Capítulo 30

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Os últimos dias estavam me deixando com os nervos a flor da pele, foram tantos acontecimentos que minha personalidade explosiva foi posta a prova de todas as formas possíveis.

A lista é grande, o tal do Enrico, Poliana, Luiza, o pulha do César. Ah! Não posso esquecer de acrescentar a lista, o avô de Olívia.

Após a tempestade passar, fomos para a ilha e decidimos partir para a Argentina no mesmo dia.

Já estamos aqui a dois dias, até o momento tudo estava fluindo na mais perfeita ordem, é estava.

Porque, agora, estamos encontrando algumas dificuldades em relação a alguns órgão públicos, oque atrasa ainda mais o andamento das coisas.

— Sr. Torres, posso confirmar sua presença no jantar beneficente de amanhã a noite? — a doce e linda voz de Ágata me tirou de meus devaneios.

Estamos trabalhando em um escritório improvisado, em uma suíte do hotel, a poucas quadras do local onde a obra está sendo realizada.

— Jantar? Que jantar? E para de me chamar de Senhor Torres. — ralhei e ela sorriu, pois faz para me provocar.
— Nick, o jantar que o Senhor Martínez, o cliente, lhe convidou. Lembra, para conhecer a instituição da qual a empresa dele colabora.
— Ah! Sim, lembrei. Diga que não vou.
— Nick, não seria de bom tom, você está aqui, qual desculpas eu daria? "Desculpas senhor Martínez, mas o senhor Torres não irá comparecer, porque está com dor de cabeça." Ele pode achar que você não se interessa pela causa.
— Que seria? — perguntei, pois se ela já falou não me lembrava.
— Eles promovem habitação em prol dos mais desprovidos.
— Ah! Claro, ele da moradia de graça. — falei em deboche.

— Dominick, não somos ninguém para julga-lo, se é verdade ou não, e se é sem fins lucrativos. Oque eu sei é que se trata de um grande evento para o cliente, além do mais haverá a imprensa, e você, como arquiteto e como contratado deveria ao menos se dá o trabalho de aparecer.

Eu sei que Ágata está com a razão, afinal ela sempre está, mas eu não queria ir.

— O lugar vai estar cheio, você não irá se sentir bem. — justifiquei.
— Não se prive de suas obrigações por minha causa, eu ficarei no hotel, no quarto lhe esperando.
— Nem pensar. Não deixo você sozinha, nem vou sozinho também.
— Nick...
— Nick, nada. Eu não vou ficar a noite toda na companhia de pessoas chatas, alguns estranhos, e pior, cheio de bebidas. Não que eu seja um bêbado sem controle, ou um louco agressivo, mas diante dos últimos dias, qualquer coisa pode ser um gatilho.
—Esta bem! — disse Ágata respirando fundo — Eu vou com você, juntos, nada irá nos acontecer se sempre estivermos juntos.
— Não quero que se sinta obrigada.
— Não é uma obrigação, se bem que como meu chefe você poderia me obrigar. — sorriu mordendo a ponta da caneta — Mas além de chefe, você é meu namorado, e acho que relacionamento seja isso.

Segurei sua mão e depositei um beijo.

Ela sorriu e lhe puxei para meu colo.

Desde a última que nos amamos no barco eu não tentei novamente, mesmo louco de desejo por ela.

Respeitei seu momento.

Beijei-a com delicadeza, e ela retribuiu como sempre, entregue.

Descia por todo seu pescoço, depositando beijos.

Sentia minha ereção se forma em minha calça.

Testei os limites de seu decote com o indicador.

— Nick... — sussurrou de olhos fechados e com as unhas cravadas em minha nuca.
— Quer que eu pare?
— Você sabe que não.

Dessa vez ela que voltou a me beijar após sua resposta.

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