Após fazer Ágata gozar, e acredito que pela primeira vez, ela chorou.
— Oque foi amor, te machuquei? — perguntei preocupado, ao abaixar a saia do vestido.
— Não!
— Porque esta chorando? Foi ruim?
— Não! Eu não sei porque estou chorando. Eu só estou feliz.
— Linda, te amo.
— Te amo, Nick. — me beijou e se aproximou mais de mim.Me afastei, eu estava duro pra caralho e me controlando o máximo para não passar dos limites, era sua primeira experiência, não queria estragar essa pequena conquista.
— Oque foi? Fiz algo errado? — perguntou envergonhada.
— Não, pelo contrário. Estou me mantendo afastado para não lhe assustar. — ela uniu as sobrancelhas em confusão — Estou muito excitado, eu lhe desejo muito, mas acho que ainda não esteja pronta para ir adiante, entende.
— Sim!
— Vamos entrar? Preciso de um banho frio. — sorri e ela corou.Ela me deu a mão, ajudei a se levantar e caminhamos de volta para casa, abraçados.
Pelo horário os irmãos Duarte já haviam se recolhido, então fui ao meu quarto tomar um banho, enquanto Ágata seguiu para o dela.
Debaixo da ducha fria, me aliviei igual um adolescente ao relembrar da maciez de sua pele, de sua excitação, e suas reações espontâneas ao meu toque.
Evitei penetra-la, não queria que aquele momento fizesse ela se lembrar de algo ruim, foi difícil manter meus dedos fora de sua fenda quente e encharcada.
Ágata, você vai me deixar louco.
Gozei, ao relembrar os gemidos de Ágata, chamando meu nome.
Terminei meu banho, troquei o pijama e sai em direção ao quarto de Ágata, para lhe dar boa noite.
Ao fechar a porta dou de cara com a Luiza, no corredor.
— Oque faz aqui? — questionei um tom de voz mais baixo, para Ágata não ouvir.
— Oi pra você também, meu amorzinho. Eu estou bem, obrigada por perguntar.
— Sem gracinhas Luiza, sem tempo pra seus joguinhos. Oque você está fazendo aqui?
— Pensei que os velhos babões já haviam ido se queixar com o patrãozinho.
— Não fale assim de seus tios, respeita quem te criou. Eles me disseram que você esta de volta, mas eu fui claro quando disse que não queria você perambulando pela casa, você pode ficar no anexo, junto com eles.
— Qual é amorzinho, tá com medo de ter uma recaída e que a namoradinha saiba.
— Nem que você fosse a última mulher do mundo.
— Uiii... Quem diria, o senhor Torres virou homem sério, que só come uma mulher.
— Dobre sua língua ao se referir a minha vida, principalmente a algo que envolva minha mulher.
— Sua mulher? — risos — Que mulher? Aquela que dorme em um quarto separado do seu? Não seja patético, você virou foi um frouxo.
— Escuta aqui sua... — puxei-a pelo braço e no mesmo momento Ágata abriu sua porta, vestindo apenas uma camisola.
— Nick? Oque está acontecendo aqui?
— É Nick, oque está acontecendo aqui? — perguntou Luiza em deboche.
— Nada com oque se preocupar, meu amor. Luiza já estava de saída. — solteia-a.
— Não fomos apresentadas, mas sou Luiza, ex do Nick. — falou a cobra ao estender a mão para Ágata.
— Ex? — questionou Ágata.
— Ele nunca mencionou? Fui seu primeiro amor.
— Não sonhe tão alto, éramos adolescente, Luiza. — desdenhei.
— Não sabia, me desculpe, mas Nick e eu costumamos conversar só sobre coisas significativas em nossas vidas. Agora se me der licença, vou me deitar. — uma Ágata raivosas colocou a Luiza em seu lugar.
— Vamos amor! — concordei e entrei em seu quarto, fechando a porta.Ágata seguiu até a cama.
Deitando e se cobrindo em seguida, não disse uma palavra.
Ótimo, só oque me faltava, Luiza reaparecer pra me infernizar e Ágata ficar com raiva.
— Tudo bem? — perguntei sentando na cama ao seu lado.
— Não sei, me diga você? — falou emburrada.
— Ágata, por favor, não vamos estragar nossa noite, que foi maravilhosa, por causa de uma mulher como a Luiza.
— Olha Nick, nunca tive que lhe dar antes com um relacionamento, muito menos com um em que cada lugar que eu estiver haja uma mulher que você já se relacionou, ou quando não se relacionou elas tentam descaradamente lhe seduzir.
— Eu sei, eu nunca tive que me preocupar com isso antes também. Mas não vamos estragar esses dias, se você quiser vamos embora amanhã, vamos para a costa e ficamos em um hotel.
— Claro que não, está na sua casa.
— Independente, primeiro está seu bem estar.
— Não, eu vou tentar não pensar nisso, vamos aproveitar esses dias. — sorriu fraco.Peguei sua mão levando aos lábios.
— Espero que tenha gostado, da noite.
— Eu não gostei. Eu amei — me abraçou — só de lembrar do que fizemos meu coração dispara. — confessou envergonhada.
— Não mais que o meu. — beijei seu pescoço — Mas agora precisa dormir, amanhã vamos passear de barco. — dei um beijo casto em seus lábios e levantei, mas ela segurou minha mão.
— Ainda não estou com sono, fica aqui?
— Tem certeza?
— Tenho. Se você quiser, é claro.
— Eu sempre vou querer estar ao seu lado.Dando espaço na cama, ela indicou onde eu me colocasse. Sentei recostado a cabeceira, e chamei-a para recostar sua cabeça em meu peito.
Algo totalmente novo para mim, nos últimos dias tenho vivido um experiência que eu poderia dizer que estou na fase da adolescência, experimentando os mais novos sentimentos e situações.
Desde novo eu acabei pulando as etapas, devido meu problema de relacionamento com meu pai, acabei evitando as garotas, até conhecer a Luiza que é dois anos mais velha que eu.
Ela em seus 17 anos ficava me atiçando, como uma diaba que sempre foi, eu bobo cai nas suas armadilhas de "sedução" como um pato.
Perdi minha virgindade com ela, mas o pior de tudo foi ela dizer a todos que estava grávida e que o pai era eu.
Imaginem o choque para mim e para minha família, eu só havia transado com ela por duas vezes e havia usado preservativo, não entendia como poderia ser o pai.
— Como foi sua relação com a Luiza? — Ágata interrompeu meus pensamentos.
— Resumidamente: Quando adolescente perdi minha virgindade com ela, mas chegamos a ficar só por duas vezes. Depois ela apareceu grávida, disse que o filho era meu. Minha mãe quase me matou, seus tios quase morreram.
— E seu pai? — perguntou.
— Bom, meu pai e eu não estávamos nos dando bem, mas ele na época disse que ela estava mentindo. Então, fizemos um exame que ficou comprovado a gravidez, mesmo assim meu pai ainda não acreditava. Após algumas semanas todos pareciam estar aceitando a ideia, exceto meu pai, eu não sabia oque fazer, mas pensei que quando pudesse casaria com ela, seria um bom pai e não lhe decepcionaria, mesmo não amando-a.
Um dia meu pai chegou em casa, reuniu todos e mostrou imagens das câmeras de segurança, nelas estava Luiza com o filho do jardineiro, o rapaz já era maior de idade e vinha ajudar o pai nas tarefas. Eles viviam um romance a meses, mas quando ela engravidou achou mais fácil jogar charme para o "menino rico", e assim garantir seu futuro.
— Nick, que horror... E a criança?
— Ai que a história fica pior. Pressionado por meu pai o rapaz confessou o sei relacionamento com Luíza, mas ela ainda insistiu que o filho era meu, então meu pai disse que faríamos um exame de DNA, claro que daria negativo, aí Luiza resolveu abrir logo o jogo e contar a verdade. Inconformada em ter um filho de um "Zé ninguém", palavras dela, dias depois praticou um aborto, sem que ninguém soubesse.
Depois disso mudamos em definitivo para Malta, pois meu pai já havia fixado trabalho e residência lá, um ano antes, e a ilha servia só para descanso nos finais de semanas, feriados e férias.
Depois de tudo isso, nunca mais voltamos aqui, deixamos a casa aos cuidados dos irmãos Duarte.
— Nossa, que mulher horrível, eu sinto até hoje a perca do meu bebê. — disse Ágata entristecida.
— Sinto muito por seu bebê, era menino ou menina? — perguntei tentando não parecer invasivo.
— Quando acordei no hospital, uma enfermeira me disse que era uma menina, mas que não havia sobrevivido. Então, aproveitando que estava só pedi ajuda, contei oque havia acontecido, mostrei minhas marcas, mas ela pareceu não acreditar. Logo, aquele mostro apareceu e disse que eu estava tento um surto psicótico e que deveria ser medicada, e assim ela fez.
— Sinto muito, por tudo oque você teve que passar, mas eu vou achar este homem e farei ele pagar por tudo que te fez, meu amor.Em silêncio, recostada em meu peito, Ágata parecia estar segura, pelo menos era oque eu pensava.
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Recomendação de música para este capítulo: Daniel Caesar - Bert Part (Feat. H.E.R)
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Recomeçar
RomansaÁgata Andrade, 18 anos, é uma linda jovem com marcas profundas e cruéis para sua pouca idade. Nascida numa pequena cidade do interior, filha única de Mário Andrade e de Dona Marina. Um trágico acidente põe fim na vida dos pais da jovem garota, mas...