Medicine | H.S

t r e z e

Angel

Los Angeles, Califórnia 1:15 AM

Estava na sala, junto a Zoe e Louise. Elas me faziam companhia em madrugadas nos fins de semana. Às vezes, pedíamos pizza e tomávamos vinho ou fazíamos pipoca e assistíamos filmes. Mas dessa vez, optamos pela pizza.

— É claro que ela deve ter o número deles. — Zoe, falava baixo em sussurros para Louise.

— Tenho o número de quem? — Pergunto, alto.

— Ninguém... — Tenta disfarçar.

— Não se faça de desentendia! — Falo, sentando no sofá.

— Ok. — Ergue as mãos em sinal de rendição. — Você deve ter o número deles, dos meninos.

— Que meninos? — Pergunto.

— Não se faça de desentendida! — Zoe, repete minha fala me fazendo rir.

— Talvez eu tenha. — Dou ombros.

— Como? Louise, pega o celular dela agora! — Vejo Louise pegar meu celular, entregando para Zoe. — Certo, sua senha. Vamos, não tenho a noite toda!

— Nem pensar! — Pego o aparelho de volta.

— Estraga prazer. — Resmunga Louise.

— Olha, eu tenho o número deles sim. Não vou mentir, aliás, Louis e Niall querem fazer uma "festa" ou ir para uma boate assim que o Harry se recuperar. Também querem conhecer vocês.

— Devia ter nos contado antes! — Exclama, Zoe.

— Calma! — Arqueio a sobrancelha. — Harry ainda vai demorar um pouco para se recuperar totalmente. Para estar liberado, para beber, etc. Então, não tenha pressa!

— Não tenho roupa para esse evento, vou ter que comprar. — Louise pega o MacBook, já colocando em um site de algumas lojas.

— Ainda não acredito que minha melhor amiga, virou amiga dos meninos da One Direction, salvou um deles, viu fazerem as pazes e voltar a ser amigos de novo, conheceu a filha do Zayn. — Zoe, fala olhando no site com Louise. — Garota, você vai ter que tomar banho de sal grosso! — Solto uma risada tacando a almofada nela.

{...}

Ando pelos corredores dos últimos andares do prédio, até parar na porta do quarto de Harry. Bato antes de entrar, vendo-o mexer em seu celular. Mas, assim que olha para mim, deixa o aparelho de lado.

— Oi! — Sorrio gentil. — Já comeu alguma coisa?

— Sim, minha mãe me mandou um pedaço de bolo. Você quer experimentar?

— Oh! Não, obrigada. — Respondo educada, vendo-o franzir a testa.

— Esse é o melhor bolo do mundo e você não comer? Não acredito nisso! — Exclama indignado.

— Tudo bem, eu vou provar. — Aproximo, me sentando em sua cama hospitalar e pego um pedaço do bolo, levando o garfo até a boca. Mastigo, por alguns segundos antes de falar. — Isso é um dos melhores bolos que já provei? Meu deus, como isso é bom!

— Sabia que ia gostar. — Diz convencido.

— É ótimo e não pense que vai me ganhar com um pedaço de bolo, você tem uma caminhada para fazer agora. Vamos! — Levanto, deixando o pote em cima de uma mesinha.

— Não... — Ouço ele começar a resmungar.

— Sem reclamar! — Ajudo ele. — Você precisa se exercitar, está mofando nessa cama. — Seguro em suas mãos, vendo ele ficar em pé fazendo uma careta.

— Mas eu estou odiando fazer isso, Angel.

Eu ainda não tinha me acostumado com ele chamando pelo meu primeiro nome, e nem com o tom da sua voz rouca. Que pela proximidade, fazia qualquer um se arrepiar.

— Mas, você tem que fazer Harry ou as coisas ficarão piores. — Olho para ele.

— Tudo bem! — Suspira.

Não só Harry, mas os meninos, sua mãe e irmã criamos uma "amizade", pelos dias que ele passaram aqui no hospital, comigo o monitorando na maior parte do tempo. Ficamos mais próximos, sempre que não tenho muitas coisas para fazer, em turnos ou até mesmo de dia. Vou para o quarto dele e conversamos, fazendo companhia um para outro. Isso foi o que andou acontecendo nos últimos dias.

Harry me contou sobre sua carreira, dá para notar a paixão que ele sente por fazer o que faz. Ama os fãs e o carinho que eles proporcionam, diz serem as melhores pessoas do mundo. Mas, também houve uma conversa sobre os lados negativos. O que eu não recomendo muito para ninguém.

— Quando eu cheguei aqui, ouvi dizer que o hospital estava um caos. Repórteres, paparazzis... — Anda devagar, segurando em meu braço como apoio.

— Sim, ninguém conseguia passar pela entrada principal. Foi uma loucura. — Respondo, andando com ele.

— Sinto muito, é a única coisa que posso dizer agora. Queria me desculpar com a chefe daqui também, por esse alvoroço todo. — Suspira.

— Se desculpar? Você não tem culpa alguma, disso tudo ter acontecido. — Falo óbvia. — Sua imagem é "pública" isso é fato, mas não significa que você precisa se desculpar por coisas que não tem como evitar. Não fique com esse pensamento.

— Tem razão, mas eu fico chateado.

— Tratamos você como um paciente comum, óbvio que a maioria não, mas fizemos o possível. — Sorrio meio nervosa.

— Eu sei e agradeço imensamente por isso. Por toda equipe também, ainda não consegui agradecer todos do jeito certo, mas vou.

— E qual seria o jeito certo? — Pergunto interessada.

— Você vai ver... — Continua andando fazendo um certo "suspense".

— Golpe baixo! — Murmuro, arrancando uma risada do mesmo.

— Fique tranquila, na hora certa você vai saber o que fiz. Por toda a equipe e por você. — Nossos olhares se encontram, por alguns segundos. Mas, eu desvio, não conseguia encarar seus olhos por muito tempo. Eram penetrantes, até demais! Isso me deixava sem jeito sem reação. Me sentia nervosa, perto dele.

Coço a garganta, parando de andar. Fazendo-o parar também.

— Vamos, quero te levar em um lugar. Acredito que você vai gostar. — Falo o puxando-o com cuidado.

— Para onde você vai me levar? Ou se vai me levar em algum lugar mesmo, talvez queira me sequestrar. — Fala, zombando, me fazendo rir.

— Você é impossível! — Digo, ainda rindo. — Vou te levar em um lugar. — Repito. — E você vai gostar!

— Tudo bem, estou confiando em você Angel.

Momentos do casal chegando, que lindo. Espero que tenha gostado, boa leitura nos próximos <3