38. O Aniversário.

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Jesse perguntou-me se eu estava interessada em ir a Tóquio no meu aniversário porque era um dos sítios que eu muito queria ir quando começamos a andar juntos mas nós nunca tivemos muitas férias para fazer viagens muito exóticas. A tourné pela Europa foi mesmo graças a lua de mel, onde finalmente conseguimos beijar-nos num daqueles cafés giros em Amesterdão que eu tanto queria.

- A não ser que não queres, claro. - ele disse antes de beber o copo cerveja.
- É teu aniversário e tu estás a pensar no meu. Deixa de ser tão altruísta. - empurrei-lhe o ombro com o meu e ele sorriu.

Chegou então um dos serventes do hotel e disse ao Jesse que havia um homem no estacionamento que queria falar com ele e que não queria entrar, ele estava mesmo a pedir que o Jesse fosse ao seu encontro no estacionamento.

- Porquê? - perguntei.
- Diz que tem o presente de aniversário do senhor King lá com ele. - o servente explicou.

Nós meio que não nos encontramos numa posição pacífica no que diz respeito a máfia por causa da morte do Dante, apesar do conselheiro da máfia dele ter invocado uma reunião com o Patrick e o Jesse e decidir que queria acabar com a luta e deixar as coisas como eram antes e ter jurado que a máfia deles não descumpriria com o acordo.

Mesmo assim, não acho que o Jesse deva baixar a guarda quando se trata de "visitas anónimas".

- Está tudo bem. - Jesse disse antes de se levantar e eu não hesitei em ir a sua trás.

Quando lá chegámos estava um homem caucasiano com o cabelo puxado para trás a fumar um cigarro, assim que ele nos viu ele atirou o cigarro para o cinzeiro que estava ali espetado e veio ao nosso encontro. Não deixei de notar de que havia um Lamborghini cinzento por com laço azul por cima a sua trás e logo murmurei para o Jesse o que é que o Patrick havia lhe oferecido no ano passado porque o homem parece ter pouca criatividade a esta altura.

- Jogamos xadrez pedrados. - Jesse disse. - O dia todo. Comemos, bebemos, jogamos o PS e xadrez outra vez. O dia todo.
- Uau. - eu disse

Não é falta de criatividade.

São homens.

- Jesse King, como é que está? - o homem cumprimentou o Jesse e depois a mim - Olá, tudo bem?
- Tudo. Munich King. - eu disse enquanto ainda apertava a mão dele.
- O meu nome é Brian Green e eu sou um dos trabalhadores no Automobili Lamborghini e vim deixar está prenda do seu marido no lugar do senhor Hall. Ele pediu-me para o fazer porque ele esta a secar as calças no secador da casa de banho do hotel...não sei muito bem o que ele queria dizer com isso. - o homem riu-se constrangido

Mason e eu entreolhamo-nos mas não dissemos nada. O homem seguiu em explicar que o Patrick havia feito um test-drive mas o Jesse podia fazê-lo outra vez sozinho e houver algum problema, eles podem ainda resolver.

Depois ele começou a explicar um bando de disparates sobre o carro que eu não estava a perceber nada mas o homem parecia ter ganho a atenção do Jesse. Esta é a primeira vez que vejo o Jesse completamente interessado num carro, do jeito que ele estava apegado a este. Ele queria saber sobre todos os pequeníssimos detalhes, foi lá com o homem para mostrar-lhe o carro.

- Oh, vocês estão ainda aqui. - Gianni comentou assim que nós viu, estava já com os calções secos. - Que tal ele gostou do presente? - ele perguntou-me
- Compraste-lhe um Lamborghini. - Não consegui tirar todas as emoções que eu estava a sentir naquele momento porque eu estava sentir tanto que acabei por sentir nada.
- Não é só um Lamborghini. É um Aventador LP 780-4 Ultimae. É uma perfeição, com uma velocidade máxima de 355 km/h e um motor V12...
- Gianni, eu não quero saber.

Hostage (A Refém)Onde histórias criam vida. Descubra agora