𝐁𝐄𝐒𝐓 𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃 • ꜱᴏꜰʟᴇx

3 | ѕυρροяτ

𝙄 𝙟𝙪𝙨𝙩 𝙬𝙖𝙣𝙣𝙖 𝙢𝙖𝙠𝙚 𝙮𝙤𝙪 𝙨𝙢𝙞𝙡𝙚
𝙄'𝙢 𝙧𝙞𝙜𝙝𝙩 𝙝𝙚𝙧𝙚, 𝙖𝙣𝙙 𝙄 𝙬𝙤𝙣'𝙩 𝙡𝙚𝙩 𝙮𝙤𝙪
𝙔𝙚𝙖𝙝, 𝙄 𝙬𝙤𝙣'𝙩 𝙡𝙚𝙩 𝙮𝙤𝙪 𝙛𝙖𝙡𝙡

— 𝘉𝘦𝘵𝘵𝘦𝘳, 𝘕𝘰𝘸 𝘜𝘯𝘪𝘵𝘦𝘥

sᴏғʏᴀ ᴘʟᴏᴛɴɪᴋᴏᴠᴀ

05:45ᴘᴍ.

Dia oito de Agosto. O dia do mês que eu mais detestava.

Haviam feito dois anos desde a morte dos meus pais, em um acidente de carro. No fim, eu tinha apenas meus irmãos, mas cada um deles já tinha sua vida formada, outras preocupações.

— Jake, você vai se abaixar, a Amy vai plantar bananeira atrás de você, e você vai colocar as pernas dela no seu ombro, enquanto a Abby e a Lynn vão ajudá-la a voltar para cima, como se fosse um abdominal de duas pessoas. — expliquei com calma para os meus alunos, que prestavam atenção. — Passem essa parte, e depois vemos como fica juntando com o resto da coreografia!

Sentei-me no banco que tinha ao lado da mesa de porte médio, observando eles executarem a coreografia.

— Isso! Muito bem! — falei. — Bry e Richard, agora é vocês! — os dois entraram, executando seus passos da coreografia. Cada par formado por mim tinha um duo a ser feito no meio da coreografia, para depois, todos fazerem os mesmos passos. — Bry, pega impulso pulando antes dele levantar você, e confia, ele está te segurando e não vai deixar você cair!

Richard pegou Bryna pela cintura e a ergueu para o alto, enquanto a mais baixa esticou uma das pernas para o alto, olhando para ele, que fez um meio giro com ela, a pondo no chão logo depois. Ambos abraçaram-se sorrindo, por terem conseguido fazer o passo que estavam treinando há semanas. Sorri orgulhosa deles também.

— Vamos passar tudo? — perguntei, e eles assentiram. — Posições!

Quando estava prestes a soltar o play no rádio, uma presença surgiu na sala e logo já soube de quem se tratava.

— Vão tomar uma água, que depois vocês passam a coreografia! — Alex disse, vindo até ao meu lado.

Recorrentemente, ele frequentava minha sala de dança para poder falar comigo, e deixava uma pausa de cinco minutos para os meus alunos.

— Não deveria estar dando aula, Mandon? — perguntei, suspirando e passando minhas mãos pelo rosto, cansada.

— Deveria, mas eles estão em intervalo, e alguma coisa me disse para vir te ver. — se explicou, puxando o banquinho de madeira do meu lado e sentando. — O que aconteceu? Parece abatida. Você está doente? — questionou, colocando a costa da mão na minha testa.

— Não, não é isso — neguei, tirando sua mão da minha testa. — Hoje é dia oito, e eu não sei... Simplesmente me sinto péssima.

— É claro, como eu poderia esquecer? — concluiu consigo mesmo.

[...]

ᴛᴡᴏ ʏᴇᴀʀs ʙᴇғᴏʀᴇ, ᴛᴜᴇsᴅᴀʏ, 02:49ᴘᴍ.