Amor Perigoso. [2° livro da saga Mafiosi Perfetti.]

Capítulo 60

Giovanni.

Tem tantos homens falando dentro dessa sala que fica difícil eu focar apenas em um. Zayn chegou com sua "equipe" e agora estamos aqui vendo o que devemos fazer, bom, eles estão fazendo isso, eu sei o que eu irei fazer e eles vão fazer o que eu quero, eles querendo ou não. A porta se abre e por ela passa Francesco, a falação é tanta que são poucos os que percebem ele, eu continuo calado.

— Calem a boca. — Ele grita e todos ficam quietos. — Vamos a o plano.

Todos se sentam e Francesco começa a falar o do plano que eles já tinham criado antes mesmo de Ryan e Maria Alice serem sequestrados. Lorenzo entra na sala sem fazer nenhum barulho e se senta ao meu lado. Francesco continua a explicar o plano que é muito bom e quando termina ele me olha.

— Iríamos abortar o plano porque Ryan e Maria Alice foram sequestrados, mas você disse que daria para adaptá-lo... Me diz o que tem em mente.

— Eu quero bombardear eles de todos os lados, quero está na frente deles e ver a reação deles quando descobrirem que não tem saída, ou seja, continuem com o plano, mas aprimore. Quero que além da família....

°°°

Se passaram horas e finalmente conseguimos armar um plano perfeito, um plano completo. Eu nunca fiz parte dessa parte porque os estrategistas sempre foram Francesco e Lorenzo, mas hoje eu me saí bem, eu pensei em casa detalhes, eu me botei no lugar deles e pensei em tudo que poderia me atingir. Bom, tudo que pode atingir eles está ameaçado e eu quero muito ver a cara desses filhos da putas quando eu mesmo contar cada detalhe desse plano.

Agora estou indo para casa porque já não tem nada o que fazer na sede, mas os meus pensamentos estão no meu primo e na minha mulher. Essa noite eu não consegui dormir nem um minuto sequer, ficava com o meu celular na mão olhando a foto dela e sentindo uma sensação horrível de impotência, medo, raiva, desequilíbrio... Eu estou me sentindo perdido e isso é horrível demais. Eu não consigo nem falar com as pessoas porque não consigo focar, minha mente só fica nela. Eu estou com raiva, muita raiva, mas acima disso eu estou com saudades e preocupado. Minha família tenta ficar ao meu lado mas eu não quero, eu não quero ninguém ao meu lado, eu quero ela. Quando Ryan e ela passarem por essa porta aí sim eu me sentirei melhor.

Abro a porta de casa e vejo Aurora parada no meio do caminho com um balde de pipoca nas mãos, não como desde ontem não sinto fome e eu sei que isso aqui é uma tentativa de me fazer comer.

— Eu sei que não quer ficar com ninguém, mas fica só comigo? Eu juro que não vou falar nada, ficarei quietinha só que ao seu lado.

Nada digo, só confirmo com a cabeça e vou em direção às escadas, vou direto para a sala de cinema na intenção de botar um filme para ela dormir na metade como sempre faz eu ficar sozinho no meu quarto.

Entramos e nos sentamos nas poltronas, ela pega o tablet que funciona como controle e logo bota um filme, é de máfia. Ela bota o balde de pipoca em cima das minhas pernas e se levanta indo até o frigobar que tem na sala, ela volta com dois refrigerantes e me entrega um.

— Por favor, come um pouquinho. — Ela fala baixinho e eu pego um pouco de pipoca e boto na boca.

Parece que estou comendo a pior comida da minha vida, eu não quero. Mas como para ela não ficar preocupada.

Como eu posso comer bem e em paz quando não sei se Ryan e Maria Alice tem sequer um copo de água para tomar? Eu não consigo, não consigo tirar eles da minha cabeça nem por um momento, é o meu primo e a mulher que eu amo.

Porra é a mulher que eu amo e eu só fui confiar que amo ela mesmo só agora, e ela nem está aqui para.... Que inferno. 

 O plano já está sendo executado a partir de hoje, nosso homens estão bem informados e eu não vejo a hora de chegar logo amanhã, só preciso da confirmação deles dizendo que está tudo em ordem, quando isso acontecer eu vou ser o primeiro a sair daqui para ir atrás deles.

O tempo passa e como esperado, Aurora dormiu, deitou mais a poltrona dela e pegou um dos cobertores que ficam aqui e cubro ela. Me levanto e saio da sala, no corredor eu vejo meus irmãos mas passo direto para o meu quarto, não estou afim de escutar nada que não seja a ordem de ir atrás da nossa família.

Francesco.

Meu irmão passa por mim e Lorenzo sem dizer uma única palavra e eu fico ainda mais triste por ele. Giovanni não é assim, ele é falante, feliz, alegre... Eu não sei lidar com essa personalidade fria e séria ele, eu nunca o vi assim.

— Precisamos ser rápidos com isso, olha como ele está, por mais que eu odeie a falação do Giovanni, eu daria tudo para ver ele feliz e animado como ele sempre é. — Lorenzo fala e eu concordo com ele.

Nossa mãe aparece no corredor e ela parece está abatida, ela também está triste por tudo, na real, todos estão, quem não estaria? Maria Alice já faz parte dessa família, todos nós a amamos e tem o Ryan... Porra, eu preciso trazer eles de volta, a Isa está arrasada e eu nem consigo parar perto dela, eu não sei como agir, eles são tão importantes para mim...

— Mãe, a senhora comeu?

— Não consegui.

Lorenzo e ela entram em uma conversa e eu entro no meu quarto, vejo minha mulher sentada na cama com o celular na mão e com os olhos cheios de lágrimas.

— Ele me mandava todos os dias um pouquinho de histórias sobre as máfias, ele dizia ser meu professor da máfia...

— Meu anjo, se acalme, se tudo der certo amanhã mesmo iremos resgatar eles. — Me sento ao seu lado tentando me manter forte, mas a verdade é que eu mesmo estou arrasado.

— Francesco, traga os dois de volta, por favor, eu não quero perder ninguém. Traga os dois de volta e não deixe o Lorenzo ficar. — Ela me pede chorando e eu fico ainda mais arrasado.