Amor Perigoso. [2° livro da saga Mafiosi Perfetti.]

Capítulo 10

Maria Alice.

Estou na sala vendo One Piece, sério, eu vejo, vejo e esse anime nunca acaba, nunca chego nem na metade. Mas eu amo, como eu eu irei ficar de bobeira o dia inteiro vou aproveitar para ver o quanto aguentar.

Minha madrinha saiu para trabalhar, ela é médica, então só vejo ela amanhã.

Pego o balde de pipoca e boto em cima das minhas pernas, boto o meu telefone no silencioso e foco na tv, mas justo na hora em que eu me ajeito embaixo do edredom a campainha toca. Reviro os olhos e me levanto, pego o edredom e boto em volta do meu corpo, estou usando um blusão do Goku e uma calcinha short, me tampo toda e vou até a porta, abro e quase tenho um treco quando vejo Giovanni Lastra na porta com uma sacola na mão me olhando com aquele sorriso debochado.

— Estou vendo que está realmente doente. — Ele fala entrando na minha casa, olho para ele chocada.

— Isso é invasão, e se eu bem me lembro, eu mandei você nunca mais dirigir a palavra a mim.

— Maria Alice, dá um tempo, eu sei que não está doente, você ficou em casa só para não ter que me ver depois de ontem, mas adivinha só!? Eu fiz questão de vir aqui e dizer na sua cara que você gostou e que se quiser, eu posso te proporcionar o mesmo prazer outra vez, talvez até melhor. — Sim, eu deixei de ir trabalhar para não ver esse infeliz, mas até isso ele estragou.

"Se quiser, eu posso te proporcionar o mesmo prazer outra vez, talvez até melhor." Que idiota, cara nojento, eu odeio ele.

Eu te odeio, Giovanni Lastra.

— Sai da minha casa. — Falo.

— Como funcionária da empresa da família, eu devo me importar com a sua saúde.

— Claro, eu claramente te vejo indo na casa de todas as mulheres da empresa quando eles ficam doentes. Safado!

— Isso é ciúmes, minha doidinha?

Que raiva desse homem.

— Giovanni, sai da minha casa e me deixa em paz.

— Eu não vou. — Ele fala andando em direção a sala.

Abro a minha boca chocada, que cara abusado, vou para a sala e vejo ele sentado no sofá, ele dá play e eu fico com mais raiva ainda. Quem me conhece sabe que eu não gosto de perder nenhum segundo do que eu esteja vendo, eu penso que perdi algo e fico incomodada.

Pego o controle das mãos dele e volto o anime, aperto o pause e me viro para ele.

— Sai, Giovanni.

— Você está doente, eu preciso cuidar de você.

— Eu não sou um bebê.

— Sim, você é.

— Merda Giovanni, eu não estou doente, que caralho, sai da minha casa.

— Eu sabia, fala a verdade, você só não foi hoje porque não queria me ver.

Fico olhando pra ele e minha raiva fica ainda maior, ele tem a merda da razão e me incomodo mais ainda por ele saber disso, eu não queria que ele soubesse que de uma certa forma eu me afetei com aquilo que rolou ontem.

Eu gozei em cima dele, e pior, eu gostei. Eu fiz tudo, eu usei o corpo dele para gozar, para me dar prazer.

Eu estou envergonhada, pois eu cansei de dizer o quanto ele era nojento, mas eu o usei e deve admitir, nem que seja para mim mesma, que aquele corpinho dele me serviu muito bem. Tá eu não sabia que era ele, mas por um momento eu senti o seu perfume e ele me veio a mente, e essa é a parte mais vergonhosa, no momento eu imaginei ele, ali, embaixo de mim. Mas era só para ficar na imaginação, eu não queria que fosse verdade.