22 | мοנιτο

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comentem e votem bastante <3

sᴏғʏᴀ ᴘʟᴏᴛɴɪᴋᴏᴠᴀ

ғʀɪᴅᴀʏ, 08:47ᴘᴍ.

Passei pela porta do estabelecimento cheio, me sentando em uma das mesas altas que o mesmo fornecia.

— Uma lagoa azul, por favor. — Pedi ao atendente – que eu já sabia de quem se tratava – de costas.

— Você por aqui? — Noah questionou.

Ele era cantor e compositor que estava ganhando fama e espaço na mídia, se virando com o dinheiro que tinha, mas nas horas vagas, para render mais lucro, era barman. O lucro? Apenas doze mil dólares mensais.

— Nem vem com piadinhas — alertei — Preciso desabafar com alguém, ou eu fico louca.

— Mas você já é louca — ele disse, sorrindo.

O fuzilei com o olhar.

— Eu estou falando sério, Urrea! — falei. Noah pegou uma taça do painel e pôs vodka e os licores necessários, finalizando com gelo.

— E eu também — respondeu. — Se você, que quase não bebe desde o incidente em vinte e seis de setembro no México, veio aqui no meu horário de trabalho pedir para conversar com uma lagoa azul, significa que realmente enlouqueceu de vez. Mas, fala, o que aconteceu? — Indagou, me entregando a taça após induzir quatro cubos de gelo.

— Primeiro, vou agradecer se você parar de falar sobre aquele dia, já tenho arrependimento o suficiente! Segundo, você não está no seu horário de trabalho, estava compondo! — argumentei. Noah revirou os olhos.

— Você ainda não respondeu minha pergunta, Sofá! — disse.

— Tá, você estava na sexta passada, não estava? — ele assentiu — Pois é, eu pisei na bola!

— Beleza, disso eu sei — alegou, apoiando os braços no balcão.

— Noah, é sério! — Falei.

— Eu sei, também estou falando sério! O Alex beijou você, e você saiu daquele jeito do palco, deixando ele com cara de paspalho. No mínimo, poderia acabar em briga e vocês dois falarem merda um pro outro! — me remexi no banco, e ele juntou as peças. — Ah, não... Foi isso que aconteceu, né?

— Exatamente isso — bufei, tomando um gole do meu drinque. — Para piorar, ele chorou.

— O Alex? Chorando? — concordei. — Caraca, você pisou na bola mesmo, hein!

— Obrigada pelo apoio, Noah — usei meu timbre irônico. — Vi ele na segunda, quando fui pro estúdio resolver as coisas da transferência de cargo. Não consegui agir normalmente, e sai.

— Fica cada vez pior... — o moreno balançou a cabeça negativamente.

— Ele deixou oitenta e oito recados na minha caixa postal, vinte chamadas perdidas e cento e vinte mensagens. — relatei. Noah inflou as bochechas com ar. — E eu não li e nem escutei nada.

— Qual é o seu problema? — perguntou. — Ele quer consertar as coisas com você, mas você não está nem aí pra ele! Ainda diz que o ama?! Vou ligar para o Josh, dizer para ele receitar o melhor remédio para bipolaridade e colocar o preço na minha conta, porque seu caso é sério!

— Eu sei que capotei o corsa, e eu quero que você me dê um conselho de como lidar com essa situação!

— Tá! Vamos por partes — disse. — Primeiramente, por que você ficou tão mordida de cobra por ele ter beijado sua linda boquinha?

𝐁𝐄𝐒𝐓 𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃 • ꜱᴏꜰʟᴇxOnde histórias criam vida. Descubra agora