O SEQUESTRADOR /Sebastian e S/N

Capítulo- III

Narrador #

Ela toma o café enquanto Sebastian à observa. Ela percebe como ele olha fixamente para ela.

S/N- sorri: O que foi? Para de me olhar assim.

Sebastian- com a voz um pouco abafada pela máscara : Assim como?

S/N: Sei lá, seus olhos azuis me intrigam. Gostaria de saber como é seu rosto por trás dessa máscara.

Anthony Bakari- Ponto de vista.

A família Bakari sempre foi envolvida com o tráfico de entorpecentes, o meu pai também fazia lavagem de dinheiro e alguns serviços para polícia, era uma espécie de troca de favores a polícia não prendia a gente, e a gente fazia algumas limpezas para eles. Eu e meu irmão sempre fazíamos os serviços para polícia, até que nosso pai morreu e passou a liderança para mim, o meu irmão insistia em ter uma família simples e deixar o negócio da família. Eu sempre achei ele um imbecil por isso, tínhamos um império e todas as mulheres que nós quiséssemos, mas ele quis uma vidinha medíocre e uma família comum. Ele conheceu uma jovem no Canadá e viveu por lá com ela por um tempo. Então um belo dia ele voltou para me contar que iria ser pai, mas foi justo nesse dia fatídico que minha base foi atacada pelos meus inimigos da máfia chinesa e meu irmão morreu. Eu passei anos procurando por sua esposa, pois eu encontrei uma foto dela em sua carteira. Eu mandei todos os homens possíveis para encontrá-la, mas foi envão. Até que descobri uma jovem enfermeira que se parecia muito com a mulher da foto, consegui que um de meus homens a seguisse por um tempo e mandei que Sebastian a pegasse para mim. Tenho certeza que ela e minha sobrinha e única herdeira.

Quebra de tempo...

Narrador#

S/N termina de tomar o seu café.

Sebastian: Eu sinto muito, mas vou ter que te amarrar de novo.

S/N -faz beicinho: Aaaahh, seeerio eu pensei que você fosse confiar em mim.

Sebastian: Por favor, não dificulta as coisas. Está bem?

Ele pega as algemas e a algema no braço do sofá da sala próximo a lareira.

Sebastian: Bom, eu acho que aqui é melhor que a cadeira, e você não vai cair.

Ele está bem próximo dela, e ela pode sentir o seu perfume amadeirado, ele se vira para ela e eles trocam olhares.

S/N- sem graça: É realmente aqui e bem melhor. Obrigada.

Sebastian apenas acena com a cabeça em afirmação. Vira as costas e sai para buscar mais lenha para a lareira.

Quebra de tempo...

Narrador #

O capanga de Anthony entra na sala bruscamente.

Capanga: Chefe o Sebastian já pegou a jovem?

Anthony- ríspido: Por que, quer saber?

Capanga- com medo: Nada Chefe, é que eu não vi o Sebastian hoje.

Anthony: Sim, ele está com ela no chalé, e uma merda que com essa neve eu não consiga ir até lá.

Anthony não sabe, mas um de seus homens o Dylan é um infiltrado da máfia chinesa, e ouvia tudo atrás da porta. Ele sai em direção ao prédio da máfia chinesa para contar sobre a jovem. Dylan chega a um prédio chique com estátuas de dragões na entrada, dentro do prédio há muitos tapetes chineses pelo chão.

Dylan: Eu vim falar com o chefe Wong, e sobre a jovem suposta sobrinha do Bakari.

O segurança apenas acena com a cabeça em afirmação e Dylan atravessa uma porta vermelha grande a sua fente.

Wong: Então, você encontrou a garota do Bakari.

Dylan: Supostamente, mas ela está em um chalé fora da cidade, e com esse clima tá difícil chegar lá.

Wong: Vou dar um jeito nisso, para irmos até lá e pegá-la. A morte do meu filho não vai ficar assim, ele e aquele capanga filho da puta vão pagar caro.

Quebra de tempo...

Narrador#

Sebastian aproveitou que estava a noite e S/N estava dormindo no sofá, para ir tomar um banho, ele apoia suas mãos na parede enquanto a água cai em suas costas nuas, seu corpo musculoso possui muitas cicatrizes, ele termina o banho e se enrola em uma toalha. Ele passa a mão no vidro embaçado do espelho do banheiro e se visualiza sua bochecha está roxa por causa do chute que S/N deu na noite passada, ele está pensativo e confuso sobre ela. Logo ele e surpreendido por um grito dela vindo da sala.

S/N: Aahh!!! Meu Deus!!!

Sebastian sai correndo como um louco do banheiro somente de toalha, e no impulso se esqueceu de colocar a máscara que cobria seu rosto.

Sebastian- assustado: O que foi ? O que há de errado???

S/N- assustada: Tem um rato no sofá!!

Sebastian- indignado: Eu não acredito que você gritou assim por isso.

Ele se aproxima dela para procurar o tal rato e ela o observa, admirando o seu corpo semi nú.

S/N- morde seu lábio inferior: Eu me lembro de você, Sebastian.

Sebastian- incrédulo: O que?!
Ele percebe que deixou a máscara no banheiro.

Sebastian- espraguejou: Merda... não era pra você ter...

Ela o interrompe.

S/N: Está tudo bem, eu não vou denunciar você quando eu sair daqui, se é que eu vou sair.

Ele se senta ao lado dela.

Sebastian: Eu acho que meu chefe não vai matar você, ele nunca machucou mulheres, e eu não sei o que ele quer com você, mas se ele quisesse te matar ele já teria feito.

S/N percebe  a sinceridade nas palavras de Sebastian.

S/N: Confio em você.

Sebastian sorri de canto: Está bem.

E sai em direção ao quarto para se vestir, quando termina de vestir ele arruma a cama para a S/N dormir mais confortável.
Ele volta para sala.

Sebastian: Olha eu arrumei a cama no quarto para você dormir, creio que lá  será melhor que o sofá.

S/N: Que evolução, antes a cadeira, depois o sofá agora uma cama.

Sebastian: Como eu disse, eu não quero machucar você, ao contrário de você que me deixou com um belo hematoma.

S/N- sorri: Em minha defesa, pensei que você fosse me estuprar.

Sebastian: Eu jamais machucaria uma mulher, eu fiz uma promessa quando era adolescente, o meu pai batia na minha mãe é  eu sempre assitia eu tentava ajudar e defendê-la, mas sempre apanhava também. Então jurei que nunca machucaria uma mulher como ele fazia, eu estou nesse negócio por que eu preciso não por que eu gosto.

S/N: Eu sinto muito por isso, eu não conheci meu pai, ele foi embora assim que minha mãe ficou grávida. Era só eu e ela, até ela morrer de câncer eu fiz enfermagem para cuidar dela.

Continua...