13 | κιѕѕ, ∂ατє αи∂ κιѕѕ αgαιи

298 18 3
                                    

ᴀʟᴇx ᴍᴀɴᴅᴏɴ

sɪx ʏᴇᴀʀs ᴀɢᴏ, ᴍᴏɴᴅᴀʏ, 09:51ᴀᴍ.

Meu sorriso quase não cabia no rosto, por tamanha felicidade.

Meus olhos foram cobertos por uma mão de tamanho médio, e senti o metal gelado de anéis em cada um dos dedos da mão misteriosa.

O cheiro do perfume de chocolate invadiu minhas narinas, e logo sabia de quem se tratava.

— Ste? — a chamei, que logo retirou as mãos do meu olho e me abraçou.

— Como você adivinhou? — perguntou, quando retribui seu abraço, passando meus braços em torno da sua cintura.

— Seu perfume é inconfundível — ela se desvencilhou de mim, com um sorriso nos lábios desenhados. — Saiu da aula de filosofia tarde, hoje. Aconteceu alguma coisa? — Passei as mãos ao redor do seu pescoço, ela entrelaçou sua mão direita na minha esquerda, e caminhamos lado lado no corredor.

— Quis terminar a prova ainda hoje, e o Sr. Colling deixou, mas só porque eu sou a favorita dele — gabou-se, jogando o comprido cabelo com ondas e alguns cachos para o lado. — Acha que foi bem na prova de química?

— Ah, sim! Pelo menos, acima da média eu tirei! Valeu a pena ter ficado o fim de semana inteiro enfurnado na casa de Sofya, estudando com ela para as provas dessa semana — comentei, pondo meu cabelo para o lado com a mão livre. — Ela é ótima com química!

— É verdade! Tive dificuldade em decorar uma fórmula na semana passada, e ela me ajudou, nunca mais que eu esqueço. — Riu consigo mesma, e a acompanhei.

Uma das coisas que eu mais gostava em Stephanie, era que ela não tinha ciúmes de Sofya por ela ser minha melhor amiga, mesmo sabendo que eu e ela não namoramos e que não tínhamos nenhum tipo de relacionamento.

Na realidade, Stephanie e Sofya gostavam muito uma da outra, o que quebrou qualquer padrão imposto sobre rivalidade feminina entre as duas.

Caminhamos até o ginásio, e nos sentamos nas arquibancadas, ainda conversando sobre como estava sendo a semana: ela me contando sobre suas aulas de canto, e eu, sobre como estava indo os ensaios da dança.

Meu coração palpitava toda vez que ela sorria ou demonstrava empolgação ao falar sobre a música que estava aprendendo, e até mesmo me apaixonava um pouco mais por ela, ao ver que ela continha o mesmo entusiasmo ao me ver falar sobre o break e o jazz.

Estava ainda mais animado, porque iria me declarar para a garota em minha frente, antes do intervalo acabar.

— Ste, eu tenho que te contar uma coisa — falei, e ela logo parou de falar.

— Oh, ok! Pode falar — disse. Suspirei fundo.

— Eu... — engoli em seco — Eu gosto de você.

Mesmo sabendo que aquele sentimento era recíproco, fiquei com medo de levar um fora.

Afinal, quem nunca?

𝐁𝐄𝐒𝐓 𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃 • ꜱᴏꜰʟᴇxOnde histórias criam vida. Descubra agora