24. O Baile.

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Vinte dias depois, as coisas não haviam mudado tanto, continuei hospedada na mansão dos demónios, continuei a ser assombrada pela esposa do Jesse e a ter alguma das suas memórias.

Mas hoje não era um dia usual para mim, hoje era o dia da baile que aceitei que o Patrick me levasse.

Sim, eu sou a +1 do Patrick Hall.

Jesse como fez da outra vez que tivemos sexo, ficou um pouco distante de mim, mas vou fingir que não tenho estado a notar.

Uma das trabalhadoras trouxe-me o vestido que eu supostamente deveria usar para o baile hoje.

Era preto, liso, com uma racha que começava na coxa, comprido até ao chão, mas nada que um salto não resolva, alça fina e as costas perfeitamente fechadas e os seios também. Estava agarrado a uma máscara preta, que tinha pequenos detalhes de diamantes a volta e saltos vermelhos para criar um contraste.

A senhora disse que daqui a nada vinham as pessoas que iriam cuidar das minhas unhas e do meu cabelo e maquilhagem.

Disse também que o Patrick vinha buscar-me por volta das oito da noite.

Acho que o Patrick pensa que vou me casar com ele mais logo.

Enquanto esperava que o grupo chegava, desmanchei as tranças que tinha na cabeça, tomei banho, lavei o cabelo e depois de usar um robe, fui secar o crespo. Terminei tudo à tempo porque foi quando ouvi a porta a bater e a moça que me ia fazer o cabelo chegou ao mesmo tempo que o moço que me ia fazer as unhas.

A moça fez-me um rabo-de-cavalo virado para baixo com uma trança que ia até ao meu rabo, depois encheu a minha cabeça de pérolas pequenas brancas.

E as unhas estavam num nude, com as pontas francesas brancas.

Espero que eu esteja a ficar exatamente como ele visionou, porque o moço das unhas só perguntou-me qual era o tamanho das unhas que eu queria, quer dizer, até o design das unhas o Patrick já tinha programado.

De seguida, fizeram-me a maquilhagem, que estava natural, mas o batom vermelho era quem destacava-se. Eu ainda estava a fazer as unhas dos pés nessa altura e já estava cansada de todas aquelas mãos em mim, eram quase sete e meia da noite, estamos aqui a quase quatro horas.

Patrick terá que esperar um pouco.

Assim que todos acabaram o seu trabalho, agradeci a todos pela disponibilidade e toquei a vestir-me.

Usei primeiro um par de cinta modeladora para agilizar mais o meu corpo no vestido.

Depois de vestir, vi que o vestido desenhava as minhas curvas, apertava-me as ancas.

Isso não é bom.

Os seios ficavam lindamente desenhados no vestido, delicadamente sentei-me na cama e calcei os saltos, foi então que vi a porta a abrir.

Olá Patrick.

- Levanta. - ele ordenou e assim o fiz.

Ele olhou e analisou-me.

- Tuas ancas estão um pouco mais largas. Engordaste desde a última vez que fiz algo para ti.
- Estou feliz. - disse-lhe monotonamente e ele sorriu.
- Queres que eu alargue?
- Achas que vai rasgar-se quando eu entrar no carro?
- Não.
- Então não.

Continuei a olhar para o meu reflexo dentro daquele vestido preto, para a perna fora, com a imagem elegante do Patrick a acender um cigarro a minha trás.

Fazemos um par interessante.

Se ele tivesse tido interesse em mim e se esforçasse para ter a minha atenção, eu provavelmente teria os olhos nele e não no Jesse.

Hostage (A Refém)Onde histórias criam vida. Descubra agora