próxima cirurgia em que você participar e recusar trocar com alguém ou fizer mais alguma besteira, eu te suspendo por meses. Não entraria em um centro cirúrgico. Entendeu? — Assente rapidamente. — Mas uma coisa, se sentir mal ou sonolência, saia. Não colocaria apenas a vida de um paciente em risco, mas também o seu emprego. Agora, me deixe dormir, se não, o próximo soco que darei será na sua cara.

— Sim, doutora! — Engole seco. — Desculpa e obrigado pelos... conselhos. — Gagueja saindo.

Inclino minha cabeça para trás, caindo no travesseiro e suspiro, olhando para o teto.


Los Angeles, Califórnia 14:30 PM

Pego o prontuário, lendo as anotações do monitoramento de Harry. Passaram-se alguns dias desde a operação.

Entro em seu quarto na UTI, ele ainda não acordou. Seu rosto estava pálido, os ferimentos mais escuros e os hematomas amarelados.

Após examiná-lo, anoto mais algumas coisas. No entanto, paro ao sentir um perfume feminino e olho para a porta, vendo Anne.

— Desculpe, querida, não queria atrapalhar! — Sorri, entrando devagar, fechando a porta atrás de si.

— Tudo bem, eu já terminei. — Sorrio gentil.

— Como ele está? — Pergunta apreensiva, indo para perto do filho, acariciando sua mão.

— Bem, reagindo aos medicamentos melhor do que o esperado. — Sua expressão se suaviza. — Fizemos alguns exames para ver se está tudo correndo bem.

— Isso é bom... — Diz baixo, levando a mão até o rosto de Harry. — É horrível vê-lo assim; Harry era tão cheio de vida, alegre, sorrindo sempre. Dirigia com cuidado, não entendo por que isso aconteceu. Quase foi tirado de nós. — Suspira.

— Pode acontecer com todos nós... — Paro ao seu lado. — Vi muitos acidentes assim, com muitas pessoas boas e que mereciam viver. Mas elas não tiveram oportunidade, agora, Harry. Ele tem e acredito que esteja lutando por vocês. Mesmo dormindo. — Coloco a mão em seu ombro.

— Sim, está! — Assente.

— Vou deixá-los sozinhos para terem mais privacidade.

— Claro, obrigada mais uma vez! — Sorri.
Sorrio de volta e saio, deixando-os ali.

...

Encontro Louise no corredor, com dois cafés em mãos, e um ela me oferece.

— Você é maravilhosa, obrigada! — Agradeço, tomando um gole da bebida quente.

— Por nada! Zoe está saindo com um cara. — Anda ao meu lado.

— Como? — Pergunto, desacreditada.

— Sim, ela disse que o conheceu aqui no hospital.

— Quer dizer que quando eu estava em uma cirurgia, ela estava flertando? — Falo indignada.

— Sim, parece ser um jogador de futebol que machucou o tornozelo. Ela não entrou em detalhes.

— Não entrou em detalhes? Que amizade é essa? — Rio.

— Ok, acho que precisamos colocar nossas conversas em dia. Como está seu paciente? O Harry? — Bebe seu café.

— Ele está se recuperando. Ainda não acordou, mas com uma cirurgia cerebral daquela magnitude, isso é esperado.

— Mas ele vai acordar? — Pergunta.

— Claro, mas não será agora. Ainda é muito recente, o corpo dele precisa se recuperar. — Explico.

— Você viu as notícias? — Para em minha frente.

— Que notícias? — Franzo a testa.

— Alguém forneceu informações para sites de notícias. Provavelmente alguém que trabalha aqui, espalharam o nome da "médica que salvou Harry Styles". — Faz aspas com os dedos. — Tem fotos suas circulando, comentários de pacientes antigos, até mesmo casos que você resolveu. Você está famosa, Angel!



Vejo vocês no próximo, não se esqueçam de votar e comentar!!

Medicine | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora