18 | ϐяєακ υρ

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ᴀʟᴇx ᴍᴀɴᴅᴏɴ

ᴛᴡᴏ ᴡᴇᴇᴋs ʟᴀᴛᴇʀ, ʟᴏs ᴀɴɢᴇʟᴇs, 04:57ᴘᴍ.

Olhava pela janela do estabelecimento, e balançava os pés, inquieto, pensando em como seria aquela conversa.

Tinha marcado de me encontrar com Sofya em uma cafeteria perto da sua casa, alegando ter algo importante para falar com a mesma.

Eu iria terminar com ela.

Por mais que eu a amasse muito, simplesmente notei que não daria certo continuarmos com nosso namoro, uma vez que eu prezava nossa amizade mais que qualquer coisa.

Meu medo era não saber como ela reagiria a minha proposta.

Quando ela chegou, minhas mãos suaram frio e meu coração acelerou. Ela ainda tinha aquele mesmo efeito sobre mim.

Se sentou na cadeira e chamou minha atenção.

— Exatos dois minutos antes do horário combinado. Pontualmente antecipada — brincou, com aquele sorriso que me desconcertava por inteiro. — Tenho algo para falar pra você, também.

— Ah, sério? — assentiu. — Pode falar, então.

— Não, você quem disse que precisava conversar primeiro, pode falar, não me importo! — disse ela.

— Não, não, você vai esquecer, bonitinha! Conheço sua cacholinha — protestei.

— Falamos ao mesmo tempo, porque eu estou curiosa, tudo bem? — sugeriu. Maneei a cabeça em concordância, e ela se ajeitou.

Fizemos uma contagem até três.

— Eu quero terminar. — Dissemos ao mesmo tempo, em uma sincronia assustadora, no mesmo tom de voz.

Ela pareceu assustada, e eu, surpreso.

— Bom... Eu andei pensando, e acho que somos melhores como melhores amigos do que como namorados. São quase duas décadas de amizade, não queria estragar isso. O problema não é você, de jeito nenhum! É só isso mesmo, e nós vamos ter muitas coisas para nos preocupar daqui pra frente, então eu...

— Alex, está tudo bem! — ela riu da minha confusão. — Eu pensei na mesma coisa, e faço das suas palavras as minhas. Para mim, nós ainda somos melhores amigos, como sempre fomos. E não precisamos encarar isso como um término, porque términos exigem conversas difíceis. Até três semanas atrás, éramos amigos que namoravam, e agora, continua a mesma coisa. Exceto pela parte dos beijos — ela fez uma careta, fazendo com que eu gargalhasse.

— Ah, isso é óbvio — falei, rindo também. — Então, está tudo certo entre a gente?

— É claro — piscou. — Não precisamos fingir que nada aconteceu, mas também, não vamos falar sobre, até porque, foi muito pouco tempo.

— Beleza, então. Prometi que nada ia mudar, e nem vai — dei de ombros.

Eu e Sofya tínhamos a incrível habilidade de fingir que nada aconteceu, e usaríamos ela, até realmente esquecermos do nosso namoro.

— Então, como você está? — tomou a liberdade de questionar. — Daqui a um mês, estaremos indo pra mesma facul, na mesma turma.

— Bom, estou aproveitando enquanto posso. Não será tão fácil quanto no Ensino Médio, e não quero parecer relaxada — Sofya explicou.

𝐁𝐄𝐒𝐓 𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃 • ꜱᴏꜰʟᴇxOnde histórias criam vida. Descubra agora