Capítulo 06

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Maria Alice.

Hoje eu estou tão feliz que nem o fato de ser segunda feira me atinge. Acabei de chegar no trabalho e como sempre todos ficam me olhando no estacionamento. Fala sério, até parece que nunca viram uma mulher pilotando uma moto.

Eu não sou rica, mas eu não gasto com muita coisa, minha madrinha insiste em manter a casa sozinha já que ela sim tem uma condição boa, então o meu salário fica somente para mim, por isso eu economizei e comprei a minha bebezinha, uma Ducati Superleggera V4, se eu estivesse no Brasil eu nunca iria conseguir ter essa moto, mas aqui é bem mais fácil. Na verdade não foi nada fácil, eu fiquei um ano inteiro sem gastar quase nada só para ter ela.

Entro na empresa e nem olho para a recepcionista nojenta, vou direto para o elevador e quando eu entro vejo que o Francesco Lastra está no mesmo, as portas se fecham e ele me olha.

— Fiquei sabendo que ajudou minha mulher.

— Não foi nada, só fiz o que tinha que fazer. — Falo.

— Mesmo assim, obrigado. — Abro um sorriso e confirmo com a cabeça.

As portas se abrem e eu saio, entro no meu setor e vejo todos relaxados, isso é novidade.

— Sem problemas? — Pergunto.

— Por incrível que pareça, sim. — Alan responde.

Ando até ele e beijo o seu rosto.

— Eu não ganho beijo? — Aline pergunta.

— Larga de ser invejosa.

— Cala a boca, Barry. — Começo a rir deles.

— Eu odeio quando me chama assim. — Alan reclama.

Barry é o rosto por trás o Flash, o Alan odeia o Flash.

Deny entra e para ao meu lado, merda, toda vez que o Deny chega eu já sei que é problema.

— Problemas no servidor. — Ele fala e eu reviro os olhos.

— Qual servidor? — Pergunto

— No último andar, não sei ao certo.

Pego o meu computador e ligo, logo vejo que no sistema consta como se estivesse tudo normal.

— Deny, aqui está tudo normal.

— Não foi o que a chefia falou. — Ele fala e sai.

Pego o meu notebook e saio resmungando, eu nem tive tempo de sentar. Só não fico de mal humor porque ontem eu tive uma das melhores noites em um ano, sair com a Isa e Julia me deixou muito feliz, minha amiga sorria com uma sinceridade tão linda que eu juro que o mundo poderia está desabando que eu não ligaria.

As portas do elevador se abrem e estou no andar do poderoso chefão, vou até a secretária dele.

— Shelly sua linda, você poderia me dizer para qual sala eu devo ir? — Falo parando em frente a sua mesa.

— Bom dia, Maria Alice. — Ela me dá um sorriso lindo. — Hoje é aquela sala ali. — Ela aponta a porta e eu beijo o seu rosto.

— Obrigado, Shelly.

Vou andando até a sala e antes de entrar eu bato na porta, escuto um "entre" e abro a porta. É a sala de reuniões. Entro e quando eu fecho a porta e me viro para olhar a pessoa vejo o nojento do Giovanni sentado em uma das cadeiras.

— Era o que me faltava. — Falo baixinho.

— Bom dia, senhorita Ferráz. — Olho para ele completamente confusa. "Senhorita"?

Amor Perigoso.  [2° livro da saga Mafiosi Perfetti.]Onde histórias criam vida. Descubra agora