Amor Perigoso. [2° livro da saga Mafiosi Perfetti.]

Capítulo 48

Maria Alice.

"Onde está, minha doidinha?"

Fico olhando a mensagem do Giovanni com a merda de um sorriso idiota no rosto, eu estou realmente gostando dele e eu pensei que ficaria no mínimo assustada com isso, mas na real, não. Eu não estou assustada, eu estou é gostando muito disso, ele é legal demais, é carinhoso, atencioso, ele é mil em um já que é um gostoso da porra e me faz ter tesão a todo momento.

Eu lembro que falava para as meninas que os contos de fadas são realmente para as crianças porque nenhuma mulher iria conseguir encontrar um príncipe e se encontrasse ela iria se frustrar porque ele não a foderia com força. Eu usava literalmente essas palavras, mas pensa comigo, quando falamos "Príncipe", vem a sua cabeça um homem lindo, alto, forte, encantador, gentil, amoroso, fofo e mais uma pá de coisas boas e sim, queremos isso em um homem, mas cara, quem quer um príncipe na hora do sexo? Tudo bem, tudo tem o seu momento, vai ter um dia que você vai querer um sexo calmo, cheio de amor, carinho e beijos, mas ter isso todo dia seria um saco. Mesmo eu, que não acreditava que o sexo com outra pessoa poderia ser prazeroso, pensava assim. Elas diziam que eu tinha razão, que um príncipe seria chato, mas que uma mistura de príncipe com badboy seria uma ótima. Isa sempre usava a mistura de "príncipe e mafioso" e só agora eu sei porque ela usava "mafioso" e não "badboy".

O fato é que eu acho que eu encontrei o que eu mais dizia que não existia. Eu encontrei no homem que mais odiava a mistura de "Príncipe e mafioso". Giovanni é completinho demais, ele consegue ser o melhor amigo fofocando junto e opinando nas belezas alheias, consegue ser um ótimo estilista quando precisamos, consegue ser um mafioso fodão quando é preciso, consegue ser um príncipe quando estamos só nós dois e com certeza ele transa como a merda de um ator pornô. Como não ficar caidinha por esse homem?

Melhor amigo, estilista, mafioso, príncipe e ator pornô.

O que mais eu poderia querer em um homem? Esse safado conseguiu me fazer se apaixonar por ele e agora eu to fudida porque eu estou amando isso, mas sei que isso pode quebrar o meu coração. O pior de tudo é que eu confio nele, eu nunca me deixei confiar tanto em alguém assim sem ser Isa, minha madrinha e Julia, agora ele entrou nessa lista e eu estou ficando com medo dele quebrar essa minha confiança e me fazer sofrer, mas ao mesmo tempo eu estou feliz para um caralho e não quero interromper o que estamos tendo.

" Estou no trabalho, hoje estão bem tranquilo por aqui e é por isso que estou jogando xadrez com o Alan"

Respondo ele e logo mando uma foto do tabuleiro de xadrez.

" Estaria sendo muito chato se pedisse para te ver hoje?"

" Não, você estaria sendo apaixonado demais, isso sim. kkk Nos vemos hoje de manhã, dormi com você, esqueceu?"

" Sim, eu estou apaixonado demais."

— Que? — Fico olhando o telefone por um tempo sem acreditar no que acabei de ler.

Ele quis dizer isso mesmo?

— Alice, ei, seu telefone está tocando. — Alan fala e eu olho para as minhas mãos e vejo que é ele me ligando. Porra, não vou atender, o que eu vou falar?

Finjo que isso não me afetou? Ignoro e espero ele falar sobre? Oh merda, o que eu faço? Tá, eu tenho que atender.

— Alô?! — Que? Porra Maria Alie, porque isso soou como uma pergunta?

— Me desculpe, eu não podia dizer isso por mensagem, mas simplesmente saiu, te liguei para falar em voz alta, isso também não é o certo, mas quando eu te encontrar falei pessoalmente como deve ser. — Ele fala rápido demais. — Eu estou apaixonado por você, minha doida. — Ele suspira e eu fico paralisada. Puta merda, o que eu falo? Falo que também estou? Isso com certeza não é mentira, é a mais pura verdade, mas se eu falar agora será que não vai parecer que só estou falando porque ele falou? Puta merda. — Essa é a hora que você diz alguma coisa. — Acordo do transe.

— Bom... Eu... Eu...

— Você sabe que não precisa dizer o mesmo, né?

— Não, eu sei, eu sei. — Eu sabia. — Eu não quero falar isso agora por esse motivo, vai parecer que eu estou dizendo só porque você disse, mas eu não vou dizer só porque você disse. — Falo rápido e escuto ele rindo. Respiro fundo. — Eu vou dizer porque é verdade e é o que eu sinto. — Ele para de rir. — Eu também estou apaixonada por você e isso é uma merda, porque se você fuder o meu coração eu vou querer te matar e se eu te matar sua família me mata, e se a sua família me matar eu vou ficar me revirando no caixão porque não vou ter ninguém para me vingar e isso é um porre. — Quando estou nervosa eu falo demais e eu acho que estou fazendo isso agora.

— Ei, ei, calma. Isso é sério?

— Muito sério.

— Puta merda, você está apaixonada por mim. Porra, eu consegui fazer você se apaixonar por mim, eu sou a porra do rei do mundo, ninguém me segura. — Ele começa a gritar e eu fico com vontade de rir mas estou nervosa demais. — Eu não irei fuder seu coração como você disse, eu sei o que eu quero e sei o que devo fazer, eu sei que não tenho o privilégio de falhar com você e não farei isso.

— Por favor, só não fode com tudo, ok? Eu nunca senti, mas eu não duvido da dor de um coração partido, eu não duvido que isso possa doer mais que um tiro.

— Eu não irei falhar, mas isso acontecer, você pode me dar um tiro. — A frase no geral é engraçada, mas pelo seu tom de voz eu sei que ele falou muito sério.

— Vem me ver, por favor? — Eu só quero abraçar ele.

— Eu estou indo, chego em quinze minutos, deixa o jogo de xadrez de lado e fica me esperando na sala do meu pai, vou avisar a Shelly e liberar a sua entrada.

— Tenta chegar em dez. — Desligo e me levanto.

Só agora percebo que Alan está bem a minha frente e escutou tudo, ele está me olhando de um jeito engraçado e eu estou olhando o mesmo meio sem graça.

— Puta merda, você está apaixonada por alguém e disse que vai matar ele, como é viver um amor bandido? Vai me conta tudo.

— Alan, depois eu te conto, primeiro vou esperar o homem por quem sou apaixonada lá em cima, vou dar muitos beijos nele e falar o que eu sinto pessoalmente.