Capítulo 60

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Após não conseguir mais manter uma conversa plausível com Poliana, pois ela parecia falar coisa com coisa, resolvi sair de seu quarto. 

— Oque rolou? — perguntou Boris.

— Não sei. Acho que esta em uma especie de crise de consciência, se é que ela tem uma. 

— Oque faço? — perguntou. 

—Vou denuncia-la pelos crimes que ela cometeu. 

— Ok! Você que sabe. E o outro? 

— Me dê a chave. Vou vê-lo. 

— Ok! Mas vou junto.

— Boris, eu n...

— Psiu... Eu vou e não se fala mais. Vamos!

Seguimos para a parte dos fundos do grande casarão, um caminho de pedras.

— Ué! E o lance de tratamento VIP para os hospedes? — perguntei.

— Isso não se aplica a estupradores, principalmente se ele tentou contra a vida de alguém da família.  

Chegando diante da cela, ele abriu uma porta de ferro. 

Dentro do local, Enrico estava amarrado pelos pés, pendurado. Amarrado, com as mãos para trás, sem camisa, sangrando. 

— Hora de acordar. — disse Boris acionando à alavanca que mantinham as correntes suspensa.

Como Boris soltou de uma vez a alavanca, o corpo caiu de uma só vez ao chão.

— Ahhh... Filho da puta. — reclamou Enrico. 

— Olha a boca suja, quer perder mais alguns dentes?  — perguntou Boris. — Tenha modos, estamos com visita. 

Tentando virar o corpo Enrico pareceu me notar. 

— Cadê a vadia? — perguntou Enrico. 

Tomado pelo ódio lhe chutei. 

Ele riu. 

— Quando eu sair daqui...

— Oi? Acho que você esta delirando. Ô pessoal, oque tem na água que estão dando a ele? — perguntou Boris para as câmeras.  — Você só vai sair daqui para um lugar, mas garanto que lá é bem quentinho e será bem recepcionado. 

— Se vocês fossem me matar já teriam feito. Além do mais, esse frouxo aí — olhou para mim — não seria capaz.

Irritado, lhe dei outro chute.

— Amigo, cuidado com os pontos no braço, me deixe fazer o trabalho sujo. Sabe, Rico, meu irmão aqui já matou gente só de pancada, mas isso foi em outra era sombria, hoje, ele é um novo homem, prestes a casar, além de ser Pai. 

— Pai? — perguntou incrédulo. 

— Pai! Porque o espanto. — perguntei.

— Não pode ser. Ela é minha! — esbravejou.

Abaixei a seu nível.

— Ágata nunca foi sua. Você que é um doente, que nunca vai entender que amor não se toma para si, como você tentou fazer. Morra com a certeza de que ela é livre, amada, e tem uma família. Você sabe oque é uma família? 

— Me solta! Eu vou atrás dela nem que seja no inferno. 

— Ah, realmente você vai para o inferno, mas não vai acha-la, porque pessoas como Ágata, não passam nem pela porta da frente.— falei.

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