q u a r e n t a - t r ê s

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Angel

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Angel

Ando pelos corredores do hospital indo até nosso banco de transplantes. Para ver se teria alguma novidade, se Maya conseguiu algum doador disponível.

— Devin, me traz boas notícias hoje? — Pergunto ao homem em minha frente, que estava provavelmente cansado de ver meu rosto.

— Sinto muito, Angel. — Suspira. — Ainda não temos nada.

— Continue ligando nos hospitais vizinhos, por favor! — Respiro fundo.

— Farei isso, continuarei procurando. — Assinto.

— Obrigada! — Sorrio levemente.

— Por nada, Angel. — Sorri de volta e saio cabisbaixa.

Continuo meu caminho pelos corredores, para voltar onde estava. Estudava e atendia na maior parte do tempo, meu estudo era para ver se teria outra forma de curar Maya ou pelo menos lhe dar mais tempo de vida. Enquanto não achamos um doador.

As tentativas em práticas e leituras estavam sendo falhas, era algo tecnicamente impossível. Porém, eu não desistia, nem cogitava em desistir.

Mas como uma pessoa da área da saúde especializada na parte cerebral, sabia muito bem que precisaria de uma pausa. Se não todo esforço não adiantaria de nada, então decido ir à emergência. Talvez encontraria algum caso para me distrair.

— Angel! — Ouço meu nome ser chamado e me viro vendo Johnny. — Onde está indo?

— Para emergência. — Ando com ele ao meu lado.

— Ótimo, também estou indo para lá! — Sorrio.

Johnny tem sido um ótimo amigo e companheiro, costuma ficar até tarde comigo lendo muitos livros de anatomia, ele acredita que eu possa achar uma solução temporária para o caso de Maya. Porque para Johnny, nada era impossível. Seríamos capazes de tudo, basta querer e se dedicar. Palavras dele.

Quando chegamos a emergência, observo ao redor. Estava tudo normal e quieto, nada de ambulâncias. Apenas pessoas sentadas em macas sendo suturadas por algum corte bobo e outras com sintomas simples, fáceis de resolver.

Isso estava um tédio, mas tedioso do que ler livros sobre o corpo humano. Suspiro frustrada passando a mão pelo rosto e vou ajudar quem necessitava pela falta de residentes e internos no lugar.

...

— Boas notícias, sua dor de cabeça não é nada grave. Apenas anda tendo crises de enxaquecas. — Tranquilizo a mulher. — Irei te passar alguns medicamentos e horários certos para tomar. Não é nenhum tumor!

— Graças a Deus! — Diz aliviada e sorrio. — Obrigada querida, pode me explicar sobre os remédios agora?

— Claro! — Começo a explicar os horários e as funções dos remédios.

Medicine | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora