Capítulo 48

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Voltei a cozinha para comer algo, porque comer pizza estava fora de cogitação.

Ao entrar na cozinha lá estava Luíza, preparando um sanduíche.

— Quer que eu prepare algo para você? — ela perguntou.

— Não precisa, obrigado. — falei indo até o forno.

Peguei o prato que Antônia deixou pronto, como me conhecia bem sabia que eu não comeria pizza, santa Antônia.

Após pegar o prato e os talheres iria comer na área externa.

— Onde vai? — perguntou Luíza.

— Comer em paz. Afinal, oque esta fazendo aqui? Acho que fui claro quando disse que você só poderia ficar aqui no horário de trabalho e cuidaria apenas de minha mãe, e ao que me consta minha mãe não esta aqui.

— Grosso. Vim buscar umas mudas de roupa pra levar pra sua mãe, e umas coisas da Olívia também. Aproveitei para comer algo, posso?

— Não negaria um prato de comida. — debochei.

— Você gosta né? Gosta de saber que as mulheres se jogam a seus pés, principalmente se forem funcionárias suas, só pra você desprezar depois que usar. Vai fazer com Ágata, o mesmo que fez comigo e com a Poliana.

— Você é louca de se comparar a Ágata. Agora, Poliana, não entendi a comparação, pois nunca tive nada com ela.

— Não mesmo? E porque ela ficou tão abalada hoje ao saber de seu noivado?

— Hoje? Onde viu a Poliana hoje?

— Ela esteve aqui pela manhã, pouco tempo depois que vocês saíram para trabalhar, veio visitar sua mãe.

— Tem certeza? Era a Poliana Dutra?

— Claro que tenho certeza, não era ela a amiga da sua irmã?

Um nó se formou em minha cabeça.

O que porra a Poliana veio fazer aqui em casa? Ela chegou quando da Argentina? Porque não me atende?

— Algum problema? — perguntou Luíza.

Saí da sala e fui até a sala destinada aos seguranças.

— Cadê o Túlio? — perguntei a um deles.

— Fazendo a ronda.

— Chame-o.

O rapaz lhe chamou através do rádio e em poucos minutos ele apareceu.

— Algum problema senhor?

— Hoje pela manhã minha mãe recebeu uma visita, gostaria de vê as imagens.

— Cris, você estava aqui pela manhã? — perguntou Túlio ao outro rapaz.

— Sim, lembro-me da moça. Sua mãe autorizou a entrada dela. — mexendo no computador o rapaz rapidamente acessou as imagens — Aqui esta!

Olhando na câmera constatei, com certeza era a Poliana.

— Algo de errado, senhor? — perguntou Túlio.

— Essa mulher trabalha para mim, mas deveria estar na Argentina. Em nosso ultimo contato ela estava lá, trabalhando, mas na manhã de hoje esteve aqui, em minha casa, quando todos naquela empresa são suspeitos de cúmplice do Enrico. Preciso que achem ela, soube hoje ainda que ela tem um caso com o chefe da segurança da empresa.

— O chefe da Draycon, Clóvis? — disse Cris.

— Sim, você os conhece? — perguntei.

— Infelizmente conheço, já tive o desprazer de trabalhar nessa empresa, eles não tem o menor senso de certo e errado. Eles são quase uma máfia dentro do setor de segurança privada.

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