- maybe this ain't wrong

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<3

Arizona's

No dia que eu tiver paz o fim do mundo vem, minha mãe insistiu tanto pra eu ir passar o aniversário de casamento dela e do meu pai na casa deles, que só pra ela parar de me ligar de 10 em 10 minutos, eu aceitei essa merda.

Não era nem por causa deles que eu não queria ir, era por causa dele. Aquele filho da... não vou fazer porque a mãe é a mesma, mas só de pensar em ter de vê-lo me sobe uma raiva sem limites!

De falar dele sinto que posso chegar até a ter um acesso de ódio. Aquele desgraçado ainda iria pagar um dia.n

Minha mãe pediu pra eu levar alguém, até pensei em fazer a minha secretária fingir que é minha namorada ou algo assim, mas não, nem de mentira eu aguentaria ficar presa a alguém.

Agora me encontro no carro que mandaram pra me buscar no aeroporto pedindo mais tempo no trânsito, – coisa que abomino, – só pra não ter de olhar pra cara dele ainda.

Mas quando o universo está contra mim, ele faz questão de me foder e sem lubrificante! Demorou pouquíssimo pra chegar na casa deles.

Até hoje lembro de como eu saí daqui completamente traída por todos porque ninguém ficou do meu lado, então fui embora, depois de meses eu finalmente atendi meu pai, que me convenceu a voltar a falar com eles, mas eu me recusei e me recuso a falar com aquele desgraçado a todo custo.

Um dos empregados já vai levando minhas malas pra onde devem ser postas.

Então, eu entro e não o vejo de cara, o que foi ótimo, pelo menos ainda consigo sorrir pra cumprimentar meus pais, mas minha felicidade dura pouquíssimo porque ele desce as escadas com aquele sorriso cínico do caralho que me irrita instantâneamente.

— Ah, irmãzinha, mas que cara é essa? Sei que sentiu saudades minhas, vem, me dá um abraço. — Eu vou te dar é um soco, é isso que eu vou dar, penso com ódio.

— Encosta em mim e você perde as mãos, Marcus.

— Tão agressiva, AZ, devia ver um terapeuta pra essas coisas, viu?

— A única terapia que curaria minha raiva de você, Marcus é se você não existisse. — Sorrio e ele também, colocando a mão no coração e se fazendo de ofendido.

Eu vejo mais alguém descendo a escada, mas quando realmente vejo a pessoa, parece que tudo para e ela desce em câmera lenta. Uma morena, alta, com pernas que só Deus explica, linda e muito, muito gostosa.

Mark se aproxima mais dela e a envolve nos braços... mas é claro.

Não entendo até hoje como ele consegue ficar com mulheres tão lindas, mas essa mulher aqui... ela não é só uma mulher, ela é uma obra de arte.

— Irmãzinha, já que a mãe e o pai já conhecem, deixa eu te apresentar. Callie Torres, minha namorada. Amor, essa aqui é a minha irmãzinha querida, Arizona. — Quase rosno com o "irmãzinha querida", mas deixo pra lá quando Callie estende a mão e eu prontamente a pego.

Muito prazer em te conhecer, Callie... — já jogo um charme fazendo meu irmão me olhar irritado e ela corar.

— Oh, o prazer é meu, Arizona. — O sorriso tímido dela é a coisa mais linda que eu já vi.

Ele não deixa ela ficar ali e sai com ela dizendo que ele quer apresentar a mulher pra o resto da família, mas eu sei que foi por minha causa, pelo jeito que ela corou... e foda-se, não é só ele que pode ser um desgraçado, eu também posso.

Como ainda era muito cedo pra começar qualquer coisa, principalmente um churrasco, porque hoje começa uma festinha na piscina que possa incluir crianças, outro pra ser só com adultos sem interrupções ou birras. Subo e vou me trocar, pôr um biquíni, era um amarelo simples, mas que me valorizava bem, coloco um shorts qualquer por cima, vou tirar mesmo.

'Em Shots! [Calzona]Onde histórias criam vida. Descubra agora