Capítulo 52

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Após forte pancada na cabeça, tudo foi escuridão.

Acordei amarrado, sentado em uma cadeira, o local era fétido e úmido, havia pouca iluminação.

Tentando reconhecer o território, avistei a silhueta de duas pessoas.

Fingi por um momento estar desacordado, para ouvir melhor a conversa entre eles.

Era Poliana, junto ao Clóvis.

— Poliana, o cara não vem.
— Cala a boca, deixa de ser frouxo, ele disse que viria.
— Não acho uma boa ideia, o Dominick é uma cara importante, vão dá por falta dele, já já está a polícia toda atrás de nós.
— Que seja, eu não vou perder mais nessa história. Na falta do Oliver, Dominick vai ser meu passaporte para finalmente ter a vida que é minha por direito, a vida que me foi roubada.

Do que porra essa mulher está falando?

Um barulho do lado de fora ecoou...

— Eu disse que ele vinha. — falou Poliana.

As portas do lugar se abriram e uma voz masculina ecoou no local.

— Que porra de incompetentes vocês são, eu fui claro quando disse que queria a criança. A criança, porra. — bradou o tal homem.

—  Eu sei, mas o cara que enviei ao local foi surpreendido pelo segurança que chegou sem ser notado. — justificou Clóvis.

— Você esta me dizendo que um cara, um único cara me impediu de agora estar com a criança? Seu filho da puta oque te pago não tem sido suficiente? 

— Pra ser sincero, não. Estou nessa pela Poliana, ela sim me prometeu muito mais quando se tornasse dona de metade do patrimônio do Dominick. — retrucou Clóvis.

— Hahahaha... — gargalhou o tal homem — Então se oque estou pagando não é o suficiente, você não me serve mais. — Sacando a arma ele atirou em Clóvis que nem deu tempo de pegar a sua. 

— Ahhhhhhh... — Poliana gritou — Você é louco, seu filho da puta... 

— Se não calar a boca vai se juntar a ele, afinal mortos não falam. — disse apontando a arma para Poliana. 

— Oque você vai fazer agora? Vai matar todos, a mim, o Dominick, a Ágata, a criança. Era esse seu plano quando encontrasse Ágata? 

Criança? Qual criança?

— Oque vou fazer só diz respeito a mim, mas se te serve como consolo, vou matar esse imbecil que dificultou a minha vida, e finalmente você pode requerer sua parte na herança como única filha do velho. 

— Não! Você não pode mata-lo, você me prometeu me ajudar a sequestra-lo e requerer uma boa quantia em dinheiro, assim eu estaria livre para viver minha vida, já que não deu certo o plano de me unir a ele, depois que sua queridinha apareceu. 

— Claro! Você é uma incompetente até para seduzir um homem. Agora, não me enche a paciência e vaza daqui antes que eu perca a paciênc...

— Enrico, eu não posso deixar você matar o Dominick...

Enrico? Então esse é o filho da puta, como imaginei. 

— E não era isso oque você queria, porra. — gritou.

— Claro que não, eu odiei o fato dele ter vivido a vida que eu não tive, ele roubou meu lugar, você não entende. O Dominick nem é filho do Oliver, quando Oliver conheceu a louca, desequilibrada da Clarisse, ele já tinha um caso com minha mãe.
Eu fiz de tudo para me aproximar e manter íntima da família, mas meu querido pai nunca quis me assumir, segundo a minha mãe ele tinha medo de isso piorar o comportamento do filhinho preferido dele, ou fazer sua esposa ter uma piora no seu quadro psicológico. Eu nunca tive nada dele, nem um carinho, afeto, um olhar de cuidado, ele me tratou a vida toda com indiferença e quando minha mãe caiu doente, o desgraçado achou de morrer, nos deixou a míngua.

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