25. A Verdade.

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Dante Accardi, é o nome dele, ele apoderou-se da máfia do pai depois dele morrer...correção, depois dele ser assassinado porque é isso que ele acredita que aconteceu, diz que queria seguir uma carreira diferente na vida dele, mas foi como se o destino estivesse a puxá-lo para a mesma direção independentemente do caminho que ele levava.

É disto que eu estou a falar, está gente era gente boa antes de tudo isto, ninguém tinha a capacidade de magoar uma mosca quando nasceram e depois as circunstâncias da vida tornou-os violentos, porque não há bem sem haver o mal e muitos deles foram arrastados para o mal.

Parecia ele ser um homem atraente, com um sorriso bonito, com a aparência masculina, o corpo forte, o cabelo preto e tinha um sotaque italiano muito adorável.

- E qual é a tua história, mulher do vestido negro?

Bem, tive um acidente que fez-me perder a memória, casei-me depois com um dos meu clientes frequentes do dinner onde eu trabalhava que levou-me a escola de moda onde desenvolvi o meu gosto por fashion design. Depois ele mostrou a sua verdadeira imagem e tornou-me na sua refém, passei a viver num casamento violento. Alguns anos depois, soube que o meu marido era corrupto e trabalhava para um de vocês...vários de vocês, um exemplo seria: o Jesse King e o Patrick Hall que tornaram-me refém deles em troca de um trabalho sujo qualquer do meu marido. Quanto mais tempo fui ficando com eles, percebi que eles afinal nem sempre eram um bicho de sete cabeças e que eu até estava a gostar de ficar com eles. Fui infiel ao meu marido, duas vezes agora, sem remorsos. Presenciei a tortura de uma mulher que trabalhava para um outro homem, que mandou-a invadir a casa deles, parei numa revista de fofoca e fui considerada violenta para homens, estou a ser assombrada pela mulher morta do Jesse King e agora estou a dançar com um criminoso num baile de criminosos que fui por livre espontânea vontade. A minha vida tem sido extremamente...invulgar.

Esse é só o resumo.

Sorri para ele e encolhi os meus ombros antes de dizer-lhe que sou só uma mulher num baile, sem história, sem traumas, que gosta de dançar com chefes de máfia como ele.

Ele lançou uma risada.

- Tenho a certeza que sim.

No entanto, a nossa dança foi encurtada pelo Patrick que roubou-me o parceiro de dança.

- É sempre um prazer dançar contigo Accardi. - Patrick sorriu para o homem e depois de dois passos de dança e tirar o sorriso da cara do Dante, ele tirou-o da pista, segurando-lhe pela cintura mas o Dante mandou-o largá-lo e Patrick logo colocou os braços no ar com um sorriso maroto nos lábios.

Pergunto-me o que ele vai fazer com o Accardi. Ele parece tão simpático.

Segundos depois tive acesso a um novo parceiro de dança que julgava não saber dançar.

Jesse pegou na minha mão e deu continuidade com a dança.

- Cansaste de ignorar-me? - perguntei olhando para as pessoas a nossa volta e uma vez a outra a chutar um olhar para ele.

Ele também não estava a olhar para mim, parecia estar a vigiar ou a procura de algo.

- Eu não estava a ignorar-te. - ele disse.
- Mentira. Mentes muito.
- Eu não estou a mentir. - ele fitou-me intensamente. - Estive só ocupado.
- Não me digas. - revirei os olhos. - O que é que vão fazer com o Accardi?

Jesse arqueou a sobrancelha e depois sorriu antes de perguntar-me se eu estava a gostar de conversar com ele.

- Parecia ter mais sentimentos que tu.
- Wow, está bem. Mas isso não responde a minha questão.
- Sim estava. Seria bom se não o matassem.
- Vai depender da colaboração dele, quer dizer, a Murph ainda está connosco. Ele vai colaborar.
- Ele foi quem mandou aquela rapariga para vossa mansão?
- Mhm.

Hostage (A Refém)Onde histórias criam vida. Descubra agora