𝐁𝐄𝐒𝐓 𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃 • ꜱᴏꜰʟᴇx

27 | ρєяƒєϲτ

ᴀʟᴇx ᴍᴀɴᴅᴏɴ

ᴏɴᴇ ᴅᴀʏ ᴀғᴛᴇʀ, 11:53ᴘᴍ.

Após chegarmos na minha casa, insisti que Sofya fosse tomar banho para não pegar uma gripe, já que ela tremia de frio e seus lábios estavam roxos.

Ouvi a campainha tocar, enquanto arrumava a cama que ela dormiria e a minha no chão.

Abri a porta, vendo Noah com o terno dos padrinhos, apenas de suspensório, e Sina com o vestido vermelho já meio sujo.

— Viemos trazer as coisas que vocês deixaram no salão — disse Noah, erguendo a sacola para mostrar. — É Sofya quem está no banho?

— É, sim — falei. — Entrem! — dei espaço para o casal entrar, e eles o fizeram.

— O que aconteceu depois que vocês saíram? A Shiv me disse que Sofya perguntou de você para ela, e estava correndo — perguntou Sina, se sentando no sofá. — Perdão pela folga, mas você sabe o quão facilmente uma grávida se cansa!

— Sem problemas, fique a vontade! — Aleguei. — Sofya veio atrás de mim, e a primeira coisa que nós fizemos, foi nos beijarmos. Estava chovendo, e ela foi me procurar com o vestido que usava, descalça e tremendo de frio, o que me fez quase ter um ataque cardíaco, sabem que o sistema imunológico dela não é tão resistente — contei.

— Diário de uma paixão fica no chinelo! — Sina disse. — Tirando a parte que ela pode pegar gripe, óbvio.

— Agora, estamos namorando. Oficialmente — falei. Ambos me felicitaram.

— Bom, por via das dúvidas, eu soube que Sofya não teria alguma muda de roupa por aqui, e vou emprestar uma calça de pijama pra ela. É reserva, então não faz diferença — deu de ombros, entregando-me a sacola.

— Alex, da próxima vez, leva seu terno junto! Sério, eu tive que me desdobrar inteiro só para achar — Noah reclamou.

— Obrigado, gente! Vocês estão sempre nos lembrando de ser responsáveis — agradeci.

— Por nada — sorriu a loira. — Nós vamos para casa, porque o bebê 'tá com sono e eu também. Diga que eu mandei um beijo pra Sofy — ela se pôs de pé, e me abraçou brevemente.

— Como vocês souberam que ela estaria aqui? — perguntei, antes deles saírem pela porta.

— O chutômetro dela é excelente — Noah respondeu, sorrindo bobo para a esposa. — Até mais, Alex!

Eles saíram andando, e fechei a porta.

Quando a loira saiu do chuveiro, já tinha deixado tudo pronto, pois sabia que ela estaria com sono. Arrumei minha cama para ela dormir e um colchão auxiliar para mim. Apenas queria que ela ficasse confortável em todos os sentidos.

Acabou que estávamos no sofá da sala, com as mãos entrelaçadas e sua cabeça apoiada em meu ombro. Apenas em silêncio, apenas quietos, pensando na loucura que aquelas duas semanas afastados um do outro tinha sido, e no que ela contribuiu em nossos sentimentos.

— Amor, o que vamos fazer?

Quando escutei a primeira palavra, meu coração acelerou. Ainda soava estranho para mim, mas talvez, não para ela.

— Em relação a que? — questionei de volta, acariciando a costa de sua mão com o polegar.

— A nós — respondeu, levantando o olhar para me encarar. Logo, entendi o que ela quis dizer.

— Bom, vamos deixar como está. Vamos continuar morando cada um na sua casa, trabalhando no mesmo estúdio, indo á igreja nos domingos, visitando nossos amigos... Nossa rotina anterior — falei.