32 | мγ ƒαυℓτ

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sᴏғʏᴀ ᴘʟᴏᴛɴɪᴋᴏᴠᴀ

11:22ᴀᴍ.

Abri os olhos no exato momento em que senti alguém tocar levemente o meu braço esquerdo.

Minha cabeça pesava e eu sabia que não estava em casa, pois minha última memória foi ter apagado, enquanto estava de cabeça para baixo.

Olhei para o lado, visando Hina tirando a agulha que me concedia soro do meu braço.

— Como se sente? — indagou, com um sorriso breve no rosto.

— Minha cabeça está pesada, mas é só isso. — Respondi. — Há quanto tempo que eu estava dormindo?

— Menos de vinte e quatro horas. Se não fossem os sedativos, você teria acordado antes — explicou. — Sente alguma dor na coluna?

— Não, nada. — Me remexi.

— Ótimo! Seus ossos são muito bem alongados por conta do balé, e isso impede mais lesões ou tensões musculares. — Falou. — Fizemos alguns exames enquanto você descansava, e a princípio, está tudo bem.

— Obrigada, Dra. Yoshihara. — Sorri para ela.

— É o meu trabalho — falou. — Agora, tem uma pessoa que quer muito ver você, e que teria ficado a noite inteira do seu lado, esperando você acordar.

— Alex — conclui.

— Quer ir vê-lo? Vou assinar sua alta e te levo até a casa dele. Meu plantão acaba daqui a pouco! — disse, checando o relógio.

— Claro! Você sabe onde está as minhas coisas? — perguntei. Hina apontou para a cadeira ao meu lado direito, onde estava a minha bolsa.

Ela saiu e me levantei, indo até o banheiro onde minhas roupas se encontravam. Me troquei e amarrei o cabelo, pegando minhas coisas e esperando Hina na sala de espera.

A morena assinou minha alta, já sem o jaleco do Dignity Health. Saímos e fomos até seu carro.

— O plantão do Krys não acaba no mesmo horário que o seu? — questionei. Ela balançou a cabeça em negação.

— Ele solta ás oito da noite, mas geralmente, nos esbarramos pelos corredores — informou. — Ultimamente, tenho me sentido muito cansada. Acho que é a falta de café — comentou, e rimos.

Passamos um tempo e silêncio, e quanto mais nos aproximávamos da residência de Alex, mais nervosa eu ficava, mexendo as pernas, inquieta.

Hina olhou de esguelha para mim, dando um sorrisinho.

— Está com saudades dele, não? — questionou, entrando na rua anterior da casa do meu namorado.

— Não sei se saudades descreveria da forma certa, mas é algo semelhante á isso. Sinto todas as vezes em que sei que vou vê-lo, é automático — expliquei.

— Entendo — riu. — Ele estava quase surtando, quando chegou no hospital. Queria porque queria ver você, e só se acalmou quando Joalin informou que estava tudo bem.

— Queria entender o porquê de eu ter desmaiado, sendo que só foi uma batida. — Falei, olhando a neve pela janela.

— Você estava sem comer por conta do exame, e não é acostumada a ficar tanto tempo sem comer, não dessa maneira. E o carro que bateu em você, estava indo rápido, o impacto fez com que você batesse a cabeça no volante. — Alegou.

Hina estacionou na frente da casa. Minhas mãos começaram a transpirar e respirei fundo.

— Está entregue! — ela desligou o motor. — Não vai ter um ataque cardíaco de tanta ansiedade aí, viu? Você acabou de ganhar alta, não quero ter que assinar outra.

𝐁𝐄𝐒𝐓 𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃 • ꜱᴏꜰʟᴇxOnde histórias criam vida. Descubra agora