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Angel

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Angel

Entro no quarto da mulher, vendo ela deitada na cama hospitalar. Os olhos meio abertos, ainda anestesiada. Mas consciente.

— Sra. Bennet, aqui é a Dra. Ramsey. Sabe onde está? — Pergunto examinando.

— Claro, como poderia esquecer desse lugar horrível. — Diz rouca.

— Como está se sentindo?

— Se possível, com mais dor que antes. — Reclama. — Por culpa sua!

— Bom, isso é normal após uma cirurgia cerebral. — Sorrio levemente.

— Isso é tortura, eu devia te processar! — Rio.

— Processe, mas não esqueça... eu salvei sua vida. — Lembro, usando a lanterna para examinar suas pupilas.

— Lá vem você com essa coisa de novo, tira isso de perto de mim.

— Estou apenas te examinando. — Guardo o objeto no bolso do jaleco.

— Como foi minha cirurgia? — Pergunta, rouca.

— Bom, o resultado da tomografia saiu e você tinha múltiplos aneurismas. Realizei uma microcirurgia, na sua convulsão você estava começando a ter uma hemorragia subcutânea. Uma coisa normal em pacientes com aneurismas, foi um processo delicado, mas ocorreu tudo bem. Você não morreu!

— Sei disso. — Fala baixo. — Obrigada, Angel. — Agradece, me surpreendendo.

— Você sabe meu nome... — Sorrio de canto.

— Claro que sei, além da internet. Eu deveria saber o nome da médica mais insuportável desse hospital, que não me deixava em paz o tempo todo. — Sorri levemente, me encarando.

— Você é melhor que eu pensava. — Coloco as mãos no bolso do jaleco.

— Agradeço seu elogio, não me enrole mais nesse hospital.

— Não vou, quando estiver bem o suficiente a primeira coisa que eu vou fazer é te dar alta.

— Por favor, faça isso o mais rápido possível.

— Farei, quando tiver certeza. Precisa fazer alguns exercícios daqui a uns três dias. Volto para explicar depois, descanse. — Falo saindo.

— Exercícios? Angel! — Nega.

— Bom descanso! — Sorrio saindo.

...

Estava no andar da UTI, checando alguns pacientes. Chego no quarto de Harry, que ainda dormia, mas estava diferente. Ao invés daquela feição lívida, estava corado. Uma cor fraca, mas melhor que os dias anteriores.

Retiro a faixa de sua cabeça com cuidado, observando o corte suturado. Estava em processo de cicatrização. Refaço seus curativos, nenhum enfermeiro ou interno vieram aqui. O que para mim era um absurdo, pois seus curativos não foram refeitos.

Ouço baterem na porta, encontrando sua irmã. Estava com algumas sacolas, presentes. Poucas flores e outras coisas estavam espalhadas pelo quarto, não podia acumular muita coisa.

— Olá! — Sorri simpática.

— Oi! Entre. — Retribuo seu sorriso.

— Com licença! — Fecha a porta. — Como ele está?

— Muito melhor! Hoje podemos perceber que ele está um pouco corado. Sem risco algum. — Vejo ela olhar empolgada.

— Sério? A meu deus, isso é incrível! — Coloca as mãos no peito se aproximando do irmão.

— Sim, é ótimo! Não vejo porque mantermos ele na UTI, por isso vou transferi-lo para um quarto. Nos últimos andares, mais reservado. Se preferirem.

— Claro, como quiser. — Diz animada. — Vou ligar para minha mãe avisando, muito obrigada, por tudo que está fazendo. Não tenho como agradecer. — Surpreendo ao sentir ela me abraçar com força.

— É meu trabalho, não há de que. — Acaricio suas costas, vendo ela de afastar com os olhos marejados.

— Desculpe, é emocionante saber que seu irmão está bem após um acidente como aquele. — Ri, tentando não chorar.

— Eu entendo, não se preocupe. Vou deixar vocês dois sozinhos, preciso checar mais algumas pessoas. Logo as enfermeiras vem, para levá-lo com a ajuda de um interno. Tudo bem?

— Certo, vou esperar. — Sorri, pegando seu celular.

Saio do quarto de UTI, para informar uma enfermeira. Que Harry foi transferido para um quarto.

...

Após informá-los, saio às pressas para a emergência. Me chamaram, ao chegar visto o avental e as luvas descartáveis indo para a entrada esperar a ambulância, encontro Louise e Bailey.

— Qual problema? — Pergunto às duas.

— Acidente doméstico. — Diz Bailey, vendo a ambulância se aproximar.

Ao abrir, o paramédico começa a explicar sobre o caso. O homem estava alcoolizado e caiu do quarto andar em seu apartamento.

— Leito 05. — Bailey nos acompanha. — Preciso de equipamentos de ultrassonografia, o abdômen está rígido. — Massageia.

— Ferimento no peito exposto. — Ouço Louise.

— A lesão na cabeça não me parece grave, mas parece ter lesionado o maxilar, braços e quero exames da coluna. — Examino.

— Ramsey, passe os exames e nos levamos. Tem mais uma ambulância chegando, receba! — Fala Bailey.

— Tudo bem, quando saírem os resultados ou se precisarem de mim me chamem. — Descarto as luvas, pegando outras novas e vou para entrada de emergência novamente.

Coloco as luvas, olhando para céu. O tempo estava nublado com nuvens cinzentas e carregadas. Provavelmente choveria mais tarde.

Olho para a pessoa ao meu lado, Jackson esperava a ambulância comigo. Respiro fundo, olhando em volta para ver se o veículo se aproximava.

— Como está sua paciente? A que não queria operar. — Pergunta.

— Bem. — Respondo séria.

— Sei que está irritada comigo, mas eu queria me desculpar. — Aproxima.

— Fique onde está! — Falo ríspida. — Estou sem paciência, Jackson, para suas desculpas ou qualquer coisa que seja. Vim esperar a ambulância, não ficar de conversas com você. Então, por favor! — Escuto a sirene.

— Dra. Ramsey! — Smith me chama.

— O quê? — Viro, Jackson foi ajudar o paramédico. Pelo que pude ver, era uma adolescente.

— Tem uma pessoa querendo falar com você.

— Smith, agora não dá! — Seguro a maca andando depressa.

— Mas é importante! — Insiste e eu suspiro.

— Quem seria essa pessoa importante? — Arqueio a sobrancelha.

— Louis Tomlinson, amigo do Harry. — Murmura.

— Mas estou ocupada e... — Jackson interrompe.

— Pode ir, eu cuido de tudo aqui e se precisar mando chamá-la. — Olho apreensiva por alguns segundos, mas me dou por vencida. Acompanhando Smith.

O que será Louis Tomlinson queria?


Harry se recuperando, finalmente!! Acho que tá na hora de alguém acordar...

Medicine | H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora