𝐁𝐄𝐒𝐓 𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃 • ꜱᴏꜰʟᴇx

21 | ιƒ ι ϲουℓ∂ ƒℓγ

ᴀʟᴇx ᴍᴀɴᴅᴏɴ

ᴛʜʀᴇᴇ ᴅᴀʏs ᴀғᴛᴇʀ, ᴍᴏɴᴅᴀʏ, 03:21ᴘᴍ.

— Esse número de telefone não está disponível no momento, deixe um recado após o sinal.

Ouvi aquele bipe irritante no qual já estava familiarizado.

— Sofya, sou eu... De novo. Eu e sua caixa postal estamos começando a nos estranhar, porque não aguento mais dar de cara com ela, e ela não quer mais saber de enviar meus recados, após mandar oitenta e sete desde sexta. E é o décimo oitavo que eu digo que quero falar com você. Vamos conversar, por favor... Desculpe por te falar tudo aquilo, te julgar errado... Eu fiz merda, mas não quero que essa merda seja a responsável por fazer eu perder você. Me liga, por favor. Eu te amo.

Suspirei e joguei o celular de lado.

— Devia dar um tempo pra ela — Sabina falou, se sentando ao meu lado no sofá.

— E você acha que eu já não tentei fazer isso? Mas sempre acabo na mesma: mandando mensagem pra ela — desabafei para minha irmã, que revirou os olhos — Isso não é mais uma das suas novelas, Sabina. É a vida real!

— Pensa que eu não sei? Alex, eu estou preocupada com você! Aliás, nós dois estamos — ela se referiu á ela e ao bebê que carregava no ventre.

Sabina era casada com um jogador de futebol, Pepe, há alguns anos. Ele morava em Los Angeles, e lembro de tê-lo visto algumas vezes durante minha vida.

No mês anterior, ela revelou a gravidez que ela tanto esperava após seu casamento. Procurou se mudar para uma casa apenas dela e do marido e ter estabilidade financeira. Definitivamente, estava pronta para ser mãe.

— Está se preocupando á toa, porque eu estou bem! — falei.

— Eu te conheço, muchacho. Você está tudo, menos bem! — disse ela. — O que você pretende fazer?

— Seguir minha vida? — declarei, soando como uma pergunta óbvia.

Ela gargalhou alto, me fazendo bufar.

— Você ouviu isso, filho? O seu tio idiota acha que vai conseguir viver normalmente, sem o amor da vida dele. — Falou com sua barriga.

— Você veio aqui para me ofender? — questionei.

— Perdón — falou, parando de rir. — Mas, sério, como você acha que vai conseguir fazer suas coisas e resolver sua vida sem ela? Vocês dois se encontram na faculdade todos os dias, e ela pegava carona com você para ir ao estúdio, vão se esbarrar, querendo ou não! — informou, passando a mão pela barriga de dois meses, um pouco saliente.

— Não sei, Sabina, não sei — resmunguei.

— Então trate de saber de uma vez — deu um peteleco na minha cabeça, levantando do sofá após checar o celular. — Tenho ecografia marcada para daqui a pouco, quer ir junto comigo?

— Pepe não vai se importar? — indaguei.

— Se ele estivesse aqui, obrigaria você a ir conosco, a ficar se depreciando nesse sofá! — alegou Hidalgo.

— Tenho outra opção?

Ela sorriu cínica na minha direção.

— Não — falou.

Me levantei, fechei a casa e sai com a minha irmã, trancando a porta.

Quando chegamos na frente, Pepe estava lá, e sorriu ao ver Sabina.