Assim que o dia clareou, Ágata voltou a dormir.
Aproveitei para tentar trabalhar um pouco, mas estava difícil, a ansiedade me consumia a espera pela ligação de meu advogado me consumia.
Por volta das 09:00 horas ele finalmente ligou, disse que Poliana havia sido liberada e já saíra da delegacia.
Avisei ao Boris, mas como sempre ele esta um passo a frente de tudo, disse que já havia uma pessoa seguindo Poliana e outra de frente a seu apartamento.
Enfim, ela estava cercada, se ela soubesse de algo em relação ao pacote, breve nós saberíamos.
As horas foram passando e logo anoiteceu, mas nada de Poliana sair de casa.
Ágata estava tão bem na companhia de Olívia que pareceu não perceber minha inquietação, agradeci por isso.
No horário do jantar, todos estavam sentados a mesa, a casa estava cheia pela primeira vez.
Olí estava nos braços de Ágata, ao seu lado estava minha mãe e Luíza, todas entretidas em uma conversa animada envolta da mesa.
Até que meu telefone tocou, era Boris.
— Preciso atender essa ligação. — falei levantando da mesa e caminhando até área externa.
— Fala, Bóris!— atendi, me certificado de que ninguém nos ouviria.
— Poliana acabou de sair de seu apartamento, pegou um táxi. Um de meus homens está seguindo-a, o carro está indo sentindo subúrbio.
— Ok! Estou saindo de casa, vá me mantendo informado do percurso.Desliguei e voltei até a sala de jantar.
— Algum problema? — perguntou Ágata.
— Não! Era o Boris, amanhã ele vai embora e me chamou para jogar um pouco de conversa fora. Algum problema se eu for? — menti.
— Claro que não. Vá se despedir de seu amigo e agradeça por mim.
— Pode deixar! RYAN? — gritei.
— Sim, senhor. — falou vindo da cozinha.
— Vamos nos encontrar com o Boris.Beijei a cabeça de minha mãe, fui até Ágata lhe dei um beijo casto nos lábios e apertei a bochecha de Olívia.
Já dentro do carro avisei para onde realmente estávamos indo.
Ryan me entregou a maleta da minha arma, e seguimos o caminho sentindo subúrbio.
Quando recebi outra ligação de Boris, informando que a Poliana havia pego o caminho da ferroviária, uma luz se acendeu em minha mente.
— Ryan! Acho que sei para onde ela está indo, na próxima a direita você entra, vamos pegar o retorno, vá sentindo ao viaduto.
— Sim, senhor!
— Com sorte, chegaremos antes dela. — abrindo a maleta, verifiquei se a arma estava municiada.A Poliana só poderia estar indo a um lugar, a casa que foi de sua mãe.
A mesma casa em que estive a um tempo atrás, quando soube que a ex secretária de meu pai era a tal informante do Enrico, mas na ocasião descobri seu falecimento e a casa estava abandonada.
Fazendo oque eu disse Ryan seguiu o mais rápido possível, em pouco mais de 20 minutos chegamos ao bairro.
— Ryan, desligue os faróis. Vamos prestando bastante atenção, o local que acredito que ela esteja indo fica na próxima quadra.
Seguimos o percurso com os faróis desligados, o clima chuvoso fez a rua estar mais vazia neste horário, sem movimentação de pessoas.
Faltando 5 casas para chegarmos ao local vimos um carro chegando.
— Ryan, estaciona aqui. Olha lá, acho que é o táxi.
Boris ligou.
— Dom, ela acabou de chegar ao local.
— Eu sei, acabei de vê.
— Como você chegou aí?
— Depois te conto.
— Dom, não faça nenhuma besteira. Eu já estou a caminho.
— Não se preocupe. — falei desligado.
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Recomeçar
RomanceÁgata Andrade, 18 anos, é uma linda jovem com marcas profundas e cruéis para sua pouca idade. Nascida numa pequena cidade do interior, filha única de Mário Andrade e de Dona Marina. Um trágico acidente põe fim na vida dos pais da jovem garota, mas...