Capítulo 40

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Dessa vez ela quem tomou a iniciativa de beijar, deixei-a ditar o ritmo de forma tímida.

Não conseguindo manter as mãos longe, trouxe-a para mais perto encostando-a contra a bancada aprofundando nosso beijo, afoito e urgente.

Com uma das mãos firmes em sua nuca, percorri seu pescoço com beijos até chegar em sua orelha.

— Senti tanta falta disso...— sussurrei em sua orelha e senti sua pele arrepiar.

Um barulho interrompe nosso momento.

Era a o segurança que contratei para Ágata que acabará de entrar no local.

— Perdão, volto outra hora. — disse olhando para Ágata, o rapaz de aparência jovem.

Ágata estava visivelmente envergonhada, mas o que me incomodou foi o olhar que ele dirigiu a ela.

Coloquei-me diante de Ágata, afim de encobrir seu corpo e fazer o imbecil parar de olha-la.

— Algum problema, rapaz? — perguntei irritado.
— É Túlio, senhor. — respondeu impetuoso.

Não gostei.

— Escuta, Júlio...
— Túlio, senhor.
— Que seja... Me diga, o que há de urgente?
— Não tem urgência, senhor.
— Não? Então o que faz aqui?
— Só vim avisa a Ágata que já comprei os materiais que ela havia me solicitado, estão no jardim.

—Ágata? — nervoso, passei a mão no cabelo — Senhorita Andrade, Ok?

— Perdão senhor, mas...
— Sem mas... Apenas faça o que eu disse.
— Dominick, — Ágata tocou em meu braço — eu que pedi ao Túlio para me tratar apenas por Ágata, assim como todos nessa casa.

Bufei.

— Rapaz, nos dê licença por favor.

O rapaz saiu, então virei-me para Ágata.

— Você não é uma simples hóspede, tão pouco amiguinha dos funcionários, aqui, você é minha companheira, minha mulher. — falei segurando as laterais de seus braços.
— Dominick, não precisa se exaltar por isso, peço desculpas. Escute, de onde venho às pessoas são iguais não existe isso de resumir um funcionário a nada, além do mais não esqueça que sou sua funcionária, o que significa que todos aqui são meus colegas de trabalho.
— Tem razão, sinto muito, — soltei-a— não foi minha intenção, mas a forma como ele te olhou — passei as mãos no cabelo — me incomodou, ele lhe deve respeito. Vou pedir outro segurança, não me agrada saber que ele é desrespeito com você.
— Tudo bem Dominick, faça o que achar melhor.— falou de forma triste, submissa e cortou meu coração.

Aproximei novamente para abraça-la, mas Olívia chegou junto a babá. Então aproveitei a oportunidade para subir, tomar meu banho, precisava esfriar minha cabeça e repensar sobre minhas atitudes ou minha impulsividade poderia nos afastar novamente.

Eu precisava mudar algumas coisas, uma delas era começar a contar para Ágata tudo que estava acontecendo nas últimas semanas, mas em conversa com seus médicos fui instruído a passa-la informações aos poucos para não sobrecarrega-la. Confesso que está sendo dias difíceis sem poder me abrir com ela.

No banho, paro para refletir e acho que independente de seu estado ela vem respondendo bem, ao menos lembrou de nós, mesmo que tenha acontecido em sonho.

Saindo do banho enviei uma mensagem para Ágata.

Linda, preciso que suba aqui em meu quarto, precisamos conversar.

Enviei e fiquei aguardando sua resposta, mas ela visualizou e não respondeu.

Após vestir a camisa iria ao seu encontro, mas bateram na porta do quarto.

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