1 | ϐєѕτ ƒяιєи∂ѕ ѕιиϲє... єνєя?

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"𝙄'𝙡𝙡 𝙗𝙚 𝙩𝙝𝙚𝙧𝙚 𝙛𝙤𝙧 𝙮𝙤𝙪
(𝙒𝙝𝙚𝙣 𝙩𝙝𝙚 𝙧𝙖𝙞𝙣 𝙨𝙩𝙖𝙧𝙩𝙨 𝙩𝙤 𝙥𝙤𝙪𝙧)
𝙄'𝙡𝙡 𝙗𝙚 𝙩𝙝𝙚𝙧𝙚 𝙛𝙤𝙧 𝙮𝙤𝙪
(𝙇𝙞𝙠𝙚 𝙄'𝙫𝙚 𝙗𝙚𝙚𝙣 𝙩𝙝𝙚𝙧𝙚 𝙗𝙚𝙛𝙤𝙧𝙚)
𝙄'𝙡𝙡 𝙗𝙚 𝙩𝙝𝙚𝙧𝙚 𝙛𝙤𝙧 𝙮𝙤𝙪
('𝘾𝙖𝙪𝙨𝙚 𝙮𝙤𝙪'𝙧𝙚 𝙩𝙝𝙚𝙧𝙚 𝙛𝙤𝙧 𝙢𝙚 𝙩𝙤𝙤)"

— 𝘐'𝘭𝘭 𝘉𝘦 𝘛𝘩𝘦𝘳𝘦 𝘍𝘰𝘳 𝘠𝘰𝘶, 𝘛𝘩𝘦 𝘙𝘦𝘮𝘣𝘳𝘢𝘯𝘥𝘵𝘴

sᴏғʏᴀ ᴘʟᴏᴛɴɪᴋᴏᴠᴀ

— Já vai! — gritei após ouvir a campainha soar três vezes, enxugando minhas lágrimas e levantando-me do sofá da sala, direcionando-me até a porta. 

Quando abri-a, dei de cara com Alex um pouco molhado — por conta da chuva que caía do lado de fora — e com duas sacolinhas de supermercado em mãos. 

— Minha nossa, você está horrível! — ele exclamou, fazendo com que eu revirasse os olhos inchados. Ele entrou dentro do apartamento, retirando seus tênis e colocando o seu chinelo que ficava na sapateira ao lado da porta. 

— Respeita o meu sofrimento, Mandon Rey! Primeiro, eu estou mal, você queria que eu estivesse como? Maquiada, vestido midi e salto alto? Segundo, eu estou na minha casa. — vociferei, pegando uma toalha e uma camiseta de Alex na parte dele do meu guarda-roupa, jogando-a para o mesmo enxugar-se e vestir-se. 

Alex vivia mais na minha casa do que na sua própria, e tem uma boa quantidade de roupas suas no meu guarda-roupa, que obriguei-me a ceder uma parte dele para deixar as coisas de Alex. Seu chinelo sempre estava na sapateira da porta, assim como sua tequila estava na minha geladeira. 

Quando comprei o apartamento, tinha um quarto de hóspedes pronto, no qual sugeri Alex fazer uma decoração que ele gostasse, mas no fim, não precisou. Sempre acabávamos dormindo no sofá cama da sala, ou ele no colchão auxiliar do meu quarto — que estava sempre arrumado com o travesseiro e a coberta dele — e eu na minha cama. 

— Não, mas você poderia estar um pouquinho mais apresentável para me receber! — disse, esfregando a toalha nas costas, vestindo a camiseta seca e limpa que lhe entreguei. — Falando nisso, essa camiseta não é minha? Aquela que esqueci aqui e depois sumiu misteriosamente — perguntou.

Meu estado não era um dos melhores. Coque alto bagunçado, bermuda moletom surrada e é claro, a camiseta de Alex que eu já estava querendo obter fazia tempo, além do rosto inchado e vermelho de tanto chorar e as meias com pés diferentes. 

— Alex, eu terminei um namoro! E sim, essa camiseta era sua, porque agora é minha. — falei. 

— Ah, Sofya, fala sério, foi só um término! — alegou, colocando o sorvete no congelador, enquanto eu o olhei incrédula. — Do jeito que você estava chorando quando me ligou, achei que alguém tinha morrido! Você devia parar de ser tão dramática, sabia? — ele se jogou no sofá.

— Não diminua minha dor, só porque você é um insensível que não sabe o que é terminar um namoro! — proferi. — Você está com a bermuda molhada e sentado no meu sofá?! Pode levantar, seu corno! — dei vários tapas em seu braço, até ele levantar do sofá, resmungando. —  Pegue uma das suas bermudas na sua parte do roupeiro e coloque o que está molhado na secadora. Ficarei agradecida se você colocar as roupas do cesto pra lavar — sorri, cínica. 

— Que legal! O apartamento é seu e quem precisa fazer as coisas sou eu! Se eu não lavar a louça, você não lava! — ele começou a reclamar, enquanto ia fazer o que eu havia peço. 

— Alex, você sabe que não tem moral nenhuma para reclamar! — argumentei. — Você dorme aqui, suja roupa e louça! Arrumar sua cama, colocar roupa pra lavar e lavar louça, é o mínimo! 

— Sofya, eu vivo cozinhando e mesmo assim tenho que lavar a louça! Esses serviços nem são justamente distribuídos, e olha que eu não moro aqui! — ele rebateu, carregando o cesto de roupas sujas até a lavanderia, que ficava perto da sala. — Eu só vou parar de reclamar, porque sei que você está mal por conta do Zac. 

— Nossa, obrigada pela empatia! — resmunguei, bisbilhotando a sacola que o meu melhor amigo trouxera. 

Chocolates, bolachas recheadas e Nutella. A combinação que Alex nomeou de Kit Término, fora o sorvete. 

Levei a sacolinha para o sofá — que eu tinha transformado em cama —, despejando tudo em cima do mesmo. Alex pegou o sorvete no congelador, entregando-me uma colher e voltando para o sofá. 

— Vamos lá, conte-me o que aconteceu dessa vez — o espanhol deu uma colherada no sorvete de flocos e na Nutella, esperando eu começar a falar. — Espera, deixe-me adivinhar: você foi corna!

O olhei séria e comecei a chorar logo em seguida. 

— Como que você sabe? — perguntei, em meio as lágrimas. 

— Bem, eu te avisei que a minha intuição me disse que ele não prestava, mas você não me escutou. — ele deu de ombros. — Mas isso não muda o fato de que ele foi um babaca cafajeste. 

— Eu poderia ter evitado isso, se tivesse escutado você, mas achei que estivesse com ciúmes e não dei bola! — lamentei, bufando. — A culpa foi minha! 

— Não, de jeito nenhum a culpa foi sua! — ele me abraçou e eu me aconcheguei no seu peito. — E você sabe que eu não sinto ciúmes de algum namorado seu, só senti do Andrey, no início do Ensino Médio, porque ele foi o primeiro, mas depois, nunca mais. Eu sempre vou querer te ver feliz, Sofá! 

— Eu amo você, seu corno. — murmurei e ele riu. — Você não vai namorar nunca? É trauma por causa da Stephanie ou você é gay? 

— Cara, de novo você me perguntando se eu sou gay? E não, não tem nada a ver com a Stephanie. — explicou, me empurrando fraco para o lado. 

— É que você é hétero demais da conta! Por isso acho que você é gay, e o fato de nunca namorar me faz desconfiar ainda mais. — aleguei, rindo.

— Não, não sou gay! Só não quero me incomodar, 'pra depois acabar que nem você, de coração partido! — disse, caçoando de mim. — E acho que a corna aqui é você! 

Por sorte, Alex nunca falava sério nas suas falas sobre a minha vida amorosa, e eu nunca levava a sério, o que fazia nosso relacionamento ser ainda mais engraçado e saudável. 

— Como ousa?! — dei mais um tapa em seu ombro. — Já estou começando a aceitar que tenho dedo podre, depois de três términos em um ano. 

— TRÊS? — questionou, assustado pela quantidade. — Não eram dois?

— O Ethan, o Vanya, e agora, o Zac. — enumerei nos dedos. 

— Misericórdia, você bateu seu recorde de términos esse ano! — brincou novamente, rindo.

— Idiota. — ri junto, colocando um filme. 

Era muito bom ter Alex do meu lado. Mas melhor ainda, era sermos melhores amigos desde... sempre? É, desde sempre! 

[...]

eu namoro com a amizade deles, sério!
uma coisinha:
"eles já vão começar a se gostar logo nos primeiros caps?"
SIM, na sinopse, disse que uma conversa nostálgica iria desencadear esse sentimento ou fazê-lo ressurgir.
o que eu quero mostrar, é o ponto de vista dos dois e como eles vão lidar com todo o sentimento vindo a tona, com anos e anos de amizade, entenderam?
se tiverem mais alguma dúvida, pode comentar aqui, estou sempre ativa ;)
até o próximo cap!
besos, besos

— Isa <3

𝐁𝐄𝐒𝐓 𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃 • ꜱᴏꜰʟᴇxOnde histórias criam vida. Descubra agora