Aos 24 anos, Angel Ramsey se tornou a chefe de Neurologia de um dos hospitais mais renomados de Los Angeles. Em uma semana ruim e exaustiva, com muitos pacientes que vieram a óbito, ela decide sair com suas amigas para se distrair e esquecer um pouc...
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Angel
Encaro o prontuário em minhas mãos com a testa franzida, confusa com algumas informações sobre o caso.
Recebi os exames de Ethan Johnson a algumas horas, ele estava em um pós-operatório. Acordou a alguns minutos atrás.
Ele me olhava enquanto eu lia aquele prontuário, pronta para explicar sobre seu caso e a cirurgia cerebral que precisava fazer de imediato.
— Você me parece concentrada... confusa também. — Sorri e levanto meu olhar.
— Algumas informações me deixam confusas, mas não demorarei para entendê-las. — Respondo sorrindo levemente.
— Acredito que sim, você deve ser muito inteligente além de muito bonita. — Olha de cima a baixo.
— Muito obrigada, senhor! — Respondo deixando o prontuário de lado. — Preciso explicar algumas coisas sobre seu caso.
— Claro, a vontade!
— Você teve uma convulsão antes da minha chefe o levar para sala de operação. — Explico. — Fiz uns exames antes disso, para ver o que tem de errado com cérebro. — Faço uma pausa. — O senhor tem um tumor cerebral, que precisa ser operado urgentemente.
Vejo seu rosto ficar pálido, como se fosse vomitar a qualquer momento. Aproximo devagar, para ajudá-lo se necessário.
— Um tumor? — Pergunta em choque.
— Sim! — Respiro fundo. — Tem chance de sobreviver se ele for removido, mas sua cirurgia é muito delicada. Preciso que entenda os riscos.
— Riscos? — Pergunta ríspido. — Como assim riscos?
— Ethan. — Começo. — Todas as cirurgias existem riscos, preciso que entenda... — Antes que continuo falando sinto ele agarrar em meu pulso bruscamente, apertando e machucando.
— Você não é competente o bastante doutora? — Pergunta sorrindo de canto. — Então seja competente em fazer seu trabalho, não existem riscos. Eu não quero morrer, terá que me salvar! — Solto um grunhido.
— Eu não faço milagres. — Tento puxar meu braço. — Também não conto mentiras, agora está me machucando! — Puxo bruscamente me soltando e cambaleando, massageando meu pulso.
Ele engole seco, me olhando com desdém, "arrependido" e ofegante. Estava assustada internamente pelo seu comportamento, mas com dúvidas. Se ele era agressivo ou o tumor que causava esse comportamento.
— Desculpe... — Única coisa que ele diz, sob uma respiração acelerada. — Não queria ter passado essa impressão, estou assustado. — Engulo seco. — Eu não quero morrer.
